sexta-feira, 26 de julho de 2019

Favela - Alessandro Brito

COMUNIDADE é coisa de Leci Brandão quando começou comentar carnaval na REDE GLOBO. O nome "FAVELA" tem um peso muito negativo (infelizmente a história representa isso) então essa emissora (com projetos pro futuro) institucionalizou "COMUNIDADE" e a massa abraçou, até pelo próprio preconceito do nome FAVELA.
Seria como eu dizer que alguém tem LEPRA, essa palavra tem um peso histórico (bíblico) muito negativo também, mas se eu tratá-la como HANSENÍASE fica ameno e muitos nem saberão do que se trata.
A questão é simples, o ESTADO banca a mídia e faz o FAVELADO ter orgulho da COMUNIDADE (lugar bom e agradável, só que não) e aceitar aquelas condições (muitas vezes subumana) de falta total de infraestrutura, assim o FAVELADO passa a ter orgulho da "QUEBRADA" da "COMUNIDADE" e o ESTADO se isenta da responsabilidade de urbanizar as favelas, vendendo a ideia que lá e maravilhoso.
É tão bizarro que tiveram a capacidade de instalar TELEFÉRICO em algumas favelas, morro Alemão e Providência no Rio de Janeiro.
Tem que ter orgulho sim, dos valores que aprendemos nela, a favela sempre foi absurdamente mais humana que os outros bairros, orgulho dos infinitos exemplos de superação e dignidade, honra e caráter, dos mais velhos, muitos tem uma história ilibada que foram e são nossos referentes. Agora, orgulho do lugar físico jamais, o ESTADO tem o dever de prover moradia digna (no sentido de infraestrutura).

A vida é diferente da ponte pra cá! Favela, todo meu respeito por ela.


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