"Só gravo as músicas que eu gosto, porque a gente gostando da música, sua história, sua letra, a gente dá um recado mais íntimo. Por isso que eu sempre cantei aquilo que eu gostei, que entra no meu âmago."
Orlando Silva, o cantor das multidões, mandou essa ideia antes de cantar "meu romance", no programa do saudoso Faro.
Orlando Silva, o cantor das multidões, mandou essa ideia antes de cantar "meu romance", no programa do saudoso Faro.
A modernidade da tradição disco de 1994, salvo engano é o segundo disco do Marcos Sacramento, repertório indigesto, e acho engraçado, pois apesar de conhecer muito de samba, mas estou falando de samba, e muito, o cidadão não se intitula sambista, e tem muito menino nascido nessa década que bate no peito e diz que faz e é sambista... mas, voltando ao que interessa, em 2003 lançou outro álbum de respeito que apresenta um repertório indigesto, pois bem, Noel Rosa, tem? J. Cascata, tem? Wilson Batista, tem? Assis Valente, tem? Nelson Cavaquinho e Ataulfo, tem? Meu povo e minha pova o disco é uma aula de samba! Vou até deixar o link pra quem queira escutar na íntegra sem ter que baixar abasolutamente nada:
https://www.immub.org/album/memoravel-samba
https://www.immub.org/album/memoravel-samba
(Uso sempre esse site para pesquisas).
A interpretação é primorosa, deu uma acelerada no andamento mas manteve a mesma dinâmica, não comprometendo em absolutamente nada a característica da musga, o time que faz o molho, que não é a habitual "panela" do RJ, mandou o recado a vera. De cabeça lembro do Luiz Flávio Alcofra (violão) e Netinho Albuquerque (pandeiro).
P.S.: Esse disco merecia um LP!
P.S.: Esse disco merecia um LP!
Debaixo daquela jaqueira
Que fica lá do alto majestosa
De onde se avista a turma da Mangueira
Quando se engalana com suas pastoras formosas
Foi lá (quem é que diz?)
Que o nosso amor nasceu
Na tarde daquele memorável samba
Eu me lembro, tu estavas de sandália
Com o teu vestido de malha
No meio daqueles bambas
Nossos olhares cruzaram
E eu para te fazer a vontade
Tirei fora o colarinho
Passei a ser malandrinho
Nunca mais fui a cidade
Pra gozar o teu carinho
Na tranquilidade
E hoje faço parte da turma
No braço eu trago sempre o paletó
Um lenço amarrado no pescoço
Eu já me sinto um outro moço
Com o meu chinelo charló
E até faço valentia
Tiro samba de harmonia
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