Tem alguns (poucos) malandros que dispensam comentários, Silas de Oliveira é um deles.
Era carnaval, comédia, ritmos e fantasias
Era carnaval, tragédias, festival e orgias
A carne na sua essência natural
Dominando com ritmo sensual
E o Orfeu com sorrisos diabólicos
E olhar melancólico encarnava o mal
Será que esse vai ser igual
Àquele que passou
Quando o episódio emocional
Me amargurou
A linda porta-bandeira apaixonada
Trazia em silêncio o seu enredo
Depois de desfilar encantada
Levou consigo para o túmulo o seu segredo
Seu gesto causou profunda consternação
Foi triste a despedida da sambista
Cantar foi nossa consolação
Com toda nossa alma de sambista
Deus escreveu em linhas certas
O que estava errado
Dando-lhe a morte como salário
Do pecado.
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