Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Father and Son - Johnny Cash
Johnny Cash phodásticoooo!!!
"...Você ainda é jovem, esse é seu problema,
há muita coisa que você tem que saber.
Encontre uma garota, se afirme,
se você quiser, pode casar
Olhe pra mim, estou velho,
mas sou feliz..."
"...Você ainda é jovem, esse é seu problema,
há muita coisa que você tem que saber.
Encontre uma garota, se afirme,
se você quiser, pode casar
Olhe pra mim, estou velho,
mas sou feliz..."
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
ACORDA AMOR CHICO BUARQUE
3 meses...
...Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer...
...Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer...
domingo, 22 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Uma semana - Alessandro Brito
E daí que não a conheço?
Que tremenda bobagem
Ainda que vivêssemos juntos por cem anos
Não nos conheceríamos
Sei que segundos
Serão sempre eternos
E que o realmente importa
É vivê-los livremente
Ter apenas a bagem necessária
Para contar uma dúzia de histórias
Uma meia dúzia de "rebeldias"
E testificar com um sorriso de realização
Se nos embarramos, talvez seja o acaso
Ou talvez seja o caso, de não ser
Se haverá um reencontro,
Que estejamos prontos pra viver.
Reciclagem - Zé Geraldo
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Uma Pequena Mancha de Insensível Amarelo - Charles Bukowski.
E porque velho safado e não qualquer outro poeta ou pensador? Elementar demais para uma resposta ;)
Você não pode me dizer que é a melhor época para a poesia,
você não pode me dizer que Marciano não conseguiria pegar
Louis, você não pode me dizer que Hitler era um louco, você
não pode me dizer que os cães latem apenas à noite;
você não pode me dizer que a chama não machuca a mariposa,
você não pode me dizer que aquelas pessoas ali na esquina
paradas e piscando os olhos são
humanas; você não pode me dizer que amor é mais que a
vida, você não pode se esticar no mesmo colchão que eu
e dizer, “eu te amo”
porque -
estamos sem cigarros e sem amor e minhas
pilhas estão acabando e meus ossos doem
e Lorca está morto e
Neruda está morto e Cristo com seus olhos de avelã
foi fisgado como um peixe
por homenzinhos de unhas sujas.
estamos sem vinho e amor e sorte. e você não pode
me dizer coisa alguma. então por que você não se levanta e dá algumas
pancadas na alavanca da descarga? ou isso vai ficar correndo assim
para sempre.
Você não pode me dizer que é a melhor época para a poesia,
você não pode me dizer que Marciano não conseguiria pegar
Louis, você não pode me dizer que Hitler era um louco, você
não pode me dizer que os cães latem apenas à noite;
você não pode me dizer que a chama não machuca a mariposa,
você não pode me dizer que aquelas pessoas ali na esquina
paradas e piscando os olhos são
humanas; você não pode me dizer que amor é mais que a
vida, você não pode se esticar no mesmo colchão que eu
e dizer, “eu te amo”
porque -
estamos sem cigarros e sem amor e minhas
pilhas estão acabando e meus ossos doem
e Lorca está morto e
Neruda está morto e Cristo com seus olhos de avelã
foi fisgado como um peixe
por homenzinhos de unhas sujas.
estamos sem vinho e amor e sorte. e você não pode
me dizer coisa alguma. então por que você não se levanta e dá algumas
pancadas na alavanca da descarga? ou isso vai ficar correndo assim
para sempre.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
O tempo - Mario Quitana
”A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
… Quando se vê não sabemos mais por onde andam nossos amigos…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casaca dourada e inútil das horas…
Eu seguraria todos os meus amigos, que Já não sei como e onde eles estão e diria: vocês são extremamente importantes para mim.
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
… Quando se vê não sabemos mais por onde andam nossos amigos…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casaca dourada e inútil das horas…
Eu seguraria todos os meus amigos, que Já não sei como e onde eles estão e diria: vocês são extremamente importantes para mim.
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Amor da minha vida
Aniversário do Homi!!! Um dos inspiradores da minha vida, surreal!!!!
Amo essa gravação!!!
Amo essa gravação!!!
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Frase - Charles Bukowski
"mulheres que tiveram muitos homens
parecem escolher o próximo
mais por vingança que por
sentimento."
parecem escolher o próximo
mais por vingança que por
sentimento."
Amigos - Alessandro Brito
"A vida é feita de escolhas. E são as escolhas que você faz, que determinam onde você vai chegar." -Daniel Mourão
3 meses longe dos meus amigos amados, é um preço alto a se pagar, mas estou me saindo muito bem...
Minha família sempre foi meus amigos e por isso eu me dedico incondicionalmente. Tento ser um ser humano melhor, sei que já deixei, e as vezes ainda deixo, umas falhas no meio do caminho. Mas que maravilha, mesmo com essa certeza eu vejo que eles não desistem de serem leais, isso é impagável e imensurável!
Claro que gestamos essa tolerância, aprendemos a respeitar as falhas um dos outros e por isso penso que nos amamos e amar nada mais é, pra mim, que respeitar o outro da maneira como ele é.
Mas não tinha me dado conta do quanto eu sou milionário. Eu sabia que era, sempre soube, mas não que era tanto quanto hoje posso enxergar.
Me sinto feito Tio Patinhas mergulhando no seu tesouro, acreditar em cada um, ter cada um, e contar com cada um de vocês me faz ser, se não o maior milionário da terra, um dos maiores. Talvez possa até afirmar que devem haver riquezas iguais as minhas, mas, maior que a minha acho difícil. Nem todo petróleo nem toda guerra é capaz de gerar uma fortuna maior que a de ter amigos leais.
Precisamos dos amigos, quando estamos na sarjeta, e não mais que nessa hora. Queremos sim, que eles estejam conosco nos momentos de felicidade e regozijo, mas de fato nessa hora é apenas para compartilhar, precisar no sentido literal da palavra, não precisamos. Era assim que eu pensava até pouco tempo atrás, mas Alexander Supertramp ensinou-me que "Felicidade só é real se compartilhada". Porque, se na hora que estiver tudo bem eu estiver sozinho, não seria feliz, seria apenas como ter todo vil metal e só. Tô fora!
Hoje por enxergar as coisas por este prisma, sinto uma saudade gostosa e não melancólica, uma saudade esperançosa de poder viver novas histórias com cada um, poder dividir com cada um, ao menos um pouquinho de tudo que o nordeste me (nos) oferece. Estou firme no meu propósito, afinal demorei 30 anos para querer algo "concreto", e logo estarei chegando onde estou determinado a chegar.
E graças a minha vivência que é providencial para que eu confie tanto em mim, e só a tenho porque vocês meus amigos me ajudaram a construí-la, hoje vejo que o bom não é chegar ao objetivo, pois quando o alcançamos instintivamente deixamo-os de lado e trançamos outros novos, quase não gozamos dele, mas o bom mesmo é o caminho que se percorre até ele. Vendo a vida dessa maneira, cada milésimo de segundo que sempre foi pra mim importantíssimo, se tornou ainda mais precioso. Esse rabisco que novamente vos escrevo nada mais é, se não, saber que estou nesse exato minuto dando mais um passo.
Amo vocês!
" É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante..." -Raul Seixas
3 meses longe dos meus amigos amados, é um preço alto a se pagar, mas estou me saindo muito bem...
Minha família sempre foi meus amigos e por isso eu me dedico incondicionalmente. Tento ser um ser humano melhor, sei que já deixei, e as vezes ainda deixo, umas falhas no meio do caminho. Mas que maravilha, mesmo com essa certeza eu vejo que eles não desistem de serem leais, isso é impagável e imensurável!
Claro que gestamos essa tolerância, aprendemos a respeitar as falhas um dos outros e por isso penso que nos amamos e amar nada mais é, pra mim, que respeitar o outro da maneira como ele é.
Me sinto feito Tio Patinhas mergulhando no seu tesouro, acreditar em cada um, ter cada um, e contar com cada um de vocês me faz ser, se não o maior milionário da terra, um dos maiores. Talvez possa até afirmar que devem haver riquezas iguais as minhas, mas, maior que a minha acho difícil. Nem todo petróleo nem toda guerra é capaz de gerar uma fortuna maior que a de ter amigos leais.
Precisamos dos amigos, quando estamos na sarjeta, e não mais que nessa hora. Queremos sim, que eles estejam conosco nos momentos de felicidade e regozijo, mas de fato nessa hora é apenas para compartilhar, precisar no sentido literal da palavra, não precisamos. Era assim que eu pensava até pouco tempo atrás, mas Alexander Supertramp ensinou-me que "Felicidade só é real se compartilhada". Porque, se na hora que estiver tudo bem eu estiver sozinho, não seria feliz, seria apenas como ter todo vil metal e só. Tô fora!
Hoje por enxergar as coisas por este prisma, sinto uma saudade gostosa e não melancólica, uma saudade esperançosa de poder viver novas histórias com cada um, poder dividir com cada um, ao menos um pouquinho de tudo que o nordeste me (nos) oferece. Estou firme no meu propósito, afinal demorei 30 anos para querer algo "concreto", e logo estarei chegando onde estou determinado a chegar.
E graças a minha vivência que é providencial para que eu confie tanto em mim, e só a tenho porque vocês meus amigos me ajudaram a construí-la, hoje vejo que o bom não é chegar ao objetivo, pois quando o alcançamos instintivamente deixamo-os de lado e trançamos outros novos, quase não gozamos dele, mas o bom mesmo é o caminho que se percorre até ele. Vendo a vida dessa maneira, cada milésimo de segundo que sempre foi pra mim importantíssimo, se tornou ainda mais precioso. Esse rabisco que novamente vos escrevo nada mais é, se não, saber que estou nesse exato minuto dando mais um passo.
Amo vocês!
" É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante..." -Raul Seixas
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Nordeste independente - Bráulio Tavares/Ivanildo Vilanova
Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Casamento não é pra você - Seth
Casamento não é para você nem é a respeito da sua felicidade. Se você pensa que o casamento é para fazê-lo feliz, está enganado.
Depois de estar casado há apenas um ano e meio, recentemente cheguei à conclusão de que o casamento não é para mim.
Agora, antes de começar a fazer suposições, continue lendo.
Conheci minha esposa na escola quando tínhamos 15 anos. Éramos amigos há dez anos, até que... Até que decidimos que não queríamos mais ser apenas amigos. Eu recomendo enfaticamente que os melhores amigos se apaixonem. Será a felicidade para ambos.
No entanto, me apaixonar por minha melhor amiga não me impediu de ter certos medos e ansiedades sobre o casamento. Quanto mais próximos Kim e eu ficávamos da decisão de nos casarmos, mais eu me enchia de um medo paralisante. Será que eu estava pronto? Era a escolha certa? Kim era a pessoa certa para eu me casar? Será que ela me faria feliz?
Então, numa noite fatídica, compartilhei esses pensamentos e preocupações com o meu pai.
Talvez cada um de nós tenha passado por momentos em nossas vidas em que parece que o tempo fica mais lento ou o ar torna-se parado e parece tragar tudo ao nosso redor, marcando esse momento como aquele que nunca esqueceremos.
Meu pai dando sua resposta às minhas preocupações era um desses momentos para mim. Com um sorriso, ele disse: “Seth, você está sendo totalmente egoísta. Então, eu vou tornar as coisas simples: o casamento não é para você. Você não se casa para fazer a si mesmo feliz, se casa para fazer alguém feliz. Mais do que isso, o casamento não é para você, é para a família. Não é para os sogros ou para coisas sem importância, mas para seus futuros filhos. Quem você quer ao seu lado para criá-los? Quem você quer que os influencie? O casamento não é para você, nem para fazê-lo feliz. O casamento está relacionado à pessoa com quem se casa.”
Foi nesse exato momento que eu soube que Kim era a pessoa certa para casar. Eu percebi que eu queria fazê-la feliz, ver o seu sorriso todos os dias, queria fazê-la rir todos os dias. Eu queria ser uma parte de sua família, e minha família queria que ela fosse uma parte da nossa. E pensando em todas as vezes que eu a tinha visto brincar com os meus sobrinhos, eu sabia que ela era a pessoa com quem eu queria construir nossa própria família.
O conselho do meu pai era ao mesmo tempo chocante e revelador. Foi na contramão da "filosofia corrente" de hoje, que é: se o casamento não o faz feliz você pode voltar atrás e começar um novo relacionamento.
Não, um verdadeiro casamento (e verdadeiro amor) nunca é centrado em você. É centrado na pessoa que você ama - seus desejos, suas necessidades, suas esperanças e seus sonhos. O egoísmo exige: "O que eu ganho com isso?”, enquanto o amor pergunta: “O que eu posso dar?"
Algum tempo atrás, minha esposa me mostrou o que significa amar desinteressadamente. Por muitos meses, meu coração estava endurecido por uma mistura de medo e ressentimento. Então quando a pressão chegou a um ponto que nenhum de nós podia mais suportar, minhas emoções entraram em erupção. Eu estava insensível e egoísta.
Mas, em vez de acompanhar meu egoísmo, Kim fez algo mais que maravilhoso, ela demonstrou amor. Deixando de lado toda a dor e o mal-estar que eu havia causado, ela carinhosamente tomou-me em seus braços e acalmou minha alma.
O casamento é para a família.
Eu percebi que tinha esquecido o conselho do meu pai. Enquanto Kim devotava seu lado do casamento a me amar, do meu lado tudo estava concentrado em mim. Esta terrível constatação me levou às lágrimas, e eu prometi à minha mulher que eu iria tentar ser melhor.
Para todos os que estão lendo este artigo, casado, quase casado, solteiro ou até mesmo os solteirões ou solteironas convictos, eu quero que vocês saibam que o casamento não é para vocês. Nenhuma verdadeira relação de amor é para você. O amor é para a pessoa que você ama.
E, paradoxalmente, quanto mais você realmente ama essa pessoa, mais amor você recebe. E não apenas do seu cônjuge, mas dos amigos dele, de sua família e milhares de outras pessoas que você nunca teria conhecido se o seu amor permanecesse egocêntrico.
Na verdade, o amor e o casamento não são para você. São para o outro.
Depois de estar casado há apenas um ano e meio, recentemente cheguei à conclusão de que o casamento não é para mim.
Agora, antes de começar a fazer suposições, continue lendo.
Conheci minha esposa na escola quando tínhamos 15 anos. Éramos amigos há dez anos, até que... Até que decidimos que não queríamos mais ser apenas amigos. Eu recomendo enfaticamente que os melhores amigos se apaixonem. Será a felicidade para ambos.
No entanto, me apaixonar por minha melhor amiga não me impediu de ter certos medos e ansiedades sobre o casamento. Quanto mais próximos Kim e eu ficávamos da decisão de nos casarmos, mais eu me enchia de um medo paralisante. Será que eu estava pronto? Era a escolha certa? Kim era a pessoa certa para eu me casar? Será que ela me faria feliz?
Então, numa noite fatídica, compartilhei esses pensamentos e preocupações com o meu pai.
Talvez cada um de nós tenha passado por momentos em nossas vidas em que parece que o tempo fica mais lento ou o ar torna-se parado e parece tragar tudo ao nosso redor, marcando esse momento como aquele que nunca esqueceremos.
Meu pai dando sua resposta às minhas preocupações era um desses momentos para mim. Com um sorriso, ele disse: “Seth, você está sendo totalmente egoísta. Então, eu vou tornar as coisas simples: o casamento não é para você. Você não se casa para fazer a si mesmo feliz, se casa para fazer alguém feliz. Mais do que isso, o casamento não é para você, é para a família. Não é para os sogros ou para coisas sem importância, mas para seus futuros filhos. Quem você quer ao seu lado para criá-los? Quem você quer que os influencie? O casamento não é para você, nem para fazê-lo feliz. O casamento está relacionado à pessoa com quem se casa.”
Foi nesse exato momento que eu soube que Kim era a pessoa certa para casar. Eu percebi que eu queria fazê-la feliz, ver o seu sorriso todos os dias, queria fazê-la rir todos os dias. Eu queria ser uma parte de sua família, e minha família queria que ela fosse uma parte da nossa. E pensando em todas as vezes que eu a tinha visto brincar com os meus sobrinhos, eu sabia que ela era a pessoa com quem eu queria construir nossa própria família.
O conselho do meu pai era ao mesmo tempo chocante e revelador. Foi na contramão da "filosofia corrente" de hoje, que é: se o casamento não o faz feliz você pode voltar atrás e começar um novo relacionamento.
Não, um verdadeiro casamento (e verdadeiro amor) nunca é centrado em você. É centrado na pessoa que você ama - seus desejos, suas necessidades, suas esperanças e seus sonhos. O egoísmo exige: "O que eu ganho com isso?”, enquanto o amor pergunta: “O que eu posso dar?"
Algum tempo atrás, minha esposa me mostrou o que significa amar desinteressadamente. Por muitos meses, meu coração estava endurecido por uma mistura de medo e ressentimento. Então quando a pressão chegou a um ponto que nenhum de nós podia mais suportar, minhas emoções entraram em erupção. Eu estava insensível e egoísta.
Mas, em vez de acompanhar meu egoísmo, Kim fez algo mais que maravilhoso, ela demonstrou amor. Deixando de lado toda a dor e o mal-estar que eu havia causado, ela carinhosamente tomou-me em seus braços e acalmou minha alma.
O casamento é para a família.
Eu percebi que tinha esquecido o conselho do meu pai. Enquanto Kim devotava seu lado do casamento a me amar, do meu lado tudo estava concentrado em mim. Esta terrível constatação me levou às lágrimas, e eu prometi à minha mulher que eu iria tentar ser melhor.
Para todos os que estão lendo este artigo, casado, quase casado, solteiro ou até mesmo os solteirões ou solteironas convictos, eu quero que vocês saibam que o casamento não é para vocês. Nenhuma verdadeira relação de amor é para você. O amor é para a pessoa que você ama.
E, paradoxalmente, quanto mais você realmente ama essa pessoa, mais amor você recebe. E não apenas do seu cônjuge, mas dos amigos dele, de sua família e milhares de outras pessoas que você nunca teria conhecido se o seu amor permanecesse egocêntrico.
Na verdade, o amor e o casamento não são para você. São para o outro.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Nelson Mandela
Acho que nem mesmo meus irmãos tem ideia do quanto este homem representou em minha vida.
Sua história de vida, a busca por um ideal, seu altruísmo, dentro outras tantas coisas fizeram de Madiba um exemplo pra mim. Consegui fazer tudo que eu queria graças a ajuda dos meus amigos, e sou grato em poder sempre agradecer a eles. Mas não foi o suficiente pra que fizesse tudo que fiz e chegasse aos 30 anos pleno e realizado. Eu precisei buscar referentes estadistas e foi na história desse homem que eu encontrei norte, e nas tantas vezes que eu pensei em desistir (e foram muitas, pois o preço que se paga pra ser você mesmo é altíssimo e o caminho as vezes fica extremamente confuso) eu recorria a vida de Madiba, as sua frases, textos e declarações.
Madiba, essa frase que cito a seguir, tem um peso absurdo sobre minha vida, nessas muitas idas e vindas eu pude entender o que disseste, obrigado mestre, mestre da minha vida!
É com enorme pesar que rabisco estas linhas... A dor é tanta que mal consigo raciocinar... Gostaria de um dia ter lhe dado um abraço e um beijo.
Descanse em paz...
"Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou."
Nelson Mandela
Sua história de vida, a busca por um ideal, seu altruísmo, dentro outras tantas coisas fizeram de Madiba um exemplo pra mim. Consegui fazer tudo que eu queria graças a ajuda dos meus amigos, e sou grato em poder sempre agradecer a eles. Mas não foi o suficiente pra que fizesse tudo que fiz e chegasse aos 30 anos pleno e realizado. Eu precisei buscar referentes estadistas e foi na história desse homem que eu encontrei norte, e nas tantas vezes que eu pensei em desistir (e foram muitas, pois o preço que se paga pra ser você mesmo é altíssimo e o caminho as vezes fica extremamente confuso) eu recorria a vida de Madiba, as sua frases, textos e declarações.
Madiba, essa frase que cito a seguir, tem um peso absurdo sobre minha vida, nessas muitas idas e vindas eu pude entender o que disseste, obrigado mestre, mestre da minha vida!
É com enorme pesar que rabisco estas linhas... A dor é tanta que mal consigo raciocinar... Gostaria de um dia ter lhe dado um abraço e um beijo.
Descanse em paz...
"Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou."
Nelson Mandela
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Sublime paixão - Paulo Cesar Pinheiro
Paixão ...
É o delírio de quem se entrega
É rebentação que carrega
É a raiz de onde brota a loucura
Paixão ...
É luz negra que ofusca e cega
É mar que se teme e se navega
É ânsia sublime de aventura
Paixão ...
É o abismo de quem se apega
É a bendita flor que o mal rega
É o reverso que tem toda jura
Paixão ...
É a surpresa que a gente não nega
É o destino de quem não sossega
É o mistério entre a espera e a procura
Paixão...
Estranha doutrina de fé que não se prega
Estranho prazer imortal imortal que nunca dura
Paixão...
É um trem que entristece e que alegra
Momento em que o amor quebra a regra
No coração de toda criatura...
É o delírio de quem se entrega
É rebentação que carrega
É a raiz de onde brota a loucura
Paixão ...
É luz negra que ofusca e cega
É mar que se teme e se navega
É ânsia sublime de aventura
Paixão ...
É o abismo de quem se apega
É a bendita flor que o mal rega
É o reverso que tem toda jura
Paixão ...
É a surpresa que a gente não nega
É o destino de quem não sossega
É o mistério entre a espera e a procura
Paixão...
Estranha doutrina de fé que não se prega
Estranho prazer imortal imortal que nunca dura
Paixão...
É um trem que entristece e que alegra
Momento em que o amor quebra a regra
No coração de toda criatura...
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Afetos - Augusto dos Anjos
Bendito o amor que infiltra n'alma o enleio
E santifica da existência o cardo,
- Amor que é mirra e que é sagrado nardo,
Turificando a languidez dum seio!
O amor, porém, que da Desgraça veio
Maldito seja, seja como o fardo
Desta descrença funeral em que ardo
E com que o fogo da paixão ateio!
Funambulescamente a alma se atira
À luta das paixões, e, como a Aurora
Que ao beijo vesperal anseia e expira,
Desce para a alma o ocaso da Carícia
Ora em sonhos de Dor, supremos, e ora
Em contorço es supremas de Delícia!
E santifica da existência o cardo,
- Amor que é mirra e que é sagrado nardo,
Turificando a languidez dum seio!
O amor, porém, que da Desgraça veio
Maldito seja, seja como o fardo
Desta descrença funeral em que ardo
E com que o fogo da paixão ateio!
Funambulescamente a alma se atira
À luta das paixões, e, como a Aurora
Que ao beijo vesperal anseia e expira,
Desce para a alma o ocaso da Carícia
Ora em sonhos de Dor, supremos, e ora
Em contorço es supremas de Delícia!
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Ao poeta Antonio Pereira - Brás Costa
Ao poeta Antonio Pereira
O Poeta Antônio Pereira uma dia aconselhou:
Quem quiser plantar saudade,
Escalde bem a semente
E plante na terra seca
Em dia de sol bem quente,
Pois se plantar no molhado,
Ela nasce e mata a gente..
Vivendo lá longe nas europas, com um cadinho de saudade do seu sertão que quer tanto bem, o Padroeta Brás Costa, respondeu do jeito que se dá:
Ao poeta Antonio Pereira
Caro poeta, confesso, não segui corretamente
O seu poético conselho e não plantei a semente
Ao invés de escaldá-la
Eu preferi não plantá-la
Pensando que a evitasse
Mas para surpresa minha
Na cova do amor qu'eu tinha
Um pé de saudade nasce...
É, meu poeta, a saudade nasce sem ninguem plantar
E quanto a sua semente, é mesmo inutil escaldar
Mesmo que escalde a semente
Que a plante em terreno quente
E que não chova um sereno
Como pé de carrapicho
Ela faz esse capricho
Nasce e alastra o terreno.
Mas, obrigado poeta, pelo conselho no verso
Não se ofenda se eu sigo um caminho diverso
Vou plantá-la num baxio
Perto das margens dum rio
Onde a terra é irrigada
Já que eu não posso com ela
Vou assim vivendo dela
Pra morrer dessa danada.
Brás Costa, Górdoba, outubro de 2011.
O Poeta Antônio Pereira uma dia aconselhou:
Quem quiser plantar saudade,
Escalde bem a semente
E plante na terra seca
Em dia de sol bem quente,
Pois se plantar no molhado,
Ela nasce e mata a gente..
Vivendo lá longe nas europas, com um cadinho de saudade do seu sertão que quer tanto bem, o Padroeta Brás Costa, respondeu do jeito que se dá:
Ao poeta Antonio Pereira
Caro poeta, confesso, não segui corretamente
O seu poético conselho e não plantei a semente
Ao invés de escaldá-la
Eu preferi não plantá-la
Pensando que a evitasse
Mas para surpresa minha
Na cova do amor qu'eu tinha
Um pé de saudade nasce...
É, meu poeta, a saudade nasce sem ninguem plantar
E quanto a sua semente, é mesmo inutil escaldar
Mesmo que escalde a semente
Que a plante em terreno quente
E que não chova um sereno
Como pé de carrapicho
Ela faz esse capricho
Nasce e alastra o terreno.
Mas, obrigado poeta, pelo conselho no verso
Não se ofenda se eu sigo um caminho diverso
Vou plantá-la num baxio
Perto das margens dum rio
Onde a terra é irrigada
Já que eu não posso com ela
Vou assim vivendo dela
Pra morrer dessa danada.
Brás Costa, Górdoba, outubro de 2011.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
A Música - Charles Baudelaire
A música p'ra mim tem seduções de oceano!
Quantas vezes procuro navegar,
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano,
Minha pálida estrela a demandar!
O peito saliente, os pulmões distendidos
Como o rijo velame d'um navio,
Intento desvendar os reinos escondidos
Sob o manto da noite escuro e frio;
Sinto vibrar em mim todas as comoções
D'um navio que sulca o vasto mar;
Chuvas temporais, ciclones, convulsões
Conseguem a minh'alma acalentar.
— Mas quando reina a paz, quando a bonança impera,
Que desespero horrivel me exaspera!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Quantas vezes procuro navegar,
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano,
Minha pálida estrela a demandar!
O peito saliente, os pulmões distendidos
Como o rijo velame d'um navio,
Intento desvendar os reinos escondidos
Sob o manto da noite escuro e frio;
Sinto vibrar em mim todas as comoções
D'um navio que sulca o vasto mar;
Chuvas temporais, ciclones, convulsões
Conseguem a minh'alma acalentar.
— Mas quando reina a paz, quando a bonança impera,
Que desespero horrivel me exaspera!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Mais um Adeus - Vinicius de Moraes
O amor é uma agonia
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar...
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar...
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Fascinação ( Fascination - 1957 ) - Carlos Galhardo
Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.
O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.
Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.
O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.
O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.
Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.
O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.
sábado, 19 de outubro de 2013
Monólogo de Orfeu - Vinicius de Moraes
Eu vivo a busca infinita, sou dor sem cura! Desfruto de todos os sentimentos... Amor e dor, alegria e tristeza, riso e choro, esperança e desilusão, vida e morte... Orpheu em minha alma habita! Meus gritos são silenciosos como também são meus carinhos, a parte de mim que é desejo desperta nas horas em que mais fraquejo! A parte de mim que é dor se tornou meu trabalho, nela labuto todos os dias com a ilusão de lapida- lá. O meu instrumento de trabalho é amor. De minha alma sai um canto desafinado que entorpece a quem escuta, minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduz querendo voltar...
Este foi o primeiro post no "passosdesvairados" em idos de 2009... A influência que o poetinha exerce sobre mim é indescritível... Sua sensibilidade, sua inteligência e elegância, a capacidade de rasgar-se em versos e a coragem de externalizar tudo quanto pode sentir, fez de mim mais um sonhador, sofrido sonhador que encara o "amor" do século XXI...
Poeta, não me ariscaria a dizer mais do que disse, faltou apenas meu muito obrigado por me permitir sonhar, e, saiba você que monólogo de Orfeu mudou meu mundo.
"A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!
Este foi o primeiro post no "passosdesvairados" em idos de 2009... A influência que o poetinha exerce sobre mim é indescritível... Sua sensibilidade, sua inteligência e elegância, a capacidade de rasgar-se em versos e a coragem de externalizar tudo quanto pode sentir, fez de mim mais um sonhador, sofrido sonhador que encara o "amor" do século XXI...
Poeta, não me ariscaria a dizer mais do que disse, faltou apenas meu muito obrigado por me permitir sonhar, e, saiba você que monólogo de Orfeu mudou meu mundo.
"A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!
MARIA PUREZA - NELSON GONÇALVES
Samba do próprio Nélson Gonçalves em parceria com Renê Bittencourt, lançado pelo "gogó de ouro" na sua RCA Victor de sempre, em 1961, no LP "Noite de saudade"
João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração
E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
Cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome
João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração
E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome
João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração
E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
Cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome
João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração
E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome
domingo, 13 de outubro de 2013
Mundo Novo, Vida Nova - Luiz Gonzaga Jr
Mundo novo, vida nova
Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquela velha estória
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus
Fazer de tudo e todos mera lembrança
Deixar de ser só esperança
E por minhas mãos, lutando, me superar
Vou rasgar no tempo o meu próprio caminho
E assim, abrir meu peito ao vento, me libertar
De ser somente aquilo que se espera
Em forma, jeito, luz e cor
E vou, vou pegar um mundo novo, vida nova
Vou pegar um mundo novo, vida nova...
Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquela velha estória
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus
Fazer de tudo e todos mera lembrança
Deixar de ser só esperança
E por minhas mãos, lutando, me superar
Vou rasgar no tempo o meu próprio caminho
E assim, abrir meu peito ao vento, me libertar
De ser somente aquilo que se espera
Em forma, jeito, luz e cor
E vou, vou pegar um mundo novo, vida nova
Vou pegar um mundo novo, vida nova...
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Não me Peçam Razões - José Saramago
Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Viagem - Taiguara
Vai
abandona a morte em vida em que hoje
estás
Há um lugar onde essa angústia se desfaz
E o veneno e a solidão mudam de cor
Vai indo amor
Vai
recupera a paz perdida e as ilusões,
não espera vir a vida as tuas mãos
Faz em fera a flor ferida e vai lutar
Pro amor voltar
Vai
faz de um corpo de mulher estrada e sol
Te faz amante
Faz teu peito errante
Acreditar que amanheceu
Vai corpo inteiro mergulhar no teu amor
Nesse momento
vai ser teu momento
O mundo inteiro vai ser teu, teu, teu
abandona a morte em vida em que hoje
estás
Há um lugar onde essa angústia se desfaz
E o veneno e a solidão mudam de cor
Vai indo amor
Vai
recupera a paz perdida e as ilusões,
não espera vir a vida as tuas mãos
Faz em fera a flor ferida e vai lutar
Pro amor voltar
Vai
faz de um corpo de mulher estrada e sol
Te faz amante
Faz teu peito errante
Acreditar que amanheceu
Vai corpo inteiro mergulhar no teu amor
Nesse momento
vai ser teu momento
O mundo inteiro vai ser teu, teu, teu
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Frase- Alessandro Brito
O que se faz quando não se tem certeza, mas é preciso escolher?
O que se faz com o medo que toda certeza traz?
Sua mente está preparada para toda essa incerteza?
O que se faz com o medo que toda certeza traz?
Sua mente está preparada para toda essa incerteza?
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Texto - Elma Moreira de Assis
Mais de um ano que ela se foi...
É sempre muito, muito doloroso escrever para você ou publicar algo seu...
Sem dúvida uma das mulheres que mais me marcou, sua inteligência era espantosa, mas seu jeito de ver o mundo e a forma como se desdobrava para tentar sair da prisão cultural da qual era refém, dos preconceitos de um nordeste extremamente machista... Ficou me devendo concretizar alguns sonhos...
Sabe, este domingo caminhava pela paulista, uma tarde de sol linda, um arrebol com cinza de poluição que só sampa tem, aquele mundo de etnias dividindo o mesmo ecossistema, você ficaria doida. Com certeza dançaríamos no meio da rua...
Tomei a decisão de sair de sampa e ir morar na paraíba nos próximos meses, talvez não se realize, você bem sabe, a vida é mesmo imprevisível, e por isso somos doidos por ela não é mesmo amada!?
Muito embora estejamos juntos em pensamento, sua presença física me fará muita falta por aquelas bandas...
Não sei como inspirava-se para escrever estas coisas, mas fico feliz que ao menos nos escritos fosse livre e senti-se verdadeiramente feliz.
Amo muito você amiga, em breve nos veremos!
Segue texto da Elma Moreira de Assis:
Já não havia muito o que ser dito, antes íntimos, agora quase estranhos, ruborizados, desconhecidos, tendo, ele, negado a pele dela, o seu suor, sua lombra orgásmica, suas risadas. O que antes era intensidade, agora não passa de mera educação, formalidade utilizada para mascarar o "nada" restante, reinante. Reciprocidade quebrada gera, nela, a sensação do nunca. Como se não existisse o passado, fragrância dissipada pelo tempo, concretude corroída pela lágrima ácida derramada, lágrima que parecia já prever seu caminho, seu surgimento, mas mesmo assim teimou em se formar e pôr-se em prontidão, como se esperasse, mais uma vez, o ir-se daquele que, por muito, parte dela se tornou. Só que ela é descarada, sabe ? Daquelas que se exibe e ama de dentro pra fora, como num processo de contorcionismo ao avesso . Ama pelos poros, sorri com os ombros, convida através dos olhos, transborda com todo o corpo. Ela não é desse mundo. Ela é formada por mil vidas, por mulheres de várias épocas. Ela é atemporal. E ele, mesmo do seu modo, acabou por encantá-la. Ele é tudo o que confunde, que chama, que é mistério, riso. É tudo o que se desistiu de querer de um qualquer, por não acreditar ser possível, por ele não ser esse tal. E, literalmente, não se pode mesmo acreditar nesse "ser", vez que ele desmanchou-se no ar, quebrou na onda, partiu do nada pro nada, deixando, nela, a sensação do quase maculada pelo vazio do nunca. É engraçado, ela é teimosa, é diferente. Em vez de enraivada, ri. Ela se diverte pelos risos gastados, e até junta algumas piadas bobas pra contar no regresso dele, como se fosse bem assim mesmo, nessa leveza. Como se já soubesse, mesmo sem entender, que tudo é providencial, conspiração, para "aquele beijo". Ele ainda embala as noites dessa pequena, e, quando o vento arrepia-lhe o corpo, nas brisas primaveris, ela se contorce e sussurra seu nome, como se usasse esse vento como seu porta-voz, como seu porta-corpo. Ela parece ser a única que ainda acredita nele, do jeitinho dela, sabe ? Ela o vê quando olha pela janela e o tem por segundos poucos, como são as sensações mais intensas da vida. Ela o vê em vários rostos, como se tentasse formar sua imagem através de várias peças, seu quebra-cabeças, seu perfeito labirinto, onde se perdem e se acham. De uma certa forma ele a transformou, ajudou-a, e ela está assim: sentindo-se plena, bem, inteira, leve e louca para rir de suas histórias, morder o lábio de ciúme, franzir a testa quando desconfiada. Sobretudo ela gosta de rir quando ele fecha a cara de ciúme, fingindo ser ranzinza e sério, logo aquele menino que tem uma constelação no pescoço e um sorriso que começa infantil e acaba de lado, sumindo num canto de boca sedutor. Ela é dele, e sabe disso. Não sente que deveria ser diferente, não vai contra, enquanto sente é entregue. Quando a tardinha cai e as nuvens ficam cor de algodão doce, a mesma descrição que contou e ele riu, ela olha o céu e seus olhos se enchem d'água .. A música se inicia, como se fosse por ele providenciada . Ela tem o mundo dentro de si e, mesmo assim, seu mundo é dele. Ela samba, bebe, ri, perde a sandália e roda a saia, enquanto ele roda dentro dela e os dois dançam assim, desajeitados . Ela o quer .. É ele. E ela ainda acredita nele .. Ainda .
Elma
02/04/2012
23:44
É sempre muito, muito doloroso escrever para você ou publicar algo seu...
Sem dúvida uma das mulheres que mais me marcou, sua inteligência era espantosa, mas seu jeito de ver o mundo e a forma como se desdobrava para tentar sair da prisão cultural da qual era refém, dos preconceitos de um nordeste extremamente machista... Ficou me devendo concretizar alguns sonhos...
Sabe, este domingo caminhava pela paulista, uma tarde de sol linda, um arrebol com cinza de poluição que só sampa tem, aquele mundo de etnias dividindo o mesmo ecossistema, você ficaria doida. Com certeza dançaríamos no meio da rua...
Tomei a decisão de sair de sampa e ir morar na paraíba nos próximos meses, talvez não se realize, você bem sabe, a vida é mesmo imprevisível, e por isso somos doidos por ela não é mesmo amada!?
Muito embora estejamos juntos em pensamento, sua presença física me fará muita falta por aquelas bandas...
Não sei como inspirava-se para escrever estas coisas, mas fico feliz que ao menos nos escritos fosse livre e senti-se verdadeiramente feliz.
Amo muito você amiga, em breve nos veremos!
Segue texto da Elma Moreira de Assis:
Já não havia muito o que ser dito, antes íntimos, agora quase estranhos, ruborizados, desconhecidos, tendo, ele, negado a pele dela, o seu suor, sua lombra orgásmica, suas risadas. O que antes era intensidade, agora não passa de mera educação, formalidade utilizada para mascarar o "nada" restante, reinante. Reciprocidade quebrada gera, nela, a sensação do nunca. Como se não existisse o passado, fragrância dissipada pelo tempo, concretude corroída pela lágrima ácida derramada, lágrima que parecia já prever seu caminho, seu surgimento, mas mesmo assim teimou em se formar e pôr-se em prontidão, como se esperasse, mais uma vez, o ir-se daquele que, por muito, parte dela se tornou. Só que ela é descarada, sabe ? Daquelas que se exibe e ama de dentro pra fora, como num processo de contorcionismo ao avesso . Ama pelos poros, sorri com os ombros, convida através dos olhos, transborda com todo o corpo. Ela não é desse mundo. Ela é formada por mil vidas, por mulheres de várias épocas. Ela é atemporal. E ele, mesmo do seu modo, acabou por encantá-la. Ele é tudo o que confunde, que chama, que é mistério, riso. É tudo o que se desistiu de querer de um qualquer, por não acreditar ser possível, por ele não ser esse tal. E, literalmente, não se pode mesmo acreditar nesse "ser", vez que ele desmanchou-se no ar, quebrou na onda, partiu do nada pro nada, deixando, nela, a sensação do quase maculada pelo vazio do nunca. É engraçado, ela é teimosa, é diferente. Em vez de enraivada, ri. Ela se diverte pelos risos gastados, e até junta algumas piadas bobas pra contar no regresso dele, como se fosse bem assim mesmo, nessa leveza. Como se já soubesse, mesmo sem entender, que tudo é providencial, conspiração, para "aquele beijo". Ele ainda embala as noites dessa pequena, e, quando o vento arrepia-lhe o corpo, nas brisas primaveris, ela se contorce e sussurra seu nome, como se usasse esse vento como seu porta-voz, como seu porta-corpo. Ela parece ser a única que ainda acredita nele, do jeitinho dela, sabe ? Ela o vê quando olha pela janela e o tem por segundos poucos, como são as sensações mais intensas da vida. Ela o vê em vários rostos, como se tentasse formar sua imagem através de várias peças, seu quebra-cabeças, seu perfeito labirinto, onde se perdem e se acham. De uma certa forma ele a transformou, ajudou-a, e ela está assim: sentindo-se plena, bem, inteira, leve e louca para rir de suas histórias, morder o lábio de ciúme, franzir a testa quando desconfiada. Sobretudo ela gosta de rir quando ele fecha a cara de ciúme, fingindo ser ranzinza e sério, logo aquele menino que tem uma constelação no pescoço e um sorriso que começa infantil e acaba de lado, sumindo num canto de boca sedutor. Ela é dele, e sabe disso. Não sente que deveria ser diferente, não vai contra, enquanto sente é entregue. Quando a tardinha cai e as nuvens ficam cor de algodão doce, a mesma descrição que contou e ele riu, ela olha o céu e seus olhos se enchem d'água .. A música se inicia, como se fosse por ele providenciada . Ela tem o mundo dentro de si e, mesmo assim, seu mundo é dele. Ela samba, bebe, ri, perde a sandália e roda a saia, enquanto ele roda dentro dela e os dois dançam assim, desajeitados . Ela o quer .. É ele. E ela ainda acredita nele .. Ainda .
Elma
02/04/2012
23:44
Valores - Alessandro Brito
BOM... Tenho um outro lado dessa mesma moeda.
Apenas seguindo minha linha de raciocínio baseado nesse post, que por sinal concordo em grau, número e gênero:
Nem só de badaladas e casas noturnas vive a cidade, existem na noite uma outro público as moças e rapazes "CULT" que preferem um barzinho (pois cansaram- se das boates, baladas e uniformes).
Eles optam por um ambiente mais "classudo", arrisco citar uma casa noturna de Blues, Jazz, Bossa Nova, Samba e acreditem Forró (pé de serra claro)... (não me sinto seguro em usar o termo MPB, se é que me entendem).
O cenário realmente se apresenta de uma outra forma, isso não se pode negar!
Apenas falo do que conheço, então o que segue abaixo é baseado na minha pouca vivência e experiência dos últimos 8 anos na vila madalena. Oh, que lugar incrível!
Quanto aos perfumes:
Os perfumes... ah, nesse cenário eles são muito mais diversificados, há toda uma influência "gringa". Rara são as vezes que se consegue identificar um deles. Elas realmente sabem como confundir o nariz de um homem.
Quanto ao uniforme:
Não, definitivamente elas não usam uniformes, muito pelo contrário elas são extremamente elegantes. Roupas de grife, vamos combinar, caem muito bem! (Mas grife de verdade, 25 de março não vale, não tem corte, se é que me entendem).
Quanto a gastar o seu rico dinheiro:
Esse quadro é formado por em sua grande maioria por universitários, que culturalmente são quebrados de grana! Mas nesse caso essa regra não se aplica, pois o circuito é frequentando em sua grande maioria por alunos ou ex alunos da USP, PUC, Mackenzie (Claro que temos as exceções dentre estes). Para qualquer um que saiba como funciona estas universidades fica mais que óbvio a dedução que estou falando de moças e rapazes com uma condição financeira privilegiada, e até arrisco dizer, por que não, bem privilegiada.
Está montada a equação! Bom ensino, "boas influências", boa condição social, tem como resultado pessoas literárias. Aparentemente parece muito bom, não teria do que reclamar, afinal que maravilha é poder conversar com alguém inteligente, educado... Mas toda moeda continua tendo dois lados, e aí é fácil perceber uma coisa, que nem de longe me agrada, estas pessoas também estão em buscas de algo que elas mesmas não sabe o que, elas utilizam diretrizes únicas, sem saber onde estas o levarão.
Tudo bem elas não usam o mesmo perfume e nem se vestem da mesma maneira, mas incrivelmente elas seguem um mesmo script (falo por infinitas experiências).
OI!?
Qual seu nome?
Onde você mora?
Com o que você trabalha?
É formando em que? Em qual faculdade?...
Isso para mim é muito desgastante, e respeito quem ache toda essa ideia "xiita" demais. Certa vez conversando com amigo ele me disse que se sentia incomodado tanto quanto eu, e que esse tipo de situação passará a ser corriqueira, e que quando alguma moça perguntava o que ele fazia da vida ele respondia: - Sou feliz!
Quanto ao uniforme:
Não, definitivamente elas não usam uniformes, muito pelo contrário elas são extremamente elegantes. Roupas de grife, vamos combinar, caem muito bem! (Mas grife de verdade, 25 de março não vale, não tem corte, se é que me entendem).
Quanto a gastar o seu rico dinheiro:
Esse quadro é formado por em sua grande maioria por universitários, que culturalmente são quebrados de grana! Mas nesse caso essa regra não se aplica, pois o circuito é frequentando em sua grande maioria por alunos ou ex alunos da USP, PUC, Mackenzie (Claro que temos as exceções dentre estes). Para qualquer um que saiba como funciona estas universidades fica mais que óbvio a dedução que estou falando de moças e rapazes com uma condição financeira privilegiada, e até arrisco dizer, por que não, bem privilegiada.
Está montada a equação! Bom ensino, "boas influências", boa condição social, tem como resultado pessoas literárias. Aparentemente parece muito bom, não teria do que reclamar, afinal que maravilha é poder conversar com alguém inteligente, educado... Mas toda moeda continua tendo dois lados, e aí é fácil perceber uma coisa, que nem de longe me agrada, estas pessoas também estão em buscas de algo que elas mesmas não sabe o que, elas utilizam diretrizes únicas, sem saber onde estas o levarão.
Tudo bem elas não usam o mesmo perfume e nem se vestem da mesma maneira, mas incrivelmente elas seguem um mesmo script (falo por infinitas experiências).
OI!?
Qual seu nome?
Onde você mora?
Com o que você trabalha?
É formando em que? Em qual faculdade?...
Isso para mim é muito desgastante, e respeito quem ache toda essa ideia "xiita" demais. Certa vez conversando com amigo ele me disse que se sentia incomodado tanto quanto eu, e que esse tipo de situação passará a ser corriqueira, e que quando alguma moça perguntava o que ele fazia da vida ele respondia: - Sou feliz!
A partir disso, revi meus conceitos e criei meu script para esse tipo de situação, para as mesmas perguntas nada mais justo que as mesmas respostas!
Quando iniciava-se as velhas perguntas eu respondia que era feliz e perguntava pra moça quantas vezes ele havia precisado de mim até aquele momento. Elas (todas elas) ficavam com uma cara que posso traduzir como seguinte pensamento: Esse cara é louco!
Então lhe dizia, olha você em "X" anos nunca precisou de mim pra nada, assim como eu nunca precisei de você... Então não me importa nesse momento onde você mora, ou com o que trabalha... Você pode ser diretora da maior empresa de sampa, ter uma espaço nave te esperando lá fora, morar num flat em moema até hoje nunca precisei de você pra nada, agora o que me interessa é saber o que e como você pensa...
É claro que conheci muitas pessoas realmente interessantes (no que eu julgo ser interessante, claro) e será engraçado se algumas dessas pessoas chegar a ler estes rabisco.
E assim é, de uma forma ou de outra, valemos o que temos ou o que aparentamos ter e ser. Capitalismo selvagem (se é que me entendem).
E que triste essa minha realidade não? Ao que parece não tenho pra onde fugir! Mas tenho sim, existe muita gente que não segue esses padrões e possui valores diferentes do "geral", e por aí, mundo afora, encontramos pessoas com os mesmo valores que os nossos.
Segue texto no qual me embasei:
Quando iniciava-se as velhas perguntas eu respondia que era feliz e perguntava pra moça quantas vezes ele havia precisado de mim até aquele momento. Elas (todas elas) ficavam com uma cara que posso traduzir como seguinte pensamento: Esse cara é louco!
Então lhe dizia, olha você em "X" anos nunca precisou de mim pra nada, assim como eu nunca precisei de você... Então não me importa nesse momento onde você mora, ou com o que trabalha... Você pode ser diretora da maior empresa de sampa, ter uma espaço nave te esperando lá fora, morar num flat em moema até hoje nunca precisei de você pra nada, agora o que me interessa é saber o que e como você pensa...
É claro que conheci muitas pessoas realmente interessantes (no que eu julgo ser interessante, claro) e será engraçado se algumas dessas pessoas chegar a ler estes rabisco.
E assim é, de uma forma ou de outra, valemos o que temos ou o que aparentamos ter e ser. Capitalismo selvagem (se é que me entendem).
E que triste essa minha realidade não? Ao que parece não tenho pra onde fugir! Mas tenho sim, existe muita gente que não segue esses padrões e possui valores diferentes do "geral", e por aí, mundo afora, encontramos pessoas com os mesmo valores que os nossos.
Segue texto no qual me embasei:
"E aí, bora para noitada ???
Primeiramente, você chega na balada e observa que metade das mulheres estão com um vestido de elástico, já a outra metade está com uma regata branca ou top e por cima uma blusa fina, junto com uma saia alta embalada a vácuo ou short customizado.
Usando o insistente perfume 212, Angel e Light Blue. Mas até aí tudo bem pois o uniforme faz parte. Não muito distante disso você vê alguns homens com uma camisa polo com “número 43” nas costas e um cavalo gigante no peito, perfume one million e a barriga saliente, com as mulheres mais bonitas da festa. Alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como funciona tudo isso… Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas. Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido.
...
De forma alguma estou dizendo que não gosto de balada, ou que balada é algo de pessoas “vazias”, mas infelizmente na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só querem levantar seu ego e homens que acham que "baixar" um litro de bebida na mesa lhe faz ser o macho "top" da festa.
Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, e principalmente terem seu ego exaltado.
Agora só falta elas perceberem que isso não leva a lugar nenhum.
Chegamos num ponto chave da sociedade, onde máscaras valem mais do que expressões, garrafas de bebida em cima da mesa valem mais do que apertos de mão e companhias falsas valem mais do que uma conversa sincera com a menina menos atraente da festa.
Por fim entenda que você pode ser uma pessoa super charmosa, educada, inteligente ou qualquer outro adjetivo, mas se a outra pessoa não for equivalente, ela não irá perceber o quão valiosa você é.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Ecos da Alma - Augusto dos Anjos
Oh! madrugada de ilusões, santíssima,
Sombra perdida lá do meu Passado,
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado!
Longe das tristes noites tumulares
Quem me dera viver entre quimeras,
Por entre o resplendor das Primaveras
Oh! madrugada azul dos meus sonhares.
Mas quando vibrar a última balada
Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça
Quem me dera morrer então risonho
Fitando a nebulosa do meu sonho
E a Via-Láctea da Ilusão que passa!
Sombra perdida lá do meu Passado,
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado!
Longe das tristes noites tumulares
Quem me dera viver entre quimeras,
Por entre o resplendor das Primaveras
Oh! madrugada azul dos meus sonhares.
Mas quando vibrar a última balada
Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça
Quem me dera morrer então risonho
Fitando a nebulosa do meu sonho
E a Via-Láctea da Ilusão que passa!
O meu Nirvana - Augusto dos Anjo
No alheamento da obscura forma humana,
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero
Encontrei, afinal, o meu Nirvana!
Nessa manumissão schopenhauereana,
Onde a Vida do humano aspecto fero
Se desarraiga, eu, feito força, impero
Na imanência da Ideia Soberana!
Destruída a sensação que oriunda fora
Do tacto — ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias
— Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero
Encontrei, afinal, o meu Nirvana!
Nessa manumissão schopenhauereana,
Onde a Vida do humano aspecto fero
Se desarraiga, eu, feito força, impero
Na imanência da Ideia Soberana!
Destruída a sensação que oriunda fora
Do tacto — ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias
— Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!
domingo, 14 de julho de 2013
Poesia - Fernando Pessoa
"Que importa àquele a quem já nada importa que um perca e outro vença .. se a aurora raia sempre .. se cada ano com a Primavera as folhas aparecem .. e com o Outono cessam? E o resto, as outras coisas que os humanos acrescentam à vida, que me aumentam na alma? Sim, sei bem que nunca serei alguém. Sei, enfim, que nunca saberei de mim. Sim, mas agora, enquanto dura esta hora, este luar, estes ramos, esta paz em que estamos .. deixem-me crer o que nunca poderei ser. Ser um é cadeia, ser eu é não ser. Viverei fugindo mas vivo a valer. O mistério do mundo, o íntimo, horroroso, desolado, verdadeiro mistério da existência, consiste em haver esse mistério. Quanto mais fundamente penso, mais profundamente me descompreendo. Só a inocência e a ignorância são felizes, mas não o sabem. São ou não? Que é ser sem o saber? Ser, como a pedra, um lugar, nada mais. Quanto mais claro vejo em mim, mais escuro é o que vejo. Quanto mais compreendo menos me sinto compreendido."
segunda-feira, 17 de junho de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
Discurso - Gonzaguinha 1984
"Uma coisa eu aprendi pelas estradas por onde eu andei, e que eu sei que vou levar para estradas por onde eu vou andar. Eu aprendi que é fundamental que eu tenha respeito pela minha pessoa, pra que eu possa evidentemente passar esse respeito para outras pessoas. Porque não há uma coisa "mais maior de grande" do que a pessoa e porque somente juntos, somente unidos, é que nos vamos conseguir uma coisa bem maior chamada a nossa liberdade"
(Gonzaguinha em 1984 show com Gonzagão )
(Gonzaguinha em 1984 show com Gonzagão )
Liberdade - Alessandro Brito
E você que de nós desacreditou
Que pensou que não tinhamos poder
Repare que a nossa luta
Apenas começou
Marcharemos hoje e amanhã
Marcharemos por todo ano, por toda vida
Se for essa nossa única saída
Tomaremos as ruas da cidade
Tomaremos as praças públicas
Tomaremos de volta nossa dignindade
Nossa liberdade banida
O filho teu não foge a luta
Somos um povo que trabalha
Que sustenta essa nação
Somos mais que futebol
Carnaval, televisão...
A união é nossa arma
E unidos agora estamos
Lutando pela liberdade
Seguiremos caminhando.
Carnaval, televisão...
A união é nossa arma
E unidos agora estamos
Lutando pela liberdade
Seguiremos caminhando.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Juntos somos a força bruta - Alessandro Brito
Como é que faz meu irmão?
Olhar pro lado e ver outro irmão
Dizendo que nem se importa com a situação
É sinal que pra ele a vida vai bem
E por certo tem outra opção
Sofá, cama e televisão!
Mas e a gente irmão?
Que foge da alienação
Sofrendo uma mascarada repressão
Deixemos de ser só platéia
É hora de uma guerra moral
Unindo nossas forças num mesmo ideal
Afinal, juntos somos a força bruta
Eu e você e quem sabe mais um milhão
Mudaremos o curso da nossa nação
Hoje mais um óbito no hospital
Por negligência de um fulano Dr.
Que não se importa com a nossa dor
Tem também aquele senhor
Que vaga pela madrugada
Buscando sua dignidade que foi violentada
Crianças que não tem família
Que há muito foram abandonadas
Chorando a "sorte" que foi condenada
Por nós lutaremos
Mas é por eles que brigamos
A justiça tem que valer pra todos os seres humanos
Afinal, juntos somos a força bruta
Eu e você e quem sabe mais um milhão
Mudaremos o curso da nossa nação
|
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Fotografia - Alessandro Brito
As fotos do meu perfil (as mais trabalhadas dessa rede social) são de fato as mais toscas. Mas não é para chamar a atenção, longe disso, essas fotos sou eu quase que "in natura" não gosto de registar o que não é meu, nem o que não sou eu. (Foi aí onde me identifiquei com o texto "Recordação" do colunista Antonio Prata - Folha de S. Paulo).
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/112455-recordacao.shtml
As pessoas não entendem muito bem o porque de eu tirar tantas fotos "toscas"...
Se elas entendessem que vislumbro lá na frente, quando os anos passarem... Me entenderiam e certamente iniciaria-se uma competição de quem tira mais foto "tosca".
Acho que tenho essa visão justamente por não ter fotos de minha infância.
Fotos jogando futebol no campo (que não existe mais) ou correndo nas ruas de terra (que hoje estão asfaltadas) putz, descendo de rolimã aquela puta ladeira de "Beverllyders"...
Eu matei muitas e muitas aulas para ir no Seu Toninho (falecido) jogar fliperama (Street Figther I, Final Figther, Mortal Kombat I, Dinossauro Cadilac e claro Campeonato brasilerio) depois assumido por sua esposa Dona Cida, eu passei dias dentro daquele lugar, e não tenho uma foto se quer. Alguns dos que por lá jogavam, partiram prematuramente, tenho vagas lembranças deles...
Fico realmente chateado por não ter foto da Joguinha (Axis 90 Yamaha o ano era 1994) formou-se um grupinho que acreditem, gastava 2 tanques de gasolina num sab, época em que a gasolina custava R$0,80 centavos, percorríamos todos os bairros de SBC, Acordei diversas vezes as 4:30 para ir até parque Espacial ver o sol nascer, era incrível! Não tenho uma foto se quer dessas pessoas, muito embora ainda tenha contato com muitas delas.
Dos velhos amigos do meu pai que já se foram também não tenho fotos... Eles são lendários pra mim.
Eram a minha Liga da justiça, em sua maioria nordestinos cheios de histórias para contar, eu realmente pirava na batatinha com eles. Fosse no bar na mesa de sinuca, fosse nos cassinos clandestinos madrugada a fora, tinha o "DIM" o "Zé Preto" (que ouvia Amado batista 24 hs) meu padrinho "Bigode" o "TÉTÉ" o Zé Luiz" nem queiram saber quem eram estes rs.
Estes apesar dos anos ainda estão bem vivos na minha memória.
Ai ai ai e as roupas que usava? Quase um surfista, sem prancha nem mar. Ok tudo bem, também passou, nem tudo é pra lamentar. rs
E os cortes de cabelo? O Isaac (falecido) dizia: "Qué talco ou qué que muí?", o danado ainda batia um fut, também não tenho fotos...
Não sinto saudades do barraco de madeira que morei por muitos anos (onde fui feliz pra caraleoooooooo)... Mas trago como uma doce recordação de que tudo na vida passa.
Não tenho fotos com meus tios, nem avós, nem os parceiros que me acompanham até hoje, ao menos daquela época não.
Não tenho fotos da escola...
"E.E.P.S.G. Jornalista Vladimir Herzog
Hoje o dia está ensolarado"
Poxa, nos plantamos um jardim na frente de toda a escola... Caraca, nem uma fotinho desses dias... Professor Orlando, nem uma fotinho também, ele nos ensinou a fazer conta no ábaco, cala bocaaaaaaaaa, mestre dos mestres!!!!!!!
Foram 11 anos na mesma escola (1 serie ao 3 ano do colegial, e era essa a nomenclatura da época rs, e nada de fotos...
Enfim... hoje tenho fotos, em todos os lugares, com todos os cortes (e barbas) com todos amigos, no luxo e no lixo, mas se as registros é porque elas são "eu". rs
Como diria Fernando (habbs ou Guedaro, o terror das garçonetes):
"Foto é um pedacinho da eternidade"...
Segue o texto que me fez refletir por uns instantes a respeito das fotos que eu não tirei.
Recordação
'Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não?'
"Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado", ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora para percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio, aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: "Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado".
Meu espanto, contudo, não durou muito, pois ele logo emendou: "Nunca vou esquecer: 1º de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho, lá em Santos, e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás... Fazer o que, né? Se Deus quis assim...".
Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo e consegui encaixar um "Sinto muito". "Obrigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela." "Cê não tem nenhuma?" "Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Que nem: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano, mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?" "Isso."
"Ano passado me deu uma agonia, uma saudade, peguei o álbum, só tinha aqueles retratos de casório, de viagem, do jet ski, sabe o que eu fiz? Fui pra Santos. Sei lá, quis voltar naquele bar." "E aí?!" "Aí que o bar tinha fechado em 94, mas o proprietário, um senhor de idade, ainda morava no imóvel. Eu expliquei a minha história, ele falou: Entra'. Foi lá num armário, trouxe uma caixa de sapatos e disse: É tudo foto do bar, pode escolher uma, leva de recordação'."
Paramos num farol. Ele tirou a carteira do bolso, pegou a foto e me deu: umas 50 pessoas pelas mesas, mais umas tantas no balcão. "Olha a data aí no cantinho, embaixo." "1º de junho de 1988?" "Pois é. Quando eu peguei essa foto e vi a data, nem acreditei, corri o olho pelas mesas, vendo se achava nós aí no meio, mas não. Todo dia eu olho essa foto e fico danado, pensando: será que a gente ainda vai chegar ou será que a gente já foi embora? Vou morrer com essa dúvida. De qualquer forma, taí o testemunho: foi nesse lugar, nesse dia, tá fazendo 25 anos, hoje. Ali do lado da banca, tá bom pra você?"
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/112455-recordacao.shtml
As pessoas não entendem muito bem o porque de eu tirar tantas fotos "toscas"...
Se elas entendessem que vislumbro lá na frente, quando os anos passarem... Me entenderiam e certamente iniciaria-se uma competição de quem tira mais foto "tosca".
Acho que tenho essa visão justamente por não ter fotos de minha infância.
Fotos jogando futebol no campo (que não existe mais) ou correndo nas ruas de terra (que hoje estão asfaltadas) putz, descendo de rolimã aquela puta ladeira de "Beverllyders"...
Eu matei muitas e muitas aulas para ir no Seu Toninho (falecido) jogar fliperama (Street Figther I, Final Figther, Mortal Kombat I, Dinossauro Cadilac e claro Campeonato brasilerio) depois assumido por sua esposa Dona Cida, eu passei dias dentro daquele lugar, e não tenho uma foto se quer. Alguns dos que por lá jogavam, partiram prematuramente, tenho vagas lembranças deles...
Fico realmente chateado por não ter foto da Joguinha (Axis 90 Yamaha o ano era 1994) formou-se um grupinho que acreditem, gastava 2 tanques de gasolina num sab, época em que a gasolina custava R$0,80 centavos, percorríamos todos os bairros de SBC, Acordei diversas vezes as 4:30 para ir até parque Espacial ver o sol nascer, era incrível! Não tenho uma foto se quer dessas pessoas, muito embora ainda tenha contato com muitas delas.
Dos velhos amigos do meu pai que já se foram também não tenho fotos... Eles são lendários pra mim.
Eram a minha Liga da justiça, em sua maioria nordestinos cheios de histórias para contar, eu realmente pirava na batatinha com eles. Fosse no bar na mesa de sinuca, fosse nos cassinos clandestinos madrugada a fora, tinha o "DIM" o "Zé Preto" (que ouvia Amado batista 24 hs) meu padrinho "Bigode" o "TÉTÉ" o Zé Luiz" nem queiram saber quem eram estes rs.
Estes apesar dos anos ainda estão bem vivos na minha memória.
Eu mesmo, de molets, óculos e muita elegância! ui |
E os cortes de cabelo? O Isaac (falecido) dizia: "Qué talco ou qué que muí?", o danado ainda batia um fut, também não tenho fotos...
Não sinto saudades do barraco de madeira que morei por muitos anos (onde fui feliz pra caraleoooooooo)... Mas trago como uma doce recordação de que tudo na vida passa.
Não tenho fotos com meus tios, nem avós, nem os parceiros que me acompanham até hoje, ao menos daquela época não.
Não tenho fotos da escola...
"E.E.P.S.G. Jornalista Vladimir Herzog
Hoje o dia está ensolarado"
Poxa, nos plantamos um jardim na frente de toda a escola... Caraca, nem uma fotinho desses dias... Professor Orlando, nem uma fotinho também, ele nos ensinou a fazer conta no ábaco, cala bocaaaaaaaaa, mestre dos mestres!!!!!!!
Foram 11 anos na mesma escola (1 serie ao 3 ano do colegial, e era essa a nomenclatura da época rs, e nada de fotos...
Enfim... hoje tenho fotos, em todos os lugares, com todos os cortes (e barbas) com todos amigos, no luxo e no lixo, mas se as registros é porque elas são "eu". rs
Como diria Fernando (habbs ou Guedaro, o terror das garçonetes):
"Foto é um pedacinho da eternidade"...
Segue o texto que me fez refletir por uns instantes a respeito das fotos que eu não tirei.
Recordação
'Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não?'
"Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado", ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora para percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio, aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: "Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado".
Meu espanto, contudo, não durou muito, pois ele logo emendou: "Nunca vou esquecer: 1º de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho, lá em Santos, e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás... Fazer o que, né? Se Deus quis assim...".
Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo e consegui encaixar um "Sinto muito". "Obrigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela." "Cê não tem nenhuma?" "Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Que nem: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano, mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?" "Isso."
"Ano passado me deu uma agonia, uma saudade, peguei o álbum, só tinha aqueles retratos de casório, de viagem, do jet ski, sabe o que eu fiz? Fui pra Santos. Sei lá, quis voltar naquele bar." "E aí?!" "Aí que o bar tinha fechado em 94, mas o proprietário, um senhor de idade, ainda morava no imóvel. Eu expliquei a minha história, ele falou: Entra'. Foi lá num armário, trouxe uma caixa de sapatos e disse: É tudo foto do bar, pode escolher uma, leva de recordação'."
Paramos num farol. Ele tirou a carteira do bolso, pegou a foto e me deu: umas 50 pessoas pelas mesas, mais umas tantas no balcão. "Olha a data aí no cantinho, embaixo." "1º de junho de 1988?" "Pois é. Quando eu peguei essa foto e vi a data, nem acreditei, corri o olho pelas mesas, vendo se achava nós aí no meio, mas não. Todo dia eu olho essa foto e fico danado, pensando: será que a gente ainda vai chegar ou será que a gente já foi embora? Vou morrer com essa dúvida. De qualquer forma, taí o testemunho: foi nesse lugar, nesse dia, tá fazendo 25 anos, hoje. Ali do lado da banca, tá bom pra você?"
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Todo amor me destrói - umapalavra.com.br
Todo amor me destrói
Todo amor é espetacular. Atropela-se e se atropela tudo. Tudo. Todos.
Todo amor peca por excesso, mas não há o que fazer se é um sentimento que é em si e por si mesmo inteiro, completo, absoluto. Não deveria existir. Ele exige o mais de quem ousa advogar em seu nome. De quem ousa tocá-lo.
Todo amor se julga perfeito. É feito um deus, pois que nunca se o viu, mas desperta sentimentos, desejos, culpas, dita regras, estabelece princípios, filosofa. Mas tal qual um deus, o amor nunca disse nada. Fala por seus agentes. Por seus ditos detentores. Fala por nossas bocas humanas, imperfeitas. Agente poderoso, é usado como justificativa para desatinos, para loucuras, para o que seu possuído necessitar. Assim o é.
Tanta entrega. Tanta alma. Tanto calor. Tanta paixão. Tanta posse. Mas a verdade perturbadora, imutável, é que não temos, nunca tivemos nem nunca teremos ninguém; como ninguém nos terá, mesmo que cuspamos essa mentira, na forma mais sincera. Mesmo que acreditemos.
Estar é o único caminho entre ter e ser. Essa angústia maldita que nos acompanha: não temos, nem somos nada. E só estando o amor poderá sobreviver. Estar apaixonado é um estado único, onde o amor se torna um elo invisível que une corpos e histórias. Isso é real. Isso é único. O resto é barbárie humana para atender necessidades outras, fulas, nulas, insignificantes; para nos satisfazer egolatrias. Precisamos ser. Precisamos ter. E nada disso existe de fato. E isso, sim, nos mata mais do que a própria expectativa da morte.
Estou vivo. Sou um ser. Sou verbo. Estar é a única resposta. É a única perene. Que se movimenta. Que não se solidifica ou envelhece. Estar é um momento único no tempo e se renova a cada pensamento.
Que assim, o amor aceite a falência das baixas necessidades humanas que deterioram, deturpam e corroem o outro. Que possamos aprender a amar em si e estar o amor a cada segundo, em sua plenitude. Pelo outro; não sobre o outro; não ter o outro; não pela presença do outro, mas por sua existência.
Talvez o amor que está, que não tem, que não é simplesmente não exista. Mas depois de descobrir sua possibilidade, sua forma, essa idéia rica, a busca se torna imperativa, imprescindível, necessária.
Fora esse conceito, fora essa imagem, todo amor me destrói.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Namore uma garota que viaja - blog Solitary Wanderer
Esse texto foi originalmente publicado no blog Solitary Wanderer e traduzido para português, é uma grande reflexão da importância de namorar uma pessoa que curta viajar! Vale a pena a leitura!
Namore uma garota que viaja! Uma garota que prefira gastar seu dinheiro numa viagem no final de semana, uma viagem bate-e-volta que seja a torrar numa promoção do shopping. Ela anda com calçados confortáveis, pois nunca sabe qual distância ela irá andar aquele dia, afinal, ela não reconhece as distâncias como barreiras na vida.
Ela estará na rodoviária com um mochilão no próximo final de semana, ou em shows de bandas que você nunca ouviu falar “porque conheci eles a um ano atrás, viajando”.
Ela carrega na bolsa lembranças de vários lugares diferentes, e sempre tem um lanchinho ou uma garrafa d’agua dentro dela, pois vai que ela não volta pra casa naquele dia? É marcada em mil fotos diferentes, de pessoas que moram bem longe dela, coleciona presentinhos que ganhou dos amigos que conheceu pela estrada, tem planos para viajar pelos próximos 5 anos para rever todos que teve que deixar pelo caminho. Encontra pessoas no meio da rua em um lugar bem longe onde jamais você conheceria alguém, e você verá que do outro lado do mundo tem alguém que a olha com o mesmo sorriso bobo que você faz quando a vê.
Ela não será a pessoa mais bem vestida por aí, porém a pele queimada de sol e o corpo com os músculos naturalmente desenhados de tantos dias nas montanhas combinadas com brincos sulamericanos, uma mochila da espanha e sapatos da ásia farão uma combinação de estilo tão único, tão vibrante, que você já saberá alguma coisa sobre ela antes mesmo de perguntar seu nome. Não jogue com ela, não diga que ela é linda, pergunte de onde vem essa camiseta que ela veste, escute-a, veja a simplicidade da resposta e não se preocupe: você viajará com os “causos” delas antes mesmo que perceba isso.
Ela lê livros de viagens, escuta eddie vedder na estrada, sabe nome de lugares maravilhosos os quais você nunca havia ouvido falar antes. Fala com uma paixão sobre os lugares que é impossível não ter vontade de pedir demissão amanhã do trabalho, colocar a mochila nas costas e ela do lado. Muitas vezes vai te surpreender resolvendo coisas de um jeito totalmente novo, dizendo quando vir sua cara de espanto “é que uma vez quando eu estava viajando, aconteceu algo assim e…”. Ela vai querer te levar em todos os lugares em que esteve sozinha, e pensou como seria bom se estivesse acompanhada, vai fazer uma lista com você de “coisas para se viver esse ano”, vai completar com toda certeza, vai trazer cenários de filmes para sua vida, vai te fazer acreditar passar a noite num saco de dormir com o céu estrelado te faz sentir muito mais especial que qualquer quarto de hotel estrelado.
Namore uma garota que viaja porque ela ama a vida. Ela não tem tempo para picuinhas, sabe que a vida voa, e que é melhor amarmos agora, na maior da intensidades, porque nunca se sabe que curso a vida tomará amanhã. Você pode ir embora, se apaixonar por outro lugar, por outra vida, que não a inclua. Ela pode reclamar, mas sabe bem que isso acontece. Vai vibrar com suas conquistas que te levem pra longe dela, pois sabe o prazer que o desconhecido causa, e sabe também que as distâncias jamais levam as pessoas que amamos de verdade de nós, pelo contrário, as fixam que nem tatuagem. Não tem muitas coisas materiais, sabe que roupas desnecessárias na mala significam um problema de coluna por peso, passa dias e dias apenas com algumas peças, e continua linda de se ver: ela se veste dela mesmo, e não há como bater isso.
Não siga padrões com ela. Não faça nada que envolva muito dinheiro com ela. Escolha o caminho mais bonito da cidade para atravessar a cidade do trabalho dela até a sua casa, ou até o restaurante de comida peruâana mais próximo, preste atenção nos comentários que ela fizer sobre as coisas no caminho. Uma garota que viaja tem um olhar aguçado de uma criança, vai te fazer reparar numa planta florida, num grafiti fantástico que você nunca reparou, num anúncio colado no ponto de ônibus de um show interessante, vai definir os lugares pelos cheiros agradáveis no ar: “roma tem cheiro de pizza, que nem esse cheiro agora”. Tudo coisas que de dentro de um carro importado com o ar condicionado ligado, não aconteceria.
Você viverá o momento presente como nunca. Ela te chamará atenção para tudo que está a sua volta, e não na briga que tiveram ontem. Ela vai ser a trilha sonora da tua vida.
A garota que viaja sabe te ouvir. Já ouviu muita gente do mundo inteiro, e o que alegrava os dias mochileiros dela era justamente se inserir nas histórias de tão longe. Ela repara o que ninguém repara no que você fala, só você havia prestado atenção nisso. Ela te ajuda sem esperar o retorno imediato, sabe como é essa vida, já foi ajudada inúmeras vezes na estrada sem que a pessoa pedisse um tostão de volta, e voltou para casa certa de fazer tudo diferente, pois sabe o quanto isso pode significar na vida da outra pessoa. Ela não liga para coisas pequenas como datas e presentes, ela liga para o quanto você andou para encontrá-la, o que você prestou atenção das coisas que ela te disse para mandar uma mensagem no celular dizendo “tá tocando aquela música que você disse ser a música de Cuzco. Saudades!” e provavelmente a resposta será: “Escutaremos ela de novo, lá”.
De repente, sua vida tomará um ritmo acelerado, cheio de novidades. Porém não descuide: traga novidades para a vida dela também, mantenha a curiosidade dela sempre acesa. É indispensável que fique na sua cabeça que estamos falando de uma menina apaixonada pela vida. Logo, não corte suas asas. Ela vai, caso você não possa ir. Ela volta, porque você é o motivo para ela se lembrar do caminho de volta. Acompanhe-a sempre que puder, e não espere para propor qualquer programa para ela, por mais louco que julgue ser. Ela vai sorrir e bolar várias coisas a mais para complementar o plano de vocês, e vai se encantar com sua energia. Ela sabe se encantar pelas coisas boas da vida, seja uma delas! Então juro: não há o menor risco de se arrepender.
Casamento é algo que assusta a maioria das garotas viajantes, mas no fundo é o que mais elas querem: alguém que elas possam rir tomando “uns bons drinks” relembrando as histórias de 1, 2, 8 anos atrás, alguém que tope uma casinha simples num lugar paradisíaco, e mesmo que você não faça a linha radical, que tire as fotos do rafting que ela estava louca para fazer, e a ajude a contar depois para os outros como foi a loucura, com a mesma empolgação. É, você vai se empolgar. Ela vai te propor um casamento numa montanha, com o Sol nascendo, ou na fazenda de um dos seus amigos, só com aquelas 50 pessoas que com toda certeza irão. Seja lá o que for, vai ser incomum, impensado como ela é, impensável, imprevisível. E a lua de mel, não espere menos que um mochilão! Menos dinheiro em cada lugar, mais lugares no itinerário, vários passeios e comidas curiosas encontradas pelo caminho que não são oferecidas pelas agências de viagens. Aliás, agência o que?
A menina que viaja não tem medo da idade, não tem medo das responsabilidades, das obrigações: ela já viu inúmeras soluções para cada caso por aí, já tem tudo montado na cabeça. A família de vocês vai ter um conhecimento de mundo incrível. Seus filhos vao saber o valos de cada refeição que tem, de cada teto que dormem, de cada monumento histórico que encontram na frente. Ela vai os ensinar respeitar e amar incondicionalmente a natureza, e ter uma habilidade incrível de se enturmar com qualquer tipo de pessoa do mundo. Serão pessoas bem queridas onde quer que vão, se depender de vocês. Ah, e não se esqueça do cachorro(s).
Pense nela aos 60: mesmo sorriso, mesmas andanças. O que te atrair nela, provavelmente será pra sempre, invariável com o tempo. uma pessoa acumulou uma qualidade de experiências notória, e que a cada dia que passa se divertiu com menos, se aborreceu com quase nada. Já terá vivido tanta coisa por aí que será a atração dos netos de todas as idades, explicando o significado do quadro maya estranho na parede, e fazendo a dança indiana no casamento de um deles. Esse tipo de alegria nunca se apaga, só se prolonga, e se espalha a quem a cerca.
Namore uma menina que viaja. Se ela te escolher, acredite: já passou tanta gente pela vida dela, de longe, de perto, pouco tempo, muito tempo, e se ela te escolheu é porque ela realmente GOSTA de você. Sem inseguranças ou interesses, ela gosta de você e pronto. Deixe-a te carregar pela mão, durma no colo dela nas rodoviárias, delicie seu miojo de acampamento. Deixe o mundo ser apresentado a você, caso ainda não tenha sido, e veja como alguém pode, definitivamente, ser a chave da sua alegria.
Namore uma garota que viaja! Uma garota que prefira gastar seu dinheiro numa viagem no final de semana, uma viagem bate-e-volta que seja a torrar numa promoção do shopping. Ela anda com calçados confortáveis, pois nunca sabe qual distância ela irá andar aquele dia, afinal, ela não reconhece as distâncias como barreiras na vida.
Ela estará na rodoviária com um mochilão no próximo final de semana, ou em shows de bandas que você nunca ouviu falar “porque conheci eles a um ano atrás, viajando”.
Foto: arquivo pessoal |
Ela não será a pessoa mais bem vestida por aí, porém a pele queimada de sol e o corpo com os músculos naturalmente desenhados de tantos dias nas montanhas combinadas com brincos sulamericanos, uma mochila da espanha e sapatos da ásia farão uma combinação de estilo tão único, tão vibrante, que você já saberá alguma coisa sobre ela antes mesmo de perguntar seu nome. Não jogue com ela, não diga que ela é linda, pergunte de onde vem essa camiseta que ela veste, escute-a, veja a simplicidade da resposta e não se preocupe: você viajará com os “causos” delas antes mesmo que perceba isso.
Ela lê livros de viagens, escuta eddie vedder na estrada, sabe nome de lugares maravilhosos os quais você nunca havia ouvido falar antes. Fala com uma paixão sobre os lugares que é impossível não ter vontade de pedir demissão amanhã do trabalho, colocar a mochila nas costas e ela do lado. Muitas vezes vai te surpreender resolvendo coisas de um jeito totalmente novo, dizendo quando vir sua cara de espanto “é que uma vez quando eu estava viajando, aconteceu algo assim e…”. Ela vai querer te levar em todos os lugares em que esteve sozinha, e pensou como seria bom se estivesse acompanhada, vai fazer uma lista com você de “coisas para se viver esse ano”, vai completar com toda certeza, vai trazer cenários de filmes para sua vida, vai te fazer acreditar passar a noite num saco de dormir com o céu estrelado te faz sentir muito mais especial que qualquer quarto de hotel estrelado.
Foto: arquivo pessoal |
Não siga padrões com ela. Não faça nada que envolva muito dinheiro com ela. Escolha o caminho mais bonito da cidade para atravessar a cidade do trabalho dela até a sua casa, ou até o restaurante de comida peruâana mais próximo, preste atenção nos comentários que ela fizer sobre as coisas no caminho. Uma garota que viaja tem um olhar aguçado de uma criança, vai te fazer reparar numa planta florida, num grafiti fantástico que você nunca reparou, num anúncio colado no ponto de ônibus de um show interessante, vai definir os lugares pelos cheiros agradáveis no ar: “roma tem cheiro de pizza, que nem esse cheiro agora”. Tudo coisas que de dentro de um carro importado com o ar condicionado ligado, não aconteceria.
Você viverá o momento presente como nunca. Ela te chamará atenção para tudo que está a sua volta, e não na briga que tiveram ontem. Ela vai ser a trilha sonora da tua vida.
A garota que viaja sabe te ouvir. Já ouviu muita gente do mundo inteiro, e o que alegrava os dias mochileiros dela era justamente se inserir nas histórias de tão longe. Ela repara o que ninguém repara no que você fala, só você havia prestado atenção nisso. Ela te ajuda sem esperar o retorno imediato, sabe como é essa vida, já foi ajudada inúmeras vezes na estrada sem que a pessoa pedisse um tostão de volta, e voltou para casa certa de fazer tudo diferente, pois sabe o quanto isso pode significar na vida da outra pessoa. Ela não liga para coisas pequenas como datas e presentes, ela liga para o quanto você andou para encontrá-la, o que você prestou atenção das coisas que ela te disse para mandar uma mensagem no celular dizendo “tá tocando aquela música que você disse ser a música de Cuzco. Saudades!” e provavelmente a resposta será: “Escutaremos ela de novo, lá”.
Foto: arquivo pessoal |
Casamento é algo que assusta a maioria das garotas viajantes, mas no fundo é o que mais elas querem: alguém que elas possam rir tomando “uns bons drinks” relembrando as histórias de 1, 2, 8 anos atrás, alguém que tope uma casinha simples num lugar paradisíaco, e mesmo que você não faça a linha radical, que tire as fotos do rafting que ela estava louca para fazer, e a ajude a contar depois para os outros como foi a loucura, com a mesma empolgação. É, você vai se empolgar. Ela vai te propor um casamento numa montanha, com o Sol nascendo, ou na fazenda de um dos seus amigos, só com aquelas 50 pessoas que com toda certeza irão. Seja lá o que for, vai ser incomum, impensado como ela é, impensável, imprevisível. E a lua de mel, não espere menos que um mochilão! Menos dinheiro em cada lugar, mais lugares no itinerário, vários passeios e comidas curiosas encontradas pelo caminho que não são oferecidas pelas agências de viagens. Aliás, agência o que?
Foto: arquivo pessoal |
Pense nela aos 60: mesmo sorriso, mesmas andanças. O que te atrair nela, provavelmente será pra sempre, invariável com o tempo. uma pessoa acumulou uma qualidade de experiências notória, e que a cada dia que passa se divertiu com menos, se aborreceu com quase nada. Já terá vivido tanta coisa por aí que será a atração dos netos de todas as idades, explicando o significado do quadro maya estranho na parede, e fazendo a dança indiana no casamento de um deles. Esse tipo de alegria nunca se apaga, só se prolonga, e se espalha a quem a cerca.
Foto: arquivo pessoal |
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Huberto Rohden - do livro De Alma para Alma
Receias a morte tal qual negro fantasma?
Porque hesitaria a fruta madura em desprender-se da haste?
Porque se despenderia com dor o que amadureceu com amor?
Não te prepares para desapegar-te da árvore...
Vive como deves, e será espontâneo e natural o teu desapego...
Não morras antes de viver, não faças o segundo antes do primeiro!
Não faças a causa depender do efeito!
Não penses no sono noturno, antes de entregar-te aos labores diurnos!
Não chores ao acaso, antes do sorriso da aurora!
Enche de grandes tesouros a barquinha da tua vida, e entra contente nas águas do porto!
Semeia mãos cheias de áureos cereais, e recolhe farta messe de fruto maduro!
Carrega de flores a primavera da vida, para que de frutos te carregue o outono da morte!
Prepara-te para a morte, enriquecendo tua vida!
A morte não faz o que a vida não fez, colhe-te como és.
A morte não retoca tua alma, revela apenas o que a vida fotografou.
Sombras e luzes, boas e más perspectivas,...
Revela ás claras o que ás escuras diziam imagens latentes...
Eternamente serás o que em tempo a vida te fez...
Prepara-te, pois, para a vida, e a morte dirá o que foi tua vida...
Fazes da vida uma sementeira do bem, e será a morte uma colheita de felicidade...
Liberta o espiríto das algemas do ego, e a morte te levará ao seio de Deus.
A vida eterna...
Ao amor imortal...
segunda-feira, 20 de maio de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Na Boca Da Noite - TOQUINHO
Cheguei na boca da noite, parti de madrugada
Eu não disse que ficava nem você perguntou nada
Na hora que eu ia indo, dormia tão descansada,
Respiração tão macia, morena nem parecia
Que a fronha estava molhada
Vi um rosto na janela, parei na beira da estrada
Cheguei na boca da noite, saí de madrugada
Gente da nossa estampa não pede juras nem faz,
Ama e passa, e não demonstra sua guerra, sua paz
Quando o galo me chamou, eu parti sem olhar pra trás
Porque, morena, eu sabia, se olhasse, não conseguia
Sair dali nunca mais
O vento vai pra onde quer, a água corre pro mar
Nuvem alta em mão de vento é o jeito da água voltar
Morena, se acaso um dia tempestade te apanhar
Não foge da ventania, da chuva que rodopia,
Sou eu mesmo a te abraçar
sábado, 27 de abril de 2013
Cordel - Juiz Arretado
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha,ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado: desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?' O magistrado lavrou então sua sentença em versos:
*No dia cinco de outubro*
*Do ano ainda fluente*
*Em Carmo da Cachoeira*
*Terra de boa gente*
*Ocorreu um fato inédito*
*Que me deixou descontente.*
*O jovem Alceu da Costa*
*Conhecido por 'Rolinha'*
*Aproveitando a madrugada*
*Resolveu sair da linha*
*Subtraindo de outrem*
*Duas saborosas galinhas.*
*Apanhando um saco plástico*
*Que ali mesmo encontrou*
*O agente muito esperto*
*Escondeu o que furtou*
*Deixando o local do crime*
*Da maneira como entrou.*
*O senhor Gabriel Osório*
*Homem de muito tato*
*Notando que havia sido*
*A vítima do grave ato*
*Procurou a autoridade*
*Para relatar-lhe o fato.*
*Ante a notícia do crime*
*A polícia diligente*
*Tomou as dores de Osório*
*E formou seu contingente*
*Um cabo e dois soldados*
*E quem sabe até um tenente.*
*Assim é que o aparato*
*Da Polícia Militar*
*Atendendo a ordem expressa*
*Do Delegado titular*
*Não pensou em outra coisa*
*Senão em capturar.*
*E depois de algum trabalho*
*O larápio foi encontrado*
*Num bar foi capturado*
*Não esboçou reação*
*Sendo conduzido então*
*À frente do Delegado.*
*Perguntado pelo furto*
*Que havia cometido*
*Respondeu Alceu da Costa*
*Bastante extrovertido*
*Desde quando furto é crime*
*Neste Brasil de bandidos?*
*Ante tão forte argumento*
*Calou-se o delegado*
*Mas por dever do seu cargo*
*O flagrante foi lavrado*
*Recolhendo à cadeia*
*Aquele pobre coitado.**
*
*E hoje passado um mês*
*De ocorrida a prisão*
*Chega-me às mãos o inquérito*
*Que me parte o coração*
*Solto ou deixo preso*
*Esse mísero ladrão?*
*Soltá-lo é decisão*
*Que a nossa lei refuta*
*Pois todos sabem que a lei*
*É prá pobre, preto e puta...*
*Por isso peço a Deus*
*Que norteie minha conduta.*
*É muito justa a lição*
*Do pai destas Alterosas.*
*Não deve ficar na prisão*
*Quem furtou duas penosas,*
*Se lá também não estão presos*
*Pessoas bem mais charmosas.*
*Afinal não é tão grave*
*Aquilo que Alceu fez*
*Pois nunca foi do governo*
*Nem seqüestrou o Martinez*
*E muito menos do gás*
*Participou alguma vez.*
*Desta forma é que concedo*
*A esse homem da simplória*
*Com base no CPP*
*Liberdade provisória*
*Para que volte para casa*
*E passe a viver na glória.*
*Se virar homem honesto*
*E sair dessa sua trilha*
*Permaneça em Cachoeira*
*Ao lado de sua família*
*Devendo, se ao contrário,*
*Mudar-se para Brasília.*
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Frase - Charles Bukowski
"Caminhei por um beco de volta à pensão, com passos que ecoavam como se alguém me seguisse. Olhei para trás e não havia ninguém; era apenas a solidão que me acompanhava."
terça-feira, 23 de abril de 2013
Protesto do Olodum (Filme:Ó pai ó)
renan, família magalhães, família sarney, collor, família temmer e entre outros coronéis, são eleitos porque vocês os colocaram lá...
A música é bela, mas existe também o outro lado da moeda! ;)
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Ninguém é superior a ninguém
Certo dia, uma mulher avistou um mendigo, sentado em uma calçada nas ruas de São Paulo...
Aproximou - se dele, e como o pobre coitado, já estava acostumado a ser chacoteado por todos, a ignorou...
Um policial , observando a cena , aproximou - se :
_ Ele está te incomodando senhora?
Ela respondeu:
_ De modo algum, - eu é que estou tentando levá - lo até aquele restaurante, pois vejo que está com fome e até sem forças para se levantar. O senhor me ajuda senhor policial, a levá - lo até o restaurante?
Rapidamente, o policial a ajudou, e o pobre homem, mesmo assim, não querendo ir , pois , não acreditava que isso estava acontecendo :
Chegando , ao restaurante , o garçom , que foi a tendê - los, disse sem pestanejar :
_ Me desculpe Senhora , mas ele não pode ficar aqui ... Vai afastar os meus clientes!!!
A mulher abaixou e levantou os olhos e disse:
_ Sabe aquela enorme empresa ali na frente _ apontou com o dedo _
Três vezes por semana, os diretores de lá juntamente com clientes, vem fazer reuniões nesse restaurante, e sei que o dinheiro que deixam aqui , é o que mantém esse restaurante . Pois é, eu sou a proprietária daquela empresa. Posso fazer a refeição aqui, com o meu amigo... Ou não?
O garçom fez um gesto positivo com a cabeça, o policial que estava de longe observando ficou boquiaberto, e o pobre homem, deixou cair nesse momento, uma lágrima de seus sofridos olhos.
Qdo o garçom, se afastou, o homem perguntou:
_ Obrigado Senhora, mas não entendo esse gesto de bondade.
Ela segurou em suas mãos , e disse :
_ Não se lembra de mim , João ?
_ Me parece familiar -respondeu- mas não me lembro de onde.
Ela, com lágrimas nos olhos, disse:
_ HÁ algum tempo atrás, eu recém formada, vim para São Paulo... Sem nenhum dinheiro no bolso... Estava com muita fome... Sentei-me naquela praça, aqui em frente, por que tinha uma entrevista de emprego naquela empresa, onde hj é minha. Qdo , se aproximou de mim , um homem , com um olhar generoso . Lembra-se agora João?
Ele, em lágrimas, afirmou que sim.
_ Na época , o senhor trabalhava aqui . Naquele dia, fiz a melhor refeição da minha vida, pois estava com muita fome, e até sem forças. Toda hora, eu olhava para o senhor, pois estava com medo de prejudicá - lo , pois estava ali comendo de graça . Foi quando ví , o senhor tirando dinheiro do seu bolso e colocando no caixa do restaurante . Fiquei mais aliviada. E sabia que um dia poderia retribuir. Alimentei-me, fui com mais forças para a minha entrevista. Na época, a empresa ainda era pequena... Passei na entrevista , me especializei , ganhei muito dinheiro, acabei comprando algumas ações da empresa, e com o passar do tempo, consegui virar a proprietária, e fazer a empresa ser o que ela é hoje.
Procurei pelo senhor, mas nunca o encontrei... Até que hj , o vi nessa situação . Hoje, o senhor não dorme mais na rua... Vai comigo para a minha casa... Amanhã, compraremos roupas novas, e o senhor vai vir trabalhar comigo...
Se abraçaram, chorando.
O policial, o garçom e os demais, que viam essa cena, se emocionaram diante da grande lição de vida, que tinham acabado de presenciar!!!
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