Eu sinto na caneta, minha espada
E o campo de batalha no papel,
A fortaleza segue amuralhada
Na mesa de trabalho, qu’é meu céu.
As curvas e os degraus subo na escada,
Lutando, nesta Torre de Babel,
Esgrimo mil palavras na sacada,
Cavaleiro, que marcha sem bornel.
Tenho o lenço que lembra-me da amada,
Cujo rosto do tempo tem o véu,
Mostro a lança que vem de uma cruzada,
Da qual eu escapei sem ser seu réu
E vejo, no horizonte da alvorada,
Teu doce olhar, tão doce quanto o mel.
SP., 18/12/2010.
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