segunda-feira, 29 de julho de 2019

Cartas - Fabielle Tavares

Em minha vida após muitas escolhas dentre certas e erradas, varri para debaixo do carpete de minha mente questões que mereciam atenção no que tange à superação delas por minha parte, todavia, por vezes ficavam a pairar num tapete mágico empoeirado esperando por faxina. Fui me permitindo levar pelo que vendem por aí sobre poder “o tempo tudo curar”, não que seguisse a ferro e fogo tal proposição, mas, assim a comprei e ao invés de me enriquecer com o artefato abstrativo adquirido, encontrei-me menos rica de mim mesma. Falo embasada por crises existenciais das quais penso ter tido antes me liberto apenas parcialmente, maquiando-as e consentindo que a efemeridade temporal engolisse e digerisse tudo para num tempo oportuno vomitar na minha própria cara. Então, junto com a tua vinda haveria de vir o maior dos quadros, aquele com menos tinta ou com mais tons escuros, mas, que realmente me fizesse tomar o lugar do tempo enquanto pintor, fazendo-o dele pincel, e assim colorir a minha existência humana com tonalidades vivas e escolhas de cores brilhantes tal qual a luz do Sol.
Não escolhi o ambiente do qual eu sabia ser frequentado por homens mais apresentáveis, ou o mais badalado, nem tampouco mais favorável para algum tipo de flerte. Entretanto, impossível não rastrear algum olhar que porventura me olhasse, repentinamente, ergui a visão e vi alguém que a mim não viu, enxerguei de antemão uma das mãos nas costas da dama a apoiar e a outra a conduzi-la pelo salão ao som de um forró módico, fitei passos que não desvairados eram firmes, brilhos nos olhos equivalentes ao de pó de estrelas ou simples purpurina, avistei um sorriso que como de súbito desejei que pousasse no meu e aquele desejo pareceu-me familiar. Era você. E, depois, o pedido com o qual tanto sonhei: ”Dança comigo?”. Pousei a cabeça por sobre teu ombro, me senti desvelada, me senti sua por um momento, deixei que a amiga fiel partisse, porque no calor do teu peito suado e desconhecido já confiava. Cravei-me. Cravou-me.
Como me pareceu estranho o ato de conversar, me perguntei quando havia me perdido disso e aceito cantadas baratas e beijos fáceis, pois, há muito tempo não tinha estado com um homem como você. O fato é que, devido a isso não estava acostumada, e me deixando levar por isso, deu a hora e fugi como Cinderela, deixando algo contigo. Quem sabe um pouco de mim por enxergar algo de mim em você. Só que daquilo queria mais prova e de ti provar mais: do mistério ser conhecedora; das rugas, curiosa;  do sorriso, o motivo;  da filosofia, o interesse; de você, sabê-lo.
Não conseguia me entregar completamente e ser intensa em uma transa há tempos,  usar de completa sensualidade, ou ser uma outra usando mais de “assanhamento”, quem sabe essa não seria eu mesma. Às vezes era assim que me imaginava ou oscilando sendo o mais carinhosa possível, custasse aquilo ou não uma só noite. Quem estaria com a casta e quem com a descarada? Quem estaria com as duas? (Ou) Quem realmente estaria comigo? Mas, eu também não ia sair por aí dando para qualquer um que quisesse, venhamos e convenhamos. Porém, reinava a insegurança da ilusão de não haver um outro dia, uma outra vez. Mas, por que haveria de haver? E por que não haveria de haver? Por que negar a intensidade no momento real e atual, vislumbrando um amanhã “inexistente”? Temor, talvez de vivenciar uma perda, quando a maior perdida era eu. Por que então não me entregar a um homem tão diferente de todos com quais estive? Seria eu puritana? Frígida? Santa? Biscate em disfarce? Não, eu diria covarde. E se eu não me soltava por inteira, por que seria finalmente você? Logo mais, a invasão de uma miscelânea com pensamentos e sentimentos de querer ser tua num altar com folhas de bambu e mar à vista imbuía o mistério de um homem que eu também não sabia quem era. Segui...
Inevitável não dar uma borrifada do teu perfume no pulso antes de partir, impulsivo e impossível não correr no instante do abrir de olhos no anseio por ler e saber o que havia em um novo bilhete fresco. Teriam novas descobertas sobre um ti, um mim e um nós. Nossas músicas, refeições, conversas, caminhadas, transas, carequices e caretices, abraços, filmes, fds, e tantos nossos. Sua família. Minha família. Nosso Natal. Os fogos reluzentes saindo do teu e do meu coração projetados acima do mar competindo com o brilhar da lua em um dia “qualquer”. Eu fui tua, foste meu, entre pedras e mar, ar e risco, e sendo luz trancados ante a escuridão. Saboreamos um ao outro, escondidos, sedentos, saciados. No mundo só nós dois. Sonhos esperando em um pedaço de papel. Seguimos...
Imaturidade, escolhas erradas. O estado de apaixonamento me deixara completamente vulnerável, teria eu encontrado aquele com quem tanto sonhei? E teria eu condições de mantê-lo? Coragem de escancarar a janela da alma para alguém que não podia e nem devia, por não poder, dar certezas de que permaneceria comigo?
Uma... Não entendia o porquê do término, nem a sua frieza ao tratar do assunto e da relação, de forma tão supérflua, precoce e insípida, nem tampouco os motivos, uma vez que você também tinha defeitos.  A forma simples como tratara um “rompimento”, o fim de alguma etapa, não sabia se isso era genialmente invejável ou estupidamente insensível. Estava na sua cama, e com medo de você não ficar comigo, em breve eu estaria na sua e você com medo de que eu não ficasse com você. No final, alguém ficou com alguém? Ou nunca nos deixamos?
Meu chão caiu, mais não existia chão. Imergi no meu “mundinho” mais ainda. Você tinha rompido comigo sem me dar os motivos plausíveis, sem uma conversa. Afinal, hoje em dia, também usam Watshapp para começar e terminar "coisas". Assim, rápida e bruscamente, aquele por quem eu teria idealizado meus sonhos de menina, e comigo queria casar quando me comia dizendo, partiu e me partiu.
Dias e noites em claro, choro pelos cantos, flash de tudo, bilhetes empilhados, músicas sem tom, melancolia nas melodias, dor, tristeza, solidão e tensão, desespero, desânimo, faltas e fotos, mensagens, saudade, raiva, angústia, ódio, lembranças, tempo atemporal, olheiras, corpo esguio, penumbra, lua sem brilho, a estrela mais forte a olhar meu pranto: tio João, casa suja, bagunça, restos de comida, geladeira vazia, acordar um tormento, que viver eu teria, mas, eu teria que viver. Embora as não tivessem sido clarificadas com veemência, o conheci bem decidido, não quis tentar uma volta por achar não ter argumentos contra você, pois era sua verdade e “não haveria muito o que fazer”, todavia, me perguntara qual seria a sua verdade e se ela seria verdade. Segui...
Dilacerada, resolvi esquecer-te, e ainda imersa nesse processo, eis que me surge alguém: você. Daí, pensei que quisesse saber como eu estava para dar uma de preocupado e solidário pela minha dor que doía sem saber por quê. Logo mais fiquei extasiada em saber que eu estivera certa e que você haveria engolido o seu orgulho embebecido com H2oh.
“Do que o ser humano não é capaz...”, embora a primeira frase plagiada tivesse no pente da minha mente naquele momento, coração batera mais forte do que em todas as vezes juntas que te vi chegar em casa, afinal, te via chegar de novo. Te ouvi, fria te abracei, chorastes, chorei, sorri, sorristes, subi descalça nos teus pés, te vi, senti teu pranto, ressenti o meu. Saudade se desfez um pouquinho, dia amanheceu, você e eu: lua e sol sempre lá. Perdoei, dançamos novamente. Me senti parte da tua casa outra vez, era como se o tempo tivesse parado e voltado numa noite como as nossas. Estava de volta ao meu lar, familiarizada com os móveis, a varanda, nós dois.
Ainda insegura, imatura, com medo, confiei não em mim, ou mais em ti, ou confiei, mas, em ti. Seguimos...
Entendo, hoje, que pelo fato de não estar desde o(s) início(s) recuperada e nem com preparo para o que a relação exigiria, ou mesmo o mundo, as responsabilidades, os sonhos, ansiedade para dar certo, isso soa familiar, não é? O meu encanto pela volta, me cegara e não permitira que eu saísse completamente de algo que eu estava tentando antes da volta. Talvez eu sentisse de alguma maneira não estar preparada, mas, não queria te perder de novo. Não ousei dizer um não. Disse sim pra nós, e não pra mim, primeiro.
Outra... De repente, você distante, gélido, autossuficiente, indiferente, fase nova, e a sua verdade à tona esse tempo todo aguardando eu re(velar) a minha.
Em uma fase difícil para uma volta que cerceou erros, perdão, medos, confiança, instabilidade, incertezas e realizações, você não queria estar do meu lado. Seria eu a culpada? Isso corroía. Veio a revolta, perguntas acerca do que eu teria ou não feito dessa vez. Estávamos em fases difíceis e você não queria meu apoio e atenção, então, que teor teria se só fosse para fases boas? Eu pedi tanto para irmos no Parque festivo afim de dançarmos, nos divertimos juntos, tirar foto, socializar, sermos namorados declarados, sair para o nosso forró. Desnecessários. E quando você teve a oportunidade, foi sem mim. Não compreendi, daí, em um outro momento, acredito eu depois de um dia cansativo para você...me viro e de relance te vejo chamar alguém para dançar, não quis ficar para a dança, nem mesmo vi quem seria a donzela. Deu a hora e fugi como Cinderela levando algo comigo. Hoje, percebo que se eu tivesse ficado, assemelharia-se a quando Breuer viu a sua Bertha com o jovem doutor. Mas, isso não se daria, naquele dia eu não tinha esse pensamento e foi mais fácil esquivar-me. Então, em um futuro próximo me daria conta de que você era livre.
Gestar, abortar, gestar, abortar... você só podia está de brincadeira. E pensei... Ele não percebe o que está fazendo comigo, com minha mente. Quem ele é? Fez justamente por saber quem é? Ou será que teria motivos dessa vez? Será que sempre os teve? Talvez na primeira vez você tivesse se apegado ao ciúmes como motivo principal e esquecera de algum outro, e agora encontrara fundamento nele? (Quem sabe de um outro lado você questionasse a respeito da minha não percepção referente ao que eu estava (ou não) fazendo comigo mesma). Seguiste...
 Fato é que à parte o que se dá hoje, não podemos negar toda a veracidade dos sofrimentos, assim como com base no que estávamos pensando e sentindo em determinado tempo. Fomos bem verdadeiros.
"Amor"... Teria você o confundido com outra coisa? O rebaixado sem saber ou sabendo-o em função do que queria? Quem sabe teria se arrependido de tudo o que proferiu naquelas horas, todavia, vi muita sinceridade em tudo e em seu olhar e lágrimas.  Então, sem uma conversa... afinal, hoje em dia, também usam Watshapp para começar e terminar "coisas".  viera mais uma revolta, você havia estado aqui de madrugada, sufocado querendo me ver, falar, e esperei aquela mesma ousadia para um hoje.
Você devia ter enxergado que talvez se continuasse sem essa “pausa”, e ficasse ao meu lado, tentando direta ou indiretamente me ajudar a sair do meu mundo condicionante, eu não teria evacuado da zona de conforto.  Eu, o vi como alguém que não me apoiou, deixou a menininha ao relento, tendo se virar sozinha para que finalmente eu, a mulher, pudesse ingressar na esfera da autolibertação tendo por companhia tudo o que a mim estava disponível acerca da mente humana, e aplicar a minha. Saber o caminho e não dá-lo seria usar de egoísmo? Ou és assim e a sua verdade seria não estar com alguém como eu, vivendo o seu momento, sendo sincero consigo, sem importar-se comigo, se só agiu frente a sua verdade e não há nada que eu possa fazer ou julgar. Sendo, afinal, corporificação egoísta?
Questionei o fato de você mais uma vez não souber me entender, se pôr no meu lugar, era como se não se importasse, mas, eu quem teria que me entender, achar o meu lugar, me pôr em meu lugar e me importar. Não obstante dizer que continuo acreditando no poder das relações, isso se elucida quando sei que posso ser “chave” para alguém se encontrar, como você foi comigo.
Então, tinha que ruminar sozinha, um foda-se para mim.
Li “Quando Nietzsche chorou”, preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso.
Foi aí que chorei quando Niezsche chorou... eu não o tinha lido e hoje sei que você sabia que eu não o tinha feito. Quando você rompeu comigo, nunca tive coragem de abrir o livro e sentir o exalar daquele cheiro por entre as páginas. Entretanto, tendo aceito meu processo como apregoado de reflexões, aceitei o desafio, devorei-o, e você esteve comigo o tempo todo. É clara, inegável, vívida, e quase reencarnada a influência nietzscheana em sua vida, em tudo o que faz, pensa e “verdadeirencia”. Notei as causas, a forma como agia comigo, como não agia, tudo em cartas e dados expostos no tabuleiro da minha ignorância. Assim, compreendi como você é. Penso, se você só foi você o tempo todo. Livre. Mas, e as tuas questões mal resolvidas? Você não era perfeito.
Também tive que refletir sobre você a fim de saber se ou em que eu estava certa ou errada. Quando pensei sobre ti, confirmei a minha admiração pelo ser humano e homem que és, não sei se a sua libertação tenha se dado verdadeira e completamente quando após uma vida cômoda você veio para o “desconhecido”.
Quem sabe você quisesse ter as oportunidades que eu poderia ter, quanto você tinha minha idade, e eu ser segura como você, quando com a sua idade. Hoje, entendo mais a sua preocupação com emprego, estabilidade, lar e afins.
Sobre a concepção referente a gerar filhos, me impressiona ao passo de dar vida a um ser criador, elevado, imaginei alguém cônscio e feliz de suas escolhas desde as suas primeiras, retornando ao seu retorno e sendo prontamente felicitado com o que vira. O quanto não sonhei caladinha em ser mãe de Orpheu. Todavia, me felicita saber que quando ele vir para ti sei que tipo de homem será, se “depender” de você.
Você inconstante, eu insegura; você não poderia transmitir segurança uma vez oscilante, e eu, por minha vez, não podia te oferecer a minha verdade e te fazer constante.
Talvez não pudéssemos mesmo ser um do outro: você livre como uma águia, enquanto eu, tão frágil quanto um passarinho que não sabia ainda voar. Que direito, afinal, tinha eu de tocar nessas suas questões íntimas ou nos teus lábios?
Enfim, te achava tão sábio, agora sei o quão o é. Sabe a sua verdade.
Foi assim que me dei conta que homem inteligente dá trabalho, e que mulher inteligente também deva dar. Prefiro ser uma mulher inteligente e me envolver com um homem também inteligente. Vejo o quanto é difícil viver pensando sobre tudo, o quão é árduo ser um ser ativo em pensamento, o quão é triste e fascinante estar um passo a frente quando todos poderiam estar. Uma vida pensante pode ser muito mais difícil, mas, muito mais realizável.
Me intrigava como você mudava rápido de opinião sobre algumas coisas, havia proferido saudade e após um mês apenas, rompe comigo, entretanto, hoje eu sei do paradoxo de que um mês pode ser uma eternidade, e que é possível uma mudança em pouco tempo.
No livro, em tudo me vi em tanto nos vi, vi nossa vida bem ali, como se fôssemos personagens de uma obra ímpar de pares. Corajosamente reli a minha vida, atitudes, erros, acertos, e aí insegurança e fragilidade expostas na minha cara, tudo se clarificando, minhas ações, causas, consequências, escolhas, escuridão, dor, mas, também luz, e tudo o que eu ainda posso ver num eterno retorno.
Na primeira vez achei maduro ficar sem contato contigo, eu estava arrasada e queria esquecer-te. Agora, sinto que seja mais maduro desabafar por meio deste.
Não sei se te acho um filho da puta ou se o elevo por ter de forma indireta me “levado” do breu ao brio.
Ademais não me arrependo, para mim fiz parte de uma linda e épica história, e por que não tão imensa quanto à de Pórcia e Leolino? Ela será lembrada, terá sempre o seu lugar em meu retorno, e me fará feliz de alguma forma.
Melhor, dois arrependimentos: em nunca ter-me deixado conviver com você, e sim com “significados ilusórios” que a ti atribuí. Ou estaria sendo eu muito radical, pois também hei de defender que fui íntima de tuas virtudes e as conheci de perto; não ter me permitido tornar-me quem eu sou, antes, e partilhar contigo, deixando-te me conhecer. Hoje entendo o que você busca, quem você quer. E você é digno que querer ter e de ter alguém livre, pois você o é.  Embora não tenhamos culpa um das projeções do outro, claro que agora surgem dúvidas quanto a você ter projetado também algo em mim, e o meu resto você não via no início e não conhecera as minhas dores. Nem eu, as suas.
Mas, e se nós não tivéssemos nos encontrado ou nos permitido? Se você não tivesse acabado daquela vez? Se não tivesse voltado? Se eu não tivesse voltado? E se essa sua nova fase não tivesse surgido? Ou a minha?  Entretanto, sabemos que tantos “ses” condicionantes só ocorrem aqui e aí em nossas mentes, e que, por outro lado, só nelas podemos agora vê-los construído um destino que se deu de forma diferente e gradual, compondo o que hoje se tem. Penso se tivesse sido diferente, se nós não tivéssemos nos conhecido...E fico feliz pelas energias que buscaram uma a outra terem florescido o nosso encontro.
 Se fosse para ter feito as mesmas escolhas e elas me trouxessem até aqui, as teria feito da mesma forma porque se fosse para ter te escolhido para vivermos tudo o que vivemos, a escolha teria sido de novo, um você, um nós, e a minha verdade. O que contribuira para ela? O tempo? O envelhecimento? A não morte? Um Deus? Um eu? A própria vida?
 Palavras ferem, palavras curam...
Você falou que era eu a mulher da sua vida, esse título estaria entre o único do qual me honraria em toda vida pessoal ou acadêmica, sempre sonhei com um cara que quando me visse entrar ou passar, pensasse consigo: “Ela é a mulher da minha vida”. Não sei o que havia feito para isso, mas, me honrou muito.
Te perguntei se você tinha certeza que queria passar o resto da vida comigo e você teria dito sim. Nós dois sabemos que “as certeza são muito perigosas”, porém, espero ter sido inesquecível para ti em algo, plantado ou transformado, porventura ensinado algum valor, caso de algum que você não soubesse, assim, terei e terás a certeza indubitável de que isso encontrou saída e demandou de quem realmente sou. Então, de alguma forma, estarei em teu retorno.
 Agradeço por contribuir de forma basilar na minha travessia, muitos estão aparados e amparados pelo seu mundo limitado. Afora objeções, entendo a sua filosofia de vida, nirvana e amor a sua verdade. E que meu mundo restrito me perdoe, mas, a visão daqui de fora é muito mais bonita.         Quando se prova da liberdade, não podemos julgar aquele que a tem ou a quer ter, então, salva toda mágoa, o não dito, o dito também, as lágrimas, seria indigno não reconhecer a sua importância na minha vida. Sinta-se engrandecido por isso, infle seu ego, não porque desperta tesão em alguma buceta, não por ter pique todo dia para o “papelzinho”, ou não fazer no mínimo um gol em uma partida de futebol, não só por ter amigos de verdade com quem pode contar quando a grana apertar. Sinta-se por isso.
        Não quero dizer que você estava completamente certo, mas, que você não estava totalmente errado, entretanto, me arrisco em exposição em te fazer pensar sobre questões que porventura você "pudesse" não ter pensado, peço desculpas por interpretações errôneas, mas, não há um porquê de eu omitir nada daqui. Essa é a minha verdade e o meu alívio se configura em partilhá-la contigo. Seguir.

P.S.1: Você disse estar desempregado, sentado em uma mesa no Café Poético, perdido. Um dia pensei em que daria muito para ter te encontrado ao acaso naquele dia, mesmo sem conhecer-te, te levaria para casa.

P.S.2: Pensei em te dar a vitrola sem revelar que eu a tinha dado, pois sonhei em entrar no teu apartamento um dia e você me mostrá-la e comentar tê-la ganho de aniversário, e eu, bem ladina te diria que o sabia.

P.S.3: Espero que um dia se eu bater em sua porta, você pergunte: Quem é? Mas, eu bateria mesmo em sua porta?

P.S.4: Te agradeço por todos os foras ásperos recebidos.

F.T.
Depois de ter você, para que querer saber se estamos no verão?

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