quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Tempo de paz - Jorginho Pessanha

Você vai ver que viver sem mim
É pior
Lalaiá, laiá, lalaiá Lalaiá, laiá, lalaiá
Aprendi a dizer adeus
Não, não há mais jeito
Nosso amor desfeito
Você vai viver só
Melhor, já dei um chega
E vou provar que sou maior
Você vai ver que viver sem mim é pior
Você vai ver que viver sem mim é pior
Estou em tempo de paz
Sofrer de amor nunca mais
Já não me lembro a cor dos olhos teus
Aceitando riso
Dominei as lágrimas
E aprendi a dizer adeus
Lalaiá, laiá, lalaiá Lalaiá, laiá, lalaiá
Aprendi a dizer adeus.

terça-feira, 27 de julho de 2021

O homem que desafiou o diabo - Ojuara

O meu nome é Ojuara eu vim de longe e vou em frente, e o senhor nao é mais feio que certo tipo de gente. Feio é a herança do homem, a herança de Cain. Praga de mão ofendida, tentação do coisa ruim. Feio é aquela sombra escura que vai levando consigo o covarde que traiu a confiança do amigo. A beleza e a feiura tao junta em toda parte, a beleza inté na morte, e feiura inté na arte. Olhe seu rosto no espelho e nao perca a esperança, porque foi Deus que lhe fez, à sua imagem e semelhança. (Ojuara)

terça-feira, 13 de abril de 2021

Homenagem aos 98 anos da Portela - Instituto Glória ao samba

Áudios inéditos do Chico Santana.

“Portela
Tuas cores têm
Na bandeira do Brasil
E no céu também...”

Uma agremiação com a magnitude do GRES Portela não se constrói sem o empenho de homens e mulheres que dedicaram suas vidas em prol do samba.

Neste dia especial, o Instituto Cultural Glória ao Samba (IGS) reafirma toda sua admiração por esses personagens que são fundamentais na história da música popular brasileira.

Embora Paulo Benjamin de Oliveira, Antônio da Silva Caetano e Antônio Rufino dos Reis sejam os três nomes mais importantes na construção da agremiação azul e branco de Oswaldo Cruz, eles não teriam conseguido sem a ajuda de outros sambistas.

Por exemplo: Zé da Costa, Heitor dos Prazeres, Vicentina, Ninita, Diva Caetano, Firmino, Bichinho, Belmiro Lucas, Porquinho, Licurgo Batista, Claudionor, Nininho, Galdino, Seu Vieira, Seu Napoleão, Nicanor Trovão, Alvarenga, Alvaiade, Alcides, Boaventura dos Santos, João da Gente, Iara, Dora, Álvaro Sales, Manuel Guerra, Benício dos Santos, Alberto Machado, Angelino Poró, Bazileu, Euzébio, Armando Passos, Antenor dos Santos, Natal, Seu Juca, Cláudio Bernardes, Ubaldo Oscarino, Manuel Bam Bam Bam, Candinho, Arlindo Costa, Braulina, Olívio Pereira, Ximbute, Betinho, Albertina, Dona Martinha, Dona Neném, Dona Rosa, Leonora, Huga, Maria de Lourdes, Noêmia, Braulina, Olavo, Nelson Amorim, Abelardo, Zé Cachacinha, Armando Santos, entre outros.

Esses nomes poucas vezes lembrados se juntaram a outros valorosos sambistas no decorrer dos anos para transformar a Portela na maior campeã do carnaval carioca.

Para todas essas pessoas fica o nosso muito obrigado e a promessa que faremos tudo ao nosso alcance para que tais nomes nunca caiam no esquecimento.

O compositor Chico Santana, que dá voz ao vídeo através de gravação caseira até então inédita, foi muito feliz em suas palavras:

“Portela é um batalhão de sambistas
Um coquetel de artistas
Seus valores não têm fim
As suas pastoras vaidosas
Colhendo as flores cheirosas
No seu jardim...”

Viva a Portela!
 
FONTE: https://www.facebook.com/institutogloriaosamba/videos/162708909056020/

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Almir Guineto ( Murmúrio da Cachoeira )

É lado A? É batida? Mas, putz, é uma daquelas que se escuta a vida toda e tem sempre a mesma emoção.
Almir como sempre brincando de dividir e de tabela o pandeiro comendo no centro!!!!
Quando uma estrela cadente caiu lá do céu, algo em minha mente despertava
A lua airosa pintou atrás dos montes prateando as águas da fonte
E a bela cachoeira murmurava!
Sobre os murmúrios com suas ninfas preciosas me banhei, pedi proteção ao Rei!
Fala xangô!
Xangô na cachoeira é rei
É rei
Xangô na pedreira é rei
Rezei forte, pedi em minha oração, entre os homens mais compreensão
Para os enfermos a saúde
Para o campo o aroma da flor
Para o prisioneiro a liberdade
E para o povo muita paz e amor.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Seresta Moderna - Nelson Gonçalves

Lançado em 1962... imagina o que Adelino iria dizer dos dias de hoje, ontem, antes de ontem...
Obrigado Adelino, obrigado Nelson!

P.S.:Nelson Gonçalves, mais um exemplo de entrega e paixão por aquilo que se faz de corpo e alma. Cantor profissional em São Paulo, tentou todas as gravadoras no Rio de Janeiro e levou "trocentos" não! Ary Barroso, o famosão dos programas de calouro da época, disse na cara dele: "Você não canta nada, volta pra São Paula e vai jogar boxe" mas ele persistiu e é considerado por muitos o maior cantor brasileiro.

Seresta moderna não tem poesia
Não tem noite de lua, não tem luar
Não tem cavaquinho, não tem violão
Nem mesmo um pandeiro
Para o sambar ritmar
Seresta moderna agora é Hi-Fi
Num canto de sala de um apartamento
Vitrola tocando, bebida rolando
Gritinhos nervosos a todo momento
Um gaiato cantando sem voz
Um samba sem graça
Desafinado que só vendo
E as meninas de copo na mão
Fingindo entender
Mas na verdade, nada entendendo
Pela madrugada, tudo está em paz
Ninguém sabe o que fez
Ninguém sabe o que faz
A noite termina, o samba tem fim
Amargurado por ser tratado assim.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Divina Canção - Almir Guineto

Não há muito o que falar do velho Guineto, foi um cara phoda! A divisão do cara é sacanagem.
P.S.: Mais um recado pra essa nova geração que faz (literalmente) "uma música por dia"!
Assim Jamais terá o seu lugar ao sol                 
Dizer que Si maior é Dó bemol    
Da dó de quem não valoriza a nota  
Semitona e sufoca a cadência musical        
E na modulação quem desafina, não ajusta  
A tercina com acorde que é modal     
Não procede, seja breve pega leve, semibreve não é breve     
Não abusa, não confunda semifusa com a fusa     
Se você me ouvir e prestar atenção vai sentir o sabor da canção 
E não vai confundir minha resolução com acorde de preparação        
Se você sustenir e alcançar a extensão, todos vão aplaudir sua   
Evolução  
Então viva a divina canção.

terça-feira, 30 de março de 2021

Em cada canto uma esperança (Délcio Carvalho/ D. Ivone Lara) - Maroto

Amigo Maroto tirando sua onda na honestidade!

Grupo Chora Menino - Curtir o nosso amor

Pois é, estava quase chegando aquela era histórica da primaira metade dos anos 90!
É lindo ver um pagode com uma cozinha tão redonda e um violão 7 cordas destruidor, dá gosto!

P.S.: Esse festival recebeu mais de 600 inscrições de músicos e compositores, até então, anônimos.

P.S.1:A Rede Manchete durou apenas 16 anos, mas, ao menos pra mim, foi épica na sua programação, além da novela Pantanal e de trazer pra tv brasileira os Tokusatsus (Jaspion, Jiraya...) e animes, dentre outras programações, foi responsável pelo 1º festival de pagode da Manchete (e talvez da cidade).
Chora Menino se não me engano ficou em 3º lugar.
Surgiu,
Quando tudo escureceu,
Uma estrela lá no céu,
Algo que me despertou,
Alguém quer nos separar,
Vi você me abandonar,
Esqueça essa ideia de partir,
Vem pra cá vamos curtir, nosso amor essa paixão,
O nosso caso é o caso tão bonito,
Nas estrelas está escrito,
Como é lindo o nosso amor,
O nosso amor,
Se brigamos você chora, laia laia
Diz pra mim que vai embora,
O Nosso amor,
Deixa as más linguas de lado,
Vem me dá um abraço,
Vem curtir o nosso amor...
Deixa as más línguas de lado,
Isso é fato consumado, vem curtir o nosso amor,

sexta-feira, 26 de março de 2021

CARINHOSO, Por que tanta gente gosta? - Hamilton de Holanda

Bom, por pura ignorância e analfabetismo técnico eu nunca consegui externalizar o motivo de tanta aversão, da minha parte, a essas composições contemporâneas (ano 2000 pra frente) principalmente os pagodes, que insistem em querer denominar como samba (tem até um canal no youtube "Sim, é samba! Com 152 mil inscritos não se assumem pagodeiros), não, é samba, não!
Bom, eu não consigo escutar 90% dos materiais (composições/interpretações) que eu tenho contato, porque apesar da minha ignorância musical, elas simplesmente não dialogam comigo, simples assim, acho ruim pra caraleo, acho a grande maioria tentativas frustradas de clichês (que decadente) ou tentativas frustradas de abordar um tema, mas que definitivamente não conseguem desenvolver o enredo, exemplo:
Cara quer falar da favela: A letra sempre vai ter as palvras chaves clichê, pobre, sofrimento, barraco, favela (opa, comunidade, favela tem peso histórico muito negativo, Leci Brandão deu essa nova roupagem quando a globolixo contatou ela pra comentar carnaval)... Enfim, essas palavras tem peso sim, mas sozinha não fazem milagres, e ae o que tem é um enxurrada de música que não dá nem pra ouvir, quiça escutar, sem contar as músicas que são umas melodias que não comovem, nem pra alegria nem pra tristeza... assunto pra outro post!
O caso é que esse vídeo exemplifica de forma absurdamente técnica (obrigado Hamilton) o que eu sempre quis "saber" e "dizer" e fala da também da letra, os motivos o sentido das palavras... 
PQP UMA AULA!

terça-feira, 9 de março de 2021

Mirra, ouro, incenso - Martinho da Vila

Num primeiro momento, quando adentrei no mundo do samba, era inevitável classificar como gênios figuras como Paulo Cesar Pinheiro, Mauro Duarte, Chico Buarque... Depois de um pouco menos de ignorância e com uma crítica totalmente particular sem a influência "do meio" eu acho mesmo que gênio foi Pixinguinha, Jacob, Dorival Caymmi, Noel Rosa e alguns outros poucos, não desmerecendo claro, mas genialidade é algo muito singular pra ser nomeada assim a torto e a direita, já achei Hermínio Bello de Carvalho genial, hoje, gosto de algumas muitas coisas e essa é uma delas, uma lindeza!
Eu lhe dei as porções de alfazema
Que havia guardado pra Deus
E a mirra, o ouro, o incenso
Eu também entreguei pra você
Por aí eu fui me despojando
Dos meus bens e de todos legados
Não valeram meus tantos cuidados
Se perdi o melhor que sonhei
Construí um presépio de areia
E dourei seus caminhos de luz
Povoei o seu chão com as estrelas
Que Orestes um dia pintou
Mas percebo agora de longe
Que você nelas jamais pisou

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Exaltação ao negro - Samuka 7 cordas

Samuka, um dos meus professores da vida!
Só quem é "de cadeira" tem propriedade pra mandar a ideia.
Pois é malandro, 10 anos se passaram desde a postagem dessa musguinha, eae o que mudou?

O negro é a razão da liberdade
Por essa sociedade sofre discriminação
E mesmo assim 
Vai seguindo o compasso
Conquistando seu espaço
Seu lugar de cidadão
Negro tu és força tu és luta
Já curaste a ferida que o tempo lhe causou
Negro ajoelha e pede ao céu 
Pra que esse mundo cruel 
Enxergue a sua cor com mais amor
Negro que bem cedo vai à luta
Na corrida na disputa pelo seu lugar ao sol
Canta, solte o grito da garganta
Todo mal pra longe espanta
E agiganta essa fé no coração.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Tristeza No Carnaval - Jorginho do Império

Tem alguns (poucos) malandros que dispensam comentários, Silas de Oliveira é um deles.

Era carnaval, comédia, ritmos e fantasias
Era carnaval, tragédias, festival e orgias
A carne na sua essência natural
Dominando com ritmo sensual
E o Orfeu com sorrisos diabólicos
E olhar melancólico encarnava o mal
Será que esse vai ser igual
Àquele que passou
Quando o episódio emocional
Me amargurou
A linda porta-bandeira apaixonada
Trazia em silêncio o seu enredo
Depois de desfilar encantada
Levou consigo para o túmulo o seu segredo

Seu gesto causou profunda consternação
Foi triste a despedida da sambista
Cantar foi nossa consolação
Com toda nossa alma de sambista
Deus escreveu em linhas certas
O que estava errado
Dando-lhe a morte como salário
Do pecado.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Dança das Mãos - Jorge Aragão

Jorge Aragão, Almir Guineto, Neoci (filho do João da Baiana), Sombrinha, Ubirany e Sereno, é era um time bem honesto, e o Jorge Aragão estava la!
Embora a musga que mais gosto do Jorge Aragão seja "Velho armário" a escolhida de hoje foi "Dança das mãos". Infelimente as minhas preferidas desse artista não eram as preferidas das rodas de samba/pagode, mas hoje tenho o youtube e spotfy pra resolver essa minha carência, tudo certo!
Sugestões:
Topo das lições
Fria lição
Perfume e música
Amor e música
Não diga nada, eu já sei
Conheço o brilho no olhar
A tua boca deixei
Pra que eu pudesse sonhar
E não falamos de amor
Nem quando fomos dançar
Nós combinamos na cor
Brincamos de enfeitiçar
Um gosto bom de nós dois
Ficou no ar
Não diga nada, eu já sei
Que quando a gente se amar
Iremos bem mais além
Do que o amor tem pra dar
Um trem que invade a estação
Assim seremos nós dois
A eterna dança das mãos
Numa carícia depois
Agora entendo porque
O sol se deita ao luar
De que me vale o poder
Se tens o dom de encantar?
Teu nego, teu nego
O dom de encantar
Teu nego.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Nova Ilusão - Paulinho da Viola

Ah, Claudionor Cruz e Pedro Caetano... não há o que dizer! Essa música é mais uma pedrada dessa dupla de malandros.
Paulinho é da pesada pra valer, não acho que seja o sucessor do Paulo da portela, como diz o samba do Monarco (acho que é mais uma homenagem pelo fato do Paulinho sempre carregar a velha guarda, esquecida pelas aves de rapina, nas costas), mas seu valor para a música brasileira, para o samba é inestimável.
Interessante imaginar que uma mente tão cabulosa (cada canetada fudida esse malandro tem) ficou 10 anos sem gravar por ter se perdido no labirinto da própria mente, e depois desse período retornar compondo e cantando com a mesma qualidade de sempre. Monstro é monstro né!
É de teus olhos a luz
Que ilumina e conduz
Minha nova ilusão
É nos teus olhos que eu vejo
O amor, o desejo do meu coração
És um poema na terra
Uma estrela no céu
Um tesouro no mar
És tanta felicidade
Que nem a metade consigo exaltar

Se um beija-flor descobrisse
A doçura e a meiguice
Que os teus lábios têm
Jamais roçaria as asas breijeiras
Por entre roseiras em jardins de ninguém
Ó dona dos sonhos
Ilusão concebida
Surpresa que a vida
Me fez das mulheres
Há no meu coração uma flor em botão
Que abrirá se quiseres.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Meu Romance - Marcos Sacramento (Musguinha)

"Só gravo as músicas que eu gosto, porque a gente gostando da música, sua história, sua letra, a gente dá um recado mais íntimo. Por isso que eu sempre cantei aquilo que eu gostei, que entra no meu âmago."
Orlando Silva, o cantor das multidões, mandou essa ideia antes de cantar "meu romance", no programa do saudoso Faro.
A modernidade da tradição disco de 1994, salvo engano é o segundo disco do Marcos Sacramento, repertório indigesto, e acho engraçado, pois apesar de conhecer muito de samba, mas estou falando de samba, e muito, o cidadão não se intitula sambista, e tem muito menino nascido nessa década que bate no peito e diz que faz e é sambista... mas, voltando ao que interessa, em 2003 lançou outro álbum de respeito que apresenta um repertório indigesto, pois bem, Noel Rosa, tem? J. Cascata, tem? Wilson Batista, tem? Assis Valente, tem? Nelson Cavaquinho e Ataulfo, tem? Meu povo e minha pova o disco é uma aula de samba! Vou até deixar o link pra quem queira escutar na íntegra sem ter que baixar abasolutamente nada: 
https://www.immub.org/album/memoravel-samba
(Uso sempre esse site para pesquisas).
A interpretação é primorosa, deu uma acelerada no andamento mas manteve a mesma dinâmica, não comprometendo em absolutamente nada a característica da musga, o time que faz o molho, que não é a habitual "panela" do RJ, mandou o recado a vera. De cabeça lembro do Luiz Flávio Alcofra (violão) e Netinho Albuquerque (pandeiro). 
P.S.: Esse disco merecia um LP!
Debaixo daquela jaqueira
Que fica lá do alto majestosa
De onde se avista a turma da Mangueira
Quando se engalana com suas pastoras formosas

Foi lá (quem é que diz?)
Que o nosso amor nasceu
Na tarde daquele memorável samba
Eu me lembro, tu estavas de sandália
Com o teu vestido de malha
No meio daqueles bambas

Nossos olhares cruzaram
E eu para te fazer a vontade
Tirei fora o colarinho
Passei a ser malandrinho
Nunca mais fui a cidade
Pra gozar o teu carinho
Na tranquilidade

E hoje faço parte da turma
No braço eu trago sempre o paletó
Um lenço amarrado no pescoço
Eu já me sinto um outro moço
Com o meu chinelo charló
E até faço valentia
Tiro samba de harmonia

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Obsessão - Mano Décio da Viola (Musguinha)

Isso é uma brasa!
Impressionante como essa leva de compositores conseguiam externalizar seus sentimentos, noto, que sempre cantavam suas vivências, seria essa a munganga pra arrebatar outras almas? Eh, talvez seja esse o caminho...
Que linda melodia
Que lindos acordes
Que lindas passagens musicais
Quando estou inspirado
Fico fora de mim
Não sei se outros autores
Se sentem assim
Este sangue de artista
Não me deixa sossegado
Esta veia de poeta
Conseguiu me dominar
(Me dominar)

Parece que ouço uma orquestra tocando
A orquestra contém violões e pandeiros
Quando terminar o meu delírio
Teremos mais um samba no terreiro

Tinha pedido ao Criador
Que não queria mais compor
Porque me achava cansado
Na minha imaginação
O samba é obsessão
Eu não posso evitar
E daí
Mais uma melodia
Eu fiz para cantar com alegria.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Risoleta - Roberto Silva (Musguinha)

Eu sempre vou me questionar, o que aconteceu com as composições dos anos 80 pra cá???
Bem, não tem muito que falar da elegância do cantar do Roberto Silva neh!? 
Ah, como me agrada esses metais, dá uma charme do caraleooooo, num dá naum!?
Ah, hoje em dia não se tem mais tempo de fazer a segunda só de instrumentais e voltar cantando a terceira né!?
Na moral, que merda! hahaha
Vou mandar prender,
Esta nega Risoleta,
Que me fez uma falseta e me desacatou,
Porque não lhe dei o meu amor.
Isto é conversa prá doutor.
E ela foi criada,
Na roda da malandragem,
Hoje vive com visagem.
Eu sei que com esta nega,
Não vou levar a mínima vantagem.
E ela quebrou,
O meu chapéu de palhinha,
De abinha bem curtinha.
E também rasgou,
O terno melhor que eu tinha - Quem me deu foi Rosinha.
E a camisa de seda,
Que eu comprei à prestação da mão do Salomão(Por preço
de ocasião)
E ainda não paguei,
A primeira prestação (Meus Deus do céu, que confusão)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Tudo Mudou - Chico Da Silva (Musguinha)

Se não me falha a memória esse foi o segundo LP que comprei!
Sou sim, um admirador da obra do grande Chico da Silva. Que pena que as novas gerações não seguiram essa linhagem.
Os malandros maneiros sabiam o que estava porvir, disco de 1979 e o vagabundo me vem com essa crítica pesadíssima.
Não tenho nem o que argumentar sobre a letra, no máximo, posso dizer umas bobagens, já que sou um analfabeto musical, sobre a música. A introdução com distorção das guitas, é uma sarcasmo sensacional, o surdo na cara, bem cadenciado, dando uma sensação fúnebre, e um tamborim frenético que vai, tirar nosso pulsar frenético e volta, uma viola que "eu acho" que não é elétrica, rs... Obrigado Chico da Silva, mais um grande que o povo (grande maioria) fez pequeno, parabéns aos envolvidos. 😔
Mudou
Meu pandeiro de couro se modificou
O pregresso da arte o plastificou
A viola de pinho se eletrificou
Tudo mudou

Mudou
Já existe uma orquestra num só instrumento
A ciência aniquila com nosso talento
E o artista é que sofre com esse advento
Tudo mudou

Mudou
O idioma gritando cadê meu capricho?
É o pacas, é o puts
É o pow, alô bicho
Pra cultura primária o esforço mudou
O mental mudou
Não comunicou
É o Brasil país que tem seu dialeto
O ok não é nosso, não é o concreto
A corruptela de estar ficaria mais certo, "tá" (isso foi genial)
Tudo mudou

Mudou
O abraço não chora pra quem vai partir
O adeus não conversa com que vai ficar
O sorriso não fala pra quem vai sorrir
Tudo mudou

(Ae só pra chatear gastaram o repertório de arrranjo rs)
Mudou
O olhar não tem graça pra quem vai olhar
Só Deus desse mundo é quem não mudou
E o mundo de Deus ainda está no lugar
Mas o resto mudou e como mudou
O menino proveta se enche de glória
A ciência da vida perdeu a memória
Ou será que o amor vai sair da história?

Tudo mudou
Tudo mudou
Mudou...

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Colibri - Clave de Azes

Pudera eu ser um colibri
Quisera eu não sofrer assim
Não chorava mais
Sem olhar pra trás, jamais

Seria bom o meu viver
No meu coração esperanças mil
A vida doçura
Com mil aventuras
De um passado que ficou 
Me marcou
Novos horizontes pra sonhar
Provar com carinho dos deuses o nectar

Vem aqui, vem aqui
Venha pra ver o cantar de um colibri.



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