Sonho: esperanças vãs; imaginação
sem fundamento; fantasia; que dura pouco; ideias quiméricas. Até poderia assim ser
definido, se não fosse ele que movesse o meu mundo.
Grandes feitos e conquistas partiram dos devaneios de alguém perante alguma coisa, real ou até então irreal, mais para utópico do que qualquer outra coisa, mas que se concretizaram. Passei a compreender que sonhos não são coisas grandiosas, mas, apenas, desejos que levam um maior período de tempo para se realizarem.
Grandes feitos e conquistas partiram dos devaneios de alguém perante alguma coisa, real ou até então irreal, mais para utópico do que qualquer outra coisa, mas que se concretizaram. Passei a compreender que sonhos não são coisas grandiosas, mas, apenas, desejos que levam um maior período de tempo para se realizarem.
Vivemos dias em que a
ansiedade assola- nos, é sem dúvida, o mal do século! A tecnologia contemporânea
fez-nos mal acostumados, temos nossas necessidades do dia a dia supridas em cliques, e toda essa instantaneidade confundiu nossos anseios sentimentais.
Desaprendemos o significado do ato "esperar"! Simplesmente não sabemos mais como lidar em situações de espera, e não estou falando de filas e afins, compartilho um causo da minha infância (e adolescência de muitos) para contextualizar:
Quando moleque não havia celular, e telefone era coisa séria, usado apenas pelos adultos. Quando estava enamorado de alguma cabrochinha, a oportunidade que tinha de vê-la, era apenas no colégio. Se estudasse pela manhã (das 7h até 12:20hs, com recreio de 20 minutos) ou no período da tarde (das 13h até 18:20hs, com recreio de 20 minutos), se desse sorte dela ser da mesma sala, era a glória!
Nesses casos odiávamos o fim da sexta- feira, adormecíamos querendo acordar na segunda, para rever nosso bem querer. Mas ao despertar no sábado, era uma festa só, tínhamos todos o fim de semana para aproveitar. E vou confessar, sinto saudades dos papéis de carta moranguinho que colecionava. Já que não havia como ligar (acho que nem teria assunto para uma ligação, rs), a noite gastava o tempo escrevendo poesias. Presentes, ganhávamos no dia do aniversário, dia das crianças e no natal, isso quem tinha o luxo de ganhar todas estas datas. Ansiedade, apenas nas noites que antecediam as excursões escolares.
Hoje, todos temos acesso a internet (redes sociais, talks), aparelhos celulares que enviam fotos e fazem vídeo conferência. Além de uma infinidade de tecnologias (aquela dos cliques) para comunicação instantânea. O fato é, não crescemos crianças impacientes. Conseguíamos respeitar que para tudo na vida havia um tempo, e sempre haverá, pois para realizar um sonho ou saciar um desejo, os mesmos demandarão de uma parcela de tempo. E não estou falando de destino (coisa da qual sou totalmente descrente) onde as coisas acontecem no "tempo" em que terão de acontecer, isso jamais!
Mas, sei que em algum momento tudo se confundiu, principalmente em relação aos sentimentos. O que se aprendeu e o que se aprende, não está mais definido em passado, presente e futuro.
Os casais não se formam porque há uma admiração recíproca, talvez haja sim, o desejo latente de estar em um relacionamento, para preencher um vazio e dar uma resposta para a sociedade.
Ele não é verdadeiramente especial pra ela, e nem ela é especial pra ele. O que existe são lacunas que "precisam" ser preenchidas, e são, mas infelizmente sem critérios. Qualquer uma que venha preencher aquele espaço vazio é mais que um candidato em potencial, movidos por uma ansiedade latente. Não existem uma triagem de afinidades, ideias, filosofias... Não importa o quanto sejam incomuns, o que importa nesse primeiro momento, é preencher a lacuna, o vazio. Forma-se então, mais um casal feliz para sempre! Será mesmo? E quando os conflitos devido as diferenças (não criticadas) começarem a incomodar?
Aceito o argumento de que o amor é imprevisível, também acho! Mas estou convencido que o ser humano não é tão imprevisível assim.
Há quem diga, que os oposto se atraem. Mas entendo que respeitar, seja uma das mais árduas tarefas para o ser humano. Colocar-se no lugar do outro para tentar entendê-lo é muito custoso, principalmente porque demanda respeito e tempo. E tem mais, o ser humano tem toda uma inclinação ao negativismo, analisamos primeiro os defeitos para depois nos rendermos as qualidades, logo, uma triagem simples nos indicaria, se de fato, essa seriai uma gestação positiva.
Hoje a sociedade apresenta esse quadro de pessoas (casais) infelizes, desgostosas, sem rumo e ansiosas.
Desaprendemos o significado do ato "esperar"! Simplesmente não sabemos mais como lidar em situações de espera, e não estou falando de filas e afins, compartilho um causo da minha infância (e adolescência de muitos) para contextualizar:
Quando moleque não havia celular, e telefone era coisa séria, usado apenas pelos adultos. Quando estava enamorado de alguma cabrochinha, a oportunidade que tinha de vê-la, era apenas no colégio. Se estudasse pela manhã (das 7h até 12:20hs, com recreio de 20 minutos) ou no período da tarde (das 13h até 18:20hs, com recreio de 20 minutos), se desse sorte dela ser da mesma sala, era a glória!
Nesses casos odiávamos o fim da sexta- feira, adormecíamos querendo acordar na segunda, para rever nosso bem querer. Mas ao despertar no sábado, era uma festa só, tínhamos todos o fim de semana para aproveitar. E vou confessar, sinto saudades dos papéis de carta moranguinho que colecionava. Já que não havia como ligar (acho que nem teria assunto para uma ligação, rs), a noite gastava o tempo escrevendo poesias. Presentes, ganhávamos no dia do aniversário, dia das crianças e no natal, isso quem tinha o luxo de ganhar todas estas datas. Ansiedade, apenas nas noites que antecediam as excursões escolares.
Hoje, todos temos acesso a internet (redes sociais, talks), aparelhos celulares que enviam fotos e fazem vídeo conferência. Além de uma infinidade de tecnologias (aquela dos cliques) para comunicação instantânea. O fato é, não crescemos crianças impacientes. Conseguíamos respeitar que para tudo na vida havia um tempo, e sempre haverá, pois para realizar um sonho ou saciar um desejo, os mesmos demandarão de uma parcela de tempo. E não estou falando de destino (coisa da qual sou totalmente descrente) onde as coisas acontecem no "tempo" em que terão de acontecer, isso jamais!
Mas, sei que em algum momento tudo se confundiu, principalmente em relação aos sentimentos. O que se aprendeu e o que se aprende, não está mais definido em passado, presente e futuro.
Os casais não se formam porque há uma admiração recíproca, talvez haja sim, o desejo latente de estar em um relacionamento, para preencher um vazio e dar uma resposta para a sociedade.
Ele não é verdadeiramente especial pra ela, e nem ela é especial pra ele. O que existe são lacunas que "precisam" ser preenchidas, e são, mas infelizmente sem critérios. Qualquer uma que venha preencher aquele espaço vazio é mais que um candidato em potencial, movidos por uma ansiedade latente. Não existem uma triagem de afinidades, ideias, filosofias... Não importa o quanto sejam incomuns, o que importa nesse primeiro momento, é preencher a lacuna, o vazio. Forma-se então, mais um casal feliz para sempre! Será mesmo? E quando os conflitos devido as diferenças (não criticadas) começarem a incomodar?
Aceito o argumento de que o amor é imprevisível, também acho! Mas estou convencido que o ser humano não é tão imprevisível assim.
Há quem diga, que os oposto se atraem. Mas entendo que respeitar, seja uma das mais árduas tarefas para o ser humano. Colocar-se no lugar do outro para tentar entendê-lo é muito custoso, principalmente porque demanda respeito e tempo. E tem mais, o ser humano tem toda uma inclinação ao negativismo, analisamos primeiro os defeitos para depois nos rendermos as qualidades, logo, uma triagem simples nos indicaria, se de fato, essa seriai uma gestação positiva.
Hoje a sociedade apresenta esse quadro de pessoas (casais) infelizes, desgostosas, sem rumo e ansiosas.
Em um primeiro momento, a ansiedade não nos permite uma análise racional. O medo de ficar "só", a insatisfação de estar "só", sobrepuja a racionalidade. Mas, ao entrar em um estado de "satisfação" e "segurança", a racionalidade escanteia a ansiedade (por hora dominada, pela "segurança do momento") e vem a tona. Entra em cena a bola da vez, a falta de respeito inconsciente que praticamos todo tempo. Infelizmente, o resultado é mais um rompimento, que na maioria das vezes gerará uma série de novos traumas e problemas.
Um casal deve gestar a intimidade, pois ela é a
triagem perfeita para que ambos possam se conhecer e criticar as diferenças, perceber e entender o outro. Mas
gestação leva tempo, e o tempo nesse caso, é quase antônimo de ansiedade.
Alessandro Brito - poeta nato!
ResponderExcluirQue insensível esse Aurélio ao definir sonho não?! Se o ser humano não fosse nato em sonhar tal definição bastaria para deixar essa "besteira" que é sonhar. Porém "Sigo sonhando, porque sonhar é meu fôlego de vida!".
ResponderExcluirEstou com os Paraibanos discordando do chavão... Os opostos não se atraem, como diria meu querido Teatro Mágico: "Os opostos se distraem" e "perdem" um bucado de tempo.
Gostou desse termo "Gestação" né?!... pensando bem é uma boa palavra pra definir um relacionamento... pois ele tem que ser gestado mesmo, desde a concepção, que depende da ação dos dois, e a gestação começa a ser cuidada e esperado por ambos, onde cada fase é importante para a perfeita formação e nenhuma etapa pode ser pulada, pois se assim não for o "feto" pode nascer prematuro e com deformações. Gostei disso!!! rsrsrs
Fujo do debate ansiedade... ultimamente é a palavra que vem me definindo, então melhor me abster kkkk
Mais uma vez uma ótima reflexão!!!
Gostei da analise da Camila
ResponderExcluirE o que mais me chamou atenção no texto foi: "Ele não é verdadeiramente especial pra ela, e nem ela é especial pra ele, o que existe são lacunas que "precisam" ser preenchidas, e são, mas infelizmente sem critérios".
Me ponho no papel de que alguém não é tão especial aos meus olhos, e que já não fui tão especial aos olhos de outra pessoa.
Não defino o texto, mas defino o escritor, palavras de quem conhece de pessoas.
Você meu querido conhece de pessoas, conhece da vida, como posso não gostar de alguém assim.
Belo texto !!!!
Paulo Mathias
Mano Alessandro, sintetizaram outro dia o seguinte gostar de pessoas!
Enquanto deixarmos o o imediatismo desenfreado tomar conta de nós a coisificação vai tomar proporções ainda maiores e o valor dado àquilo q se conquista com tempo e amadurecimento se perderá,sentimentos serão substituídos por sensações momentânea e o q poderia ser amadurecido aos poucos, é atropelado, porquê tudo é urgente e a urgência é amiga íntima da desvalorização e do "se for de qualquer jeito que tá bom"! Relacionamentos sejam eles quais forem , amizade, mãe e filho, familia, namorados, marido e mulher , ate inimigos , pra se firmar precisa de tempo e convivio , maturação e isso requer tempo !
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