sexta-feira, 15 de junho de 2012

Viver - Alessandro Brito

Enquanto a cabeça fervilha em meio a decisões e mais decisões, o coração novamente serenou... Serenou porque, mais do que saber, ele aprendeu que nada durará para sempre...
Então, doar-se (diferente de entregar-se) virou quase um dever...  Um dia após outro dia, e se hoje for bom, tentaremos amanhã novamene, e se permanecer bom, seguiremos... e hoje essa é toda a sua preocupação!
Mas e os medos, que tanto nos bloqueiam e nos amedrontam, simplesmente finjo que não existem?
Não, claro que não, apenas devo perceber que todos os medos somados são muito menos prazerosos do que os prazeres do se permitir viver.  E viver consiste em arricar-se, aventurar-se... Sentar e conversar por horas seguidas, sem nem ao menos saber quem seja realmente a outra pessoa... Esperar serenamente uma ligação, um sms, uma visita... Dançar, mesmo sem saber como, não se importando com as "críticas")... Consiste em ficar feliz, por conseguir fazer uma outra pessoa rir, e não mais que isso, pois ao menos naqueles instantes tens a certeza que ambos se permitiram.
E quando menos esperamos, heis que surge alguém propondo o mesmo, ser feliz! Ainda que involuntariamente, indiretamente ou inconscientemente. E quando isso acontece é inevitável querer que esse outro universo, venha se alinhar e compartilhar novas vivências com o seu...

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