sexta-feira, 25 de outubro de 2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Fascinação ( Fascination - 1957 ) - Carlos Galhardo

Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.

O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.

Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ.

O teu corpo é luz, sedução,
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria e entontece.
És fascinação, amor.

sábado, 19 de outubro de 2013

Monólogo de Orfeu - Vinicius de Moraes

Eu vivo a busca infinita, sou dor sem cura! Desfruto de todos os sentimentos... Amor e dor, alegria e tristeza, riso e choro, esperança e desilusão, vida e morte... Orpheu em minha alma habita! Meus gritos são silenciosos como também são meus carinhos, a parte de mim que é desejo desperta nas horas em que mais fraquejo! A parte de mim que é dor se tornou meu trabalho, nela labuto todos os dias com a ilusão de lapida- lá. O meu instrumento de trabalho é amor. De minha alma sai um canto desafinado que entorpece a quem escuta, minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduz querendo voltar...

Este foi o primeiro post no "passosdesvairados" em idos de 2009... A influência que o poetinha exerce sobre mim é indescritível... Sua sensibilidade, sua inteligência e elegância, a capacidade de rasgar-se em versos e a coragem de externalizar tudo quanto pode sentir, fez de mim mais um sonhador, sofrido sonhador que encara o "amor" do século XXI...

Poeta, não me ariscaria a dizer mais do que disse, faltou apenas meu muito obrigado por me permitir sonhar, e, saiba você que monólogo de Orfeu mudou meu mundo.

"A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!

MARIA PUREZA - NELSON GONÇALVES

Samba do próprio Nélson Gonçalves em parceria com Renê Bittencourt, lançado pelo "gogó de ouro" na sua RCA Victor de sempre, em 1961, no LP "Noite de saudade"

João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração

E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
Cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome

João do Rosário, modesto operário, vivia tão bem
Até que um dia conheceu a tristeza, nos olhos de alguém
Maria Pureza mostrou-lhe a beleza e o pobre João
Perdeu o emprego, perdeu o sossego do seu coração

E seguindo o fadário, João do Rosário não tem mais prazer
cheirando a bebida, não liga pra vida, não quer mais viver
E conta quem passa, sua desgraça que tanto consome
Maria Pureza, só tinha pureza no seu sobrenome

domingo, 13 de outubro de 2013

Mundo Novo, Vida Nova - Luiz Gonzaga Jr

Mundo novo, vida nova

Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquela velha estória
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus
Fazer de tudo e todos mera lembrança
Deixar de ser só esperança
E por minhas mãos, lutando, me superar
Vou rasgar no tempo o meu próprio caminho
E assim, abrir meu peito ao vento, me libertar
De ser somente aquilo que se espera
Em forma, jeito, luz e cor
E vou, vou pegar um mundo novo, vida nova
Vou pegar um mundo novo, vida nova...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Não me Peçam Razões - José Saramago

Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

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