Algumas vezes eu vivi o luto do fim, doeu, sufocou, angustiou... mas hoje entendo que senti em demasia, mas só porque eu não sabia que estava no meio da subida. A verdade é que pra mim sempre foi mais fácil desapegar, causava menos medo. Uma infância nada ortodoxa cheia de partidas inconscientemente me programou pra ser assim, no fundo era uma grande mentira que vendi a mim mesmo por longos anos, é muito mais fácil ser covarde, a história está ai para provar.
Todo espelho é cruel, ainda evito me olhar nos olhos, muitas coisas a serem reveladas me acuam e no fim, embora eu concorde que a esperança seja um mal que prolonga o sofrimento, sou escravo dela. Não sei definir o que é esperança e o que é sonho, uma confusão se instala e não consigo separá-los, também não sei se são reais ou se não passam de ideias que também compro vida a fora para conseguir ir em frente me sentindo parte desse mundo. Esse sentir-se parte não me parece um paradoxo somente meu, vejo as pessoas cabreiras, sentindo medo de sentir, se esquivando de viver, virando as costas pra emoção, se acovardando para o amor... coisas tão vitais, mas que estão sendo substituídas por máscaras frias de serenidade falsa, remédios ("Inútil dormir que a dor não passa"), alter ego feliz nas rede sociais que se assustam quando se deparam com pessoas que ainda se permitem sentir. E mesmo vivendo essas falácias, sonham e esperam.
Não, minha intensidade não é não é efêmera, o problema é que ainda sou refém da reciprocidade e decorei e aprendi a lição, correr na subida realmente cansa.
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