terça-feira, 12 de dezembro de 2023

O pai do Leo Mundiça, diz que a cada 10 anos se vive uma vida, eu gosto muito dessa ideia. Primavera de 2023, ano que completei 40 primaveras fazendo raiva nesse mundo e 10 primaveras em Campina Grande/ Brasil/ Planeta Terra. Setembro de 2013 larguei o 8º semestre de ADM e um dos melhores trampos da vida! Vim morar (com meu tio) e trabalhar (com o mesmo tio) em Campina Grande grande a convite de desse bendito tio, pessoa que já amei muito, um dia, no passado. Ligo pra ele confirmando se ao chegar eu poderia começar a trabalhar, tudo certo! O problema é que quando ele foi me buscar no aeroporto, me perguntou onde eu iria ficar? Ui, que frio delicioso na espinha, covardia sempre será algo que nos pegará desprevinido! Resumo da ópera, fiquei na mão, sem conhecimento algum nessa cidade. Sem lugar para morar e sem emprego! Os bons e velhos amigos e amigas insistiram para que eu voltasse, era a opção mais plausível naquele momento, mas cabeça dura que sou, bati um papo comigo mesmo (na pousada que morei por 3 meses) e decidi que iria passar pelo que fosse preciso, mas não iria voltar! E mais, só iria embora de Campina Grande, quando eu obtivesse sucesso. 10 anos se passaram... Não, não passou rápido! 10 anos morando no mesmo apartamento. Já fiquei devendo 3 meses de aluguel e 12 condomínios, podem acreditar! 10 anos de fases... Montanha russa, e porque não dizer, roleta russa. Os amigos, aqueles a quem dedico esse rabisco, por inúmeras vezes me ajudaram financeiramente. E não, não foi uma, duas, três, quatro, cinco, dez, cinquenta vezes... Quando fui morar no ap, que moro até hoje, tinha um colchão inflável (que amanhecia murcho, rs), um guarda roupa de criança quebrado (Que meu tio, milhões amado, Russo me deu, dentre outras centenas de ajuda, de todo tipo) um rede emprestada, um microondas que o Rancho (Rogério) me deu dinheiro pra comprar e uma TV 332 polegadas de Tudo SLIM que o Maestro Lanche (Daniel) também me deu dinheiro pra comprar. Friso essa parte fincanceira, porque é a que mais "pega", a que mais afasta as pessoas. E outra, ajudar umas poucas vezes em momentos alternados, é uma coisa, ajudar continuamente por temporadas, dividindo do seu suor com alguém que está lá, tão tão distante e você nem sabe de fato o que está se passando, investindo plenamente na confiança, apenas, se é que é "apenas", muito phoda! E mais phoda ainda, foram incontáveis pessoas, tantas que nem me arriscaria citar nomes aqui, que estiveram ali disponíveis para todas as minhas demandas, todas! Muitas noites foram mais longas e mais frias? Sim! As incertezas tentram me dominar? Sim! O sentimento de solidão povoou a casa? Sim! Tive medo? Sim, em alguns momentos senti vários tipos de medo! jà havia me colocado aprova dessa maneira? Nunca! Mas eu tinha que seguir em frente, não porque sou phodão, mas porque tinha duas responsas: Inadmissível decepcionar meu tio João, o amor da minha vida, minha alma gêmea (que faleu em 2005). Já pensou se de onde ele estiver ele, possa me ver! Meus amigos amados, que são minha família. Que me apoiam desde sempre em todas as insanidades que já cometi, incentivam todos os meus sonhos e alimentam a chama do amor dentro de mim, mesmo quando eu fico perdido sem entender as coias da vida e do mundo! Eu prometo que tento mas é, impossível externalizar minha gratidão, por tanto e por tanto tempo! Hoje, caros amigos e amigas, já posso fazer a malar e rumar pra outro lugar. E quero que saibam que o troféu dessa caminha, de "uma vida" no nordeste, são também dois, perseverança e resiliência! Eu não teria chegado até aqui, sem vocês! Amo-os, até pra sempre! Sandrinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores