Um novo dia, uma nova decisão...
Sem sono outra vez, outra noite em quase cinco
noites. Realmente já sei o que perturba, e talvez eu hoje a noite possa dormir.
Meu coração se adoeceu. Ele se adoeceu porque eu
concordei em viver sem ele, em viver sem que ele participasse.
Agora eu preciso mais que tudo colocar tudo pra
fora e me libertar, mais uma relação no meu caderninho, mais um fracasso meu.
Mas no fim eu sei todos os motivos.
Eu não sei viver uma relação assim, perfeita em
idéia e fraca em prática. Deixe-me explicar.
Hoje vivo com alguém cuja comunicação é tão forte
e gostosa que é como se fôssemos melhores amigos. Alguém que me faz rir. Alguém
cujo coração é tão doce e bom quanto o meu. Alguém cuja face sempre transparece
ideias demais. Ele é um dos caras mais incríveis que conheci. Mas eu não o amo,
não com a intensidade que de meu coração precisa. Meu cérebro o ama, ama o
jeito como ele ri e parece um vilão de novela, como é complexo e todos os dias
descubro novas facetas. Como ele aprendeu a me ler tão rápido. Ele mudou muitos
conceitos e padrões do que eu já havia vivido.
Mas ainda assim, quando não o amo de coração,
quando esperei que ele tocasse minha alma, quando estive com ele e não senti
meu coração participar, quando meus sentimentos fugiram de mim e eu fiquei
triste e só mesmo estando ao lado dele, ele não viu, não o culpo.
E agora meu coração sufocado pede um ultimato,
quer me deserdar, quer me abandonar.
Quer ir embora e se eu tenho que escolher entre
alguém e eu, terei que escolher por mim.
Não me julgue, por favor, não sou tal horrível
pessoa. Eu posso acrescentar mais detalhes à figura para que você possa
enxergar e me entender.
Ele tem outros problemas, outros que não sou eu,
ele tem uma vida muito diferente e uma concepção que ainda estou por entender.
Sei que parece vago, mas se eu jogar limpo e contar tudo, você vai dizer vai
concordar mais rápido que devo deixa-lo mas não vai entender o lado dele.
Porque de verdade, esses outros problemas
contribuiram muito pouco na minha decisão, o que pesou mesmo foi o fato do meu
coração não estar com ele e se recusar a estar com ele. É como se eu nunca
conseguisse ser dele completamente. Eu preciso de outras coisas, troco toda a
intensidade dos orgasmos, troco todas as mirabolações sexuais por mais
sentimento, por momentos onde ele tivesse me cativado, tivesse conquistado o
lugar dele no meu pensamento.
Agora ele parece um incômodo que eu me ofereço a
viver mas não quero viver.
E o que mais me dói é saber que por fim, eu vou
magoar mais alguém. Me sinto uma pessoa horrível. Tão maldosa. Tão sem jeito.
Porque não podemos escolher o que o coração faz?
No fim, vou ter que me justificar muito, porque
talvez ele não queria desistir de mim, o que me seria digno.
Mas eu sei que ele também sente, ele também
percebe que eu não estou completamente com ele.
E por fim, aquele outro babaca que tenho mil
razões para ignorar, ele que escolheu me machucar, ele eu amei. Parece que no
fim eu estou aprendendo e muito. E como uma pessoa me disse, talvez não se
precise de uma razão precisa para se terminar, apenas não querer se estar mais
lá. Concordo, as vezes vou no fundo do poço, preciso ver tudo carbonizado e
queimado, destruído e dito, para então ir embora. acho que dessa vez posso
fazer diferente e ir embora antes que tudo desabe.
Não me sinto feliz com isso tudo, mas me sinto
menos infeliz ao menos.
Meu mundo talvez esteja se encaminhando a fim de
ser mais sozinha e me entender mais, conseguir dizer não, conseguir fazer o
outro me merecer ao invés de me doar tão fácil.
Ah, o meu mundo podia ser menos preto e branco...
Fonte:http://lumanias.blogspot.com.br/2012/11/um-novo-dia-uma-nova-decisao.html
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