Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
segunda-feira, 30 de julho de 2012
O poeta pede ao seu amor que lhe escreva - Frederico García Lorca
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Frase - Alessandro Brito
Você começa a viver verdadeiramente, quando atingi o nível de não ter que provar nada a ninguém, nem a você mesmo!
Revelação - Chantal Castelli
Tento decifrar
uma foto que não há:
ao lado da janela meu pai
e eu
e nosso reflexo no vidro
de uma tarde morta.
O retrato impossível me fita,
imagem-lembrança de desejo,
provando mudo
que o que resta
não é jamais o uso
dos melhores sonhos,
mas apenas a idéia
viajando na carne:
os pés sobre os quais não dancei,
a mão que não retive,
os lábios que não marcaram minha face.
Somente o olhar
espiritual-imperfeito
alcança-me agora
dessa tarde morta
e sem registro.
uma foto que não há:
ao lado da janela meu pai
e eu
e nosso reflexo no vidro
de uma tarde morta.
O retrato impossível me fita,
imagem-lembrança de desejo,
provando mudo
que o que resta
não é jamais o uso
dos melhores sonhos,
mas apenas a idéia
viajando na carne:
os pés sobre os quais não dancei,
a mão que não retive,
os lábios que não marcaram minha face.
Somente o olhar
espiritual-imperfeito
alcança-me agora
dessa tarde morta
e sem registro.
COISAS DA VIDA - ROBERTO RIBEIRO
"...Um pandeiro calado
Um cavaco quebrado
Um apito entupito
Um surdo sem marcação
Uma sandália esquecida
Num terreiro vazio
Uma vela se apaga
Num pires cheio de pó..."
quarta-feira, 25 de julho de 2012
NÚBIA LAFAYETTE - SERIA TÃO DIFERENTE
A VERDADEIRA MPB!!!!!!!!!!!!!
Seria tão diferente
se a gente que a gente gosta
gostasse um pouco da gente
Seria tão difernte
Se a gente que a gente gosta
sentisse o que a gente sente
se tudo o que a gente sente
a gente que a gente gosta
sentisse assim de repente
Seria tão diferente
Se quando a gente chorasse
chorasse só de contente
E a gente que a gente amasse
amasse um pouquinho a gente
Seria tão diferente
Seria tão diferente
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Direito de resposta de Leonal Brizola no Jornal Nacional
Não sei quase nada a cerca do homem público Leonel Brizola, mas independe da sua trajetória, que obviamente deve dividir opiniões perante os que o "conheceram" e que, com ele conviveram, o discurso de resposta ao roberto marinho (é um prazer pode escrever em letras minúsculas tal nome) foi impecável! Obrigado Leonel!!!!!!
P.S.: E para todos vocês que continuam fazendo esta "máquina" girar, contribuindo para que a nossa nação permaneça em um estado de calamidade intelectual, pelo menos uma vez, aos que me lê-em, REFLITAM!
FAÇAMOS JUNTOS, VALER O SACRIFÍCIO DAS VIDAS DOS TANTOS QUANTOS QUE LUTARAM E PADECERAM, NA ÉPOCA DA DITADURA, QUE ABANDONARAM SUAS FAMÍLIAS, QUE LUTARAM POR UM SONHO: LIBERDADE!
PARA QUE TIVÉSSEMOS O DIREITO DE OPINAR E CRITICAR... NÃO CONTINUEM SENDO AMEBAS, É MUITA INGRATIDÃO. =[
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O Bicho - Manuel Bandeira
"Homem, está não no lixo, mas se prostituindo para poder continuar a viver".
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Fagner - Me Leve (Cantiga Para Não Morrer) (LP/1984)
Eu sofro, sofro sim, sofro muito... porque desaprendi esperar! O relógio da minha vida é marcado apenas com ponteiros de momentos, momentos estes que não posso me dar o luxo de simplesmente vê-los passar, pra nunca mais voltar!
O medo e a falta - Ronaldo Cunha Lima
Você me faz medo, mas você me faz falta. A diferença entre o medo e a falta é que o medo você sabe quando tem, e na falta você sente que não tem. A falta, com o medo, sobressalta. Entre o medo que você me traz e a falta que você me faz, você é o medo que me falta.
terça-feira, 17 de julho de 2012
O Enterro do Sinhô - Manuel Bandeira
O Enterro do Sinhô
J. B. SILVA, o popular Sinhô dos mais deliciosos sambas cariocas, era um desses homens que ainda morrendo da morte mais natural deste mundo dão a todos a impressão de que morreram de acidente. Zeca Patrocínio, que o adorava e com quem ele tinha grandes afinidades de temperamento, era assim também: descarnado, lívido, frangalho de gente, mas sempre fagueiro, vivaz, agilíssimo, dir-se-ia um moribundo galvanizado provisoriamente para uma farra. Que doença era a sua? Parecia um tísico nas últimas. Diziam que tinha muita sífilis. Certamente o rim estava em pantanas. Fígado escangalhado. Ouvia-se de vez em quando que o Zeca estava morrendo. Ora em Paris, ora em Todos os Santos, subúrbio da Central. E de repente, na Avenida, a gente encontrava o Zeca às três da madrugada, de smoking, no auge da excitação e da verve. Assim me aconteceu uma vez, e o que o punha tão excitado naquela ocasião era precisamente a última marcha carnavalesca de Sinhô, o famoso Claudionor...
que pra sustentar família
foi bancar o estivador...
foi bancar o estivador...
Me apresentaram a Sinhô na câmara-ardente do Zeca. Foi na pobre nave da igreja dos pretos do Rosário. Sinhô tinha passado o dia ali, era mais de meia-noite, ia passar a noite ali e não parava de evocar a figura do amigo extinto, contava aventuras comuns, espinafrava tudo quanto era músico e poeta, estava danado naquela época com o Vila e o Catulo, poeta era ele, músico era ele. Que língua desgraçada! Que vaidade! mas a gente não podia deixar de gostar dele desde logo, pelo menos os que são sensíveis ao sabor da qualidade carioca. O que há de mais povo e de mais carioca tinha em Sinhô a sua personificação mais típica, mais genuína e mais profunda. De quando em quando, no meio de uma porção de toadas que todas eram camaradas e frescas como as manhãs dos nossos suburbiozinhos humildes, vinha de Sinhô um samba definitivo, um Claudionor, um Jura, com um "beijo puro na catedral do amor", enfim uma dessas coisas incríveis que pareciam descer dos morros lendários da cidade, Favela, Salgueiro, Mangueira, São Carlos, fina-flor extrema da malandragem carioca mais inteligente e mais heróica... Sinhô!
Ele era o traço mais expressivo ligando os poetas, os artistas, a sociedade fina e culta às camadas profundas da ralé urbana. Daí a fascinação que despertava em toda a gente quando levado a um salão.
Vi-o pela última vez em casa de Álvaro Moreyra. Sinhô cantou, se acompanhando, o "Não posso mais, meu bem, não posso mais", que havia composto na madrugada daquele dia, de volta de uma farra. Estava quase inteiramente afônico. Tossia muito e corrigia a tosse bebendo boas lambadas de Madeira R. Repetiu-se a toada um sem número de vezes. Todos nós secundávamos em coro. Terán, que estava presente, ficou encantado.
Não faz uma semana eu estava em casa de um amigo onde se esperava a chegada de Sinhô para cantar ao violão. Sinhô não veio. Devia estar na rua ou no fundo de alguma casa de música, cantando ou contando vantagem, ou então em algum botequim. Em casa é que não estaria; em casa, de cama, é que não estaria. Sinhô tinha que morrer como morreu, para que a sua morte fosse o que foi: um episódio de rua, como um desastre de automóvel. Vinha numa barca da Ilha do Governador para a cidade, teve uma hemoptise fulminante e acabou.
Seu corpo foi levado para o necrotério do Hospital Hahnemanniano, ali no coração do Estácio, perto do Mangue, à vista dos morros lendários... A capelinha branca era muito exígua para conter todos quantos queriam bem ao Sinhô, tudo gente simples, malandros, soldados, marinheiros, donas de rendez-vous baratos, meretrizes, chauffeurs, macumbeiros (lá estava o velho Oxunã da Praça Onze, um preto de dois metros de altura com uma belida num olho), todos os sambistas de fama, os pretinhos dos choros dos botequins das ruas Júlio do Carmo e Benedito Hipólito, mulheres dos morros, baianas de tabuleiro, vendedores de modinhas... Essa gente não se veste toda de preto. O gosto pela cor persiste deliciosamente mesmo na hora do enterro. Há prostitutazinhas em tecido opala vermelho. Aquele preto, famanaz do pinho, traja uma fatiota clara absolutamente incrível. As flores estão num botequim em frente, prolongamento da câmara-ardente. Bebe-se desbragadamente. Um vaivém incessante da capela para o botequim. Os amigos repetem piadas do morto, assobiam ou cantarolam os sambas (Tu te lembra daquele choro?). No cinema d'a Rua Frei Caneca um bruto cartaz anunciava "A Última Canção" de Al Johnson. Um dos presentes comenta a coincidência. O Chico da Baiana vai trocar de automóvel e volta com um landaulet que parece de casamento e onde toma assento a família de Sinhô. Pérola Negra, bailarina da companhia preta, assume atitudes de estrela. Não tem ali ninguém para quebrar aquele quadro de costumes cariocas, seguramente o mais genuíno que já se viu na vida da cidade: a dor simples, natural, ingênua de um povo cantador e macumbeiro em torno do corpo do companheiro que durante tantos anos foi por excelência intérprete de sua alma estóica, sensual, carnavalesca.
Ele era o traço mais expressivo ligando os poetas, os artistas, a sociedade fina e culta às camadas profundas da ralé urbana. Daí a fascinação que despertava em toda a gente quando levado a um salão.
Vi-o pela última vez em casa de Álvaro Moreyra. Sinhô cantou, se acompanhando, o "Não posso mais, meu bem, não posso mais", que havia composto na madrugada daquele dia, de volta de uma farra. Estava quase inteiramente afônico. Tossia muito e corrigia a tosse bebendo boas lambadas de Madeira R. Repetiu-se a toada um sem número de vezes. Todos nós secundávamos em coro. Terán, que estava presente, ficou encantado.
Não faz uma semana eu estava em casa de um amigo onde se esperava a chegada de Sinhô para cantar ao violão. Sinhô não veio. Devia estar na rua ou no fundo de alguma casa de música, cantando ou contando vantagem, ou então em algum botequim. Em casa é que não estaria; em casa, de cama, é que não estaria. Sinhô tinha que morrer como morreu, para que a sua morte fosse o que foi: um episódio de rua, como um desastre de automóvel. Vinha numa barca da Ilha do Governador para a cidade, teve uma hemoptise fulminante e acabou.
Seu corpo foi levado para o necrotério do Hospital Hahnemanniano, ali no coração do Estácio, perto do Mangue, à vista dos morros lendários... A capelinha branca era muito exígua para conter todos quantos queriam bem ao Sinhô, tudo gente simples, malandros, soldados, marinheiros, donas de rendez-vous baratos, meretrizes, chauffeurs, macumbeiros (lá estava o velho Oxunã da Praça Onze, um preto de dois metros de altura com uma belida num olho), todos os sambistas de fama, os pretinhos dos choros dos botequins das ruas Júlio do Carmo e Benedito Hipólito, mulheres dos morros, baianas de tabuleiro, vendedores de modinhas... Essa gente não se veste toda de preto. O gosto pela cor persiste deliciosamente mesmo na hora do enterro. Há prostitutazinhas em tecido opala vermelho. Aquele preto, famanaz do pinho, traja uma fatiota clara absolutamente incrível. As flores estão num botequim em frente, prolongamento da câmara-ardente. Bebe-se desbragadamente. Um vaivém incessante da capela para o botequim. Os amigos repetem piadas do morto, assobiam ou cantarolam os sambas (Tu te lembra daquele choro?). No cinema d'a Rua Frei Caneca um bruto cartaz anunciava "A Última Canção" de Al Johnson. Um dos presentes comenta a coincidência. O Chico da Baiana vai trocar de automóvel e volta com um landaulet que parece de casamento e onde toma assento a família de Sinhô. Pérola Negra, bailarina da companhia preta, assume atitudes de estrela. Não tem ali ninguém para quebrar aquele quadro de costumes cariocas, seguramente o mais genuíno que já se viu na vida da cidade: a dor simples, natural, ingênua de um povo cantador e macumbeiro em torno do corpo do companheiro que durante tantos anos foi por excelência intérprete de sua alma estóica, sensual, carnavalesca.
Na crônica acima, extraída do livro “Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas”,Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1966, pág. 11, ele narra sua convivência em vida com o famoso compositor da música popular brasileira, Sinhô, que muitos dizem ser o autor do primeiro samba, e a cena de seu velório, o que a faz uma peça descritiva de alto valor.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
5 Itens amor - (Diego Freire)
Fui instigado a dar minha opinião!
Sintonia: E com alguns anos de noite, aprende-se que: NÃO HÁ PQ PERDER TEMPO "TENTANDO XAVECAR", rasga a introdução de perguntas de CV ok?! Nesse primeiro contato você pode ser quem quiser e ela o mesmo (morar, trabalhar, ter a idade que quiser...) normalmente não tem ninguém em comum para testificar a veracidade das informações, se tivesse, não necessitaria a abordagem (na qual ficamos absudarmente variável), apenas nos apresentavamos... Seja você, se rolou a química, no momento que achar oportuno, diga apenas o quanto gostou dela, embase (seja breve pra não se complicar), e peça pra que ela termine a noite com você.
Se rolou a química está feito... Agora basta apenas, identificar o momento de cada um, e se não forem o mesmo pra ambos, avaliar se vale a pena ou não migrar (ou persuadir a migração) do "momento"...
Se rolou a química está feito... Agora basta apenas, identificar o momento de cada um, e se não forem o mesmo pra ambos, avaliar se vale a pena ou não migrar (ou persuadir a migração) do "momento"...
Admiração: O que nos motiva a ter uma parceira que alinhe o mundo dela com o nosso, é o quanto ela pode agregar valores e vice versa... A troca de informações, independente de qual seja o "tema" é o que te faz querer voltar sempre, porque você sabe que a qualquer momento ela vai te surpreender novamente... Aí não tem como largar de mão. Uma gostosa por uma gostosa, uma inteligente por uma inteligente... Não é o necessário para que eu volte, elas por elas, eu paro na porta da que estiver mais próxima...
Respeito: E com alguns anos de noite, aprende-se que: Ser o "garanhão italiano" (ou se sentir o tal) é maravilhoso, mas isso quando se tem que provar alguma coisa pra alguém (pais, tios, amigos, e pra você mesmo), e normalmente pra ser o tal mito, é preciso magoar umas dúzias de corações, que se dedicaram pra você, mas o seu ego fala mais alto... Até que você se apaixona e é passado para trás (por um mais malandro que vc) ou encontra aquela que virá a ser a mãe dos seus filhos, aí malandro o peso de não tê-la respeitado será absurdamente maior, sabe porquê? Por que essa "merda" (mentira) vira um câncer dentro de você, jamais poderá falar tudo quanto fez de errado, e toda vez que ela se sacrificar por você, esse tumor vai aumentar aí dentro, então você entende, que de malandragem tu não tem porra nenhuma, e compreende o que realmente o que quer dizer: NÃO FAÇO PARA OS OUTROS O QUE NÃO QUER QUE FAÇAM COM VOCÊ. Aí então muda a postura, e por mais que as tentativas não tenham dêem certo, conseguirá sempre fechar os clicos, e não carregará o peso do "putz não deveria ter feito isso ou aquilo"...
Putaria: Sendo o "pudor a mais afrodisíaca das virtudes" tomara que ela seja "Dama na mesa e uma puta na cama" Nelson Rodrigues o que seria dessa criança aqui sem você, nesse mundo onde não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes...
Humildade: Pergunte a ela se ela já precisou de você alguma vez, ou se você já precisou dela... (Ela vai te achar insano, afinal faz 5 min que se conheceram, mas provavelmente ela vai querer saber mais, então prossiga: Você pode ser a mais linda, a mais influente, a mais sedutora ou inteligente... Se não tiver Humildade não tem nada... Pode morar num flat na melhor região da cidade, ter uma mansão em Riviera, pilotar uma nave espacial... Se não tem amigos não tem nada... Deixe bem claro que seus interesses são muito além do que a vista pode alcançar... se ela for receptiva se deu bem malandro, se não, saberá que caminho seguir dalí pra frente!
Respeito: E com alguns anos de noite, aprende-se que: Ser o "garanhão italiano" (ou se sentir o tal) é maravilhoso, mas isso quando se tem que provar alguma coisa pra alguém (pais, tios, amigos, e pra você mesmo), e normalmente pra ser o tal mito, é preciso magoar umas dúzias de corações, que se dedicaram pra você, mas o seu ego fala mais alto... Até que você se apaixona e é passado para trás (por um mais malandro que vc) ou encontra aquela que virá a ser a mãe dos seus filhos, aí malandro o peso de não tê-la respeitado será absurdamente maior, sabe porquê? Por que essa "merda" (mentira) vira um câncer dentro de você, jamais poderá falar tudo quanto fez de errado, e toda vez que ela se sacrificar por você, esse tumor vai aumentar aí dentro, então você entende, que de malandragem tu não tem porra nenhuma, e compreende o que realmente o que quer dizer: NÃO FAÇO PARA OS OUTROS O QUE NÃO QUER QUE FAÇAM COM VOCÊ. Aí então muda a postura, e por mais que as tentativas não tenham dêem certo, conseguirá sempre fechar os clicos, e não carregará o peso do "putz não deveria ter feito isso ou aquilo"...
Putaria: Sendo o "pudor a mais afrodisíaca das virtudes" tomara que ela seja "Dama na mesa e uma puta na cama" Nelson Rodrigues o que seria dessa criança aqui sem você, nesse mundo onde não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes...
Humildade: Pergunte a ela se ela já precisou de você alguma vez, ou se você já precisou dela... (Ela vai te achar insano, afinal faz 5 min que se conheceram, mas provavelmente ela vai querer saber mais, então prossiga: Você pode ser a mais linda, a mais influente, a mais sedutora ou inteligente... Se não tiver Humildade não tem nada... Pode morar num flat na melhor região da cidade, ter uma mansão em Riviera, pilotar uma nave espacial... Se não tem amigos não tem nada... Deixe bem claro que seus interesses são muito além do que a vista pode alcançar... se ela for receptiva se deu bem malandro, se não, saberá que caminho seguir dalí pra frente!
Se te Queres - Álvaro de Campos
Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Ingrata paixão - Alessandro Brito
Ela não quis dizer
Pra não me magoar
Mas no fundo sei porque
Ela não quis me amar
O poder falou mais alto
Na sorte quem manda é o dinheiro
O baralho da vida tem suas cartas marcadas
Sofre que não tem nada
Eu tenho só o coração
Carinho e amor pra doar
Não, não tenho tostão
Nem casa bonita pra morar
Meu palácio tem é muito pó
De terra batida no chão
Alegria pra mim é o forró
Nas noistes de festa e solidão
E assim ela não quis
Fez ingrata a paixão.
Pra não me magoar
Mas no fundo sei porque
Ela não quis me amar
O poder falou mais alto
Na sorte quem manda é o dinheiro
O baralho da vida tem suas cartas marcadas
Sofre que não tem nada
Eu tenho só o coração
Carinho e amor pra doar
Não, não tenho tostão
Nem casa bonita pra morar
Meu palácio tem é muito pó
De terra batida no chão
Alegria pra mim é o forró
Nas noistes de festa e solidão
E assim ela não quis
Fez ingrata a paixão.
Brincadeira na Fogueira - Trio Nordestino
Tem tanta fogueira tem tanto balãoTem tanta brincadeiraTodo mundo no terreiro faz adivinhaçãoMeu são joão eu não meu são joão eu nãoEu não tenho alegria
Só porque não vem, só porque não vemQuem tanto eu queria - bis
Danei a faca no tronco da bananeiraNão gostei da brincadeira Santo antonio me enganouSai correndo lá pra beira da fogueiraVê meu rosto na bacia, a água se derramou
Muito tempo não lhe vejo - Trio Nordestino
Já faz tempo, muito tempo, não lhe vejo
O meu desejo era rever sua pessoa
Estou feliz por que você está boa
Você está boa
Você está boa
Não ligue se falaram mal
Ou se disseram coisas da sua pessoa
Se todo mundo fosse igual
Era tão legal
Mas é que gente enjoa
Ninguém tem amor a ninguém
E a ninguém faz bem
Enquanto a vida é boa
Ninguém tem amor a ninguém
E a ninguém faz bem
Enquanto a vida é boa
Já faz tempo, muito tempo, não lhe vejo
O meu desejo era rever sua pessoa
Estou feliz porque você está boa
Você está boa
Você está boa
Levei a vida a lhe esperar
E a me perguntar
Se ainda vivia
Aquele nosso amor antigo
Que por um castigo
Eu tanto queria
Você chegou meu bem agora
Bem na hora da tristeza
Quando eu padecia
Você chegou meu bem agora
Bem na hora da tristeza
Quando eu padecia
O meu desejo era rever sua pessoa
Estou feliz por que você está boa
Você está boa
Você está boa
Não ligue se falaram mal
Ou se disseram coisas da sua pessoa
Se todo mundo fosse igual
Era tão legal
Mas é que gente enjoa
Ninguém tem amor a ninguém
E a ninguém faz bem
Enquanto a vida é boa
Ninguém tem amor a ninguém
E a ninguém faz bem
Enquanto a vida é boa
Já faz tempo, muito tempo, não lhe vejo
O meu desejo era rever sua pessoa
Estou feliz porque você está boa
Você está boa
Você está boa
Levei a vida a lhe esperar
E a me perguntar
Se ainda vivia
Aquele nosso amor antigo
Que por um castigo
Eu tanto queria
Você chegou meu bem agora
Bem na hora da tristeza
Quando eu padecia
Você chegou meu bem agora
Bem na hora da tristeza
Quando eu padecia
terça-feira, 10 de julho de 2012
Nem toda Barbie prefere um Ken (Que tal um G.I. Joe?) - por Maria Eugenia Ciconello 06/05/2012
"A VIDA É DIFERENTE DA PONTE PRA CÁ" ... nem há nem o que discutir, quem está do lado de lá sempre quer vir pra cá, e vice, versa!
Link YouTube | O Vin Diesel protege o amigo, defende a Barbie e livra até a cara do próprio Ken, que não consegue nem se denfender
Desde criança sou fanática por Barbies e sempre tive o privilégio de ganhar muitas. Eu tinha a Barbie negra (importada, que vinha com um cachorrinho de borracha), tinha também o Corvette rosa, o cavalo branco, o quarto da Barbie, a casa da Barbie e todos os móveis da boneca. Tinha todas as roupas, todos os sapatos diversos e as vidas das minhas Barbies eram bem agitadas. Só tinham um ponto negativo: o Ken.
Eu não gostava do Ken. Incomodava-me o fato dele ter cabelo de plástico e ter poucas versões com cabelos e olhos escuros. Também o achava extremamente afeminado, que nenhum deles combinavam com as minhas Barbies. Elas eram mulheres que trabalhavam em bons empregos, eram independentes, lindas, seguras e fashion.
Para mim, o Ken tinha uma imagem delicada demais. Mas como eu não tinha outra opção de namorado para a Barbie, tinha que ser ele mesmo. Até o dia em que fui na casa dos meus primos e vi dois bonecos G.I.Joe, os nossos Comandos em Ação, que tinham quase o tamanho de uma régua de trinta centímetros: Duke e Stalker. Esses sim tinham cara de que poderiam cuidar das coisas.
Duke é o “all american boy”, loiro, forte, alto e bonitão, com uma cicatriz no rosto para dar aquele charme. Ele parecia ser o cara ideal para namorar as minhas Barbies de vinte e poucos anos. Stalker é o negro fortão, com cara de bravo e ousado, mais velho que era o marido ideal para as Barbies que na minha cabeça tinham passado dos trinta anos.
Como os bonecos não eram meus, sempre dava um jeito de levar minhas Barbies quando ia na casa dos meus primos (que não gostavam nem um pouco quando viam os bonecos machões agarrados com Barbies peruas). Esqueci a existência do Ken. Ele virou um consolo para a Barbie, quando não tinha um G.I. Joe por perto.
Conforme fui ficando mais velha, percebi que esse estilo de homem mais machão, com vaidade quase zero e que transmitia segurança e poder, sem ter cara de mocinho bobo, era também o tipo de homem que me atraia. Nunca fui muito convencional em relação a homens. Sempre gostei dos homens com cara de bravo, que jogam os vilões de penhascos antes de dar um beijo na mocinha. Mas se caso a mocinha fosse sem graça, eu torcia para que o herói desse um fora sensacional nela.
Esses homens geralmente me atraem e me fascinam ao ponto de eu ficar fã do ator só por ter feito aquele personagem. Meus ídolos são G.I. Joes de carne e osso. Lembro bem de quando descobri a existência de três deles: Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren e Vin Diesel. Considero os dois primeiros péssimos atores, mas não consigo evitar assistir a um filme deles quando passa na televisão. Se eles forem os vilões então, esqueço-me do mundo durante o tempo do filme.
Link YouTube | O Vin Diesel protege o amigo, defende a Barbie e livra até a cara do próprio Ken, que não consegue nem se denfender
O Van Damme, em O Último Dragão Branco, é o mais influente personagem para a minha concepção de homem ideal, não fisicamente, mas pela coragem de entrar em um torneio de lutas clandestinas para honrar o seu mentor. Já o Dolph Lundgren é um cara que divide opiniões, principalmente as femininas: ele pode ser feio ou bonito, dependendo do ângulo que é visto. Alguns acham ele um astro de ação e, para outros, é só mais um fracasso que atua em filmes B. O que mais me atrai é que ele foge de estereótipos. É um cara versátil, que dirige, atua, escreve roteiros (ruins, mas pelo menos tenta), que dizem ter um Q.I. alto, campeão de karatê e que fala várias línguas. E nunca usa maquiagem em seus filmes.
O terceiro ator, o Vin Diesel, é o que consolidou o meu gosto por homens másculos e anti-heróis. Eu fiquei doida por aquele careca quando vi o Velozes e Furiosos. Quando o filme estreou, a expectativa era que lançasse ao estrelato o loiro sem graça Paul Walker. Muitas adolescentes da minha idade ficaram morrendo de amores por ele, que tinha um rostinho perfeito, cabelos claros e olhos azuis. Mulheres com mais de vinte e poucos anos sabem a sensação que a dupla Diesel-Walker causou há alguns anos: as certinhas queriam um Paul Walker e as mais doidinhas, o Vin Diesel.
Anos fugindo dos “coxinhas”
Passei os últimos dez anos da minha vida fugindo dos homens que possuem o “estilo do Ken”. O garoto bonitinho e popular do colégio não tinha jeito comigo, não me atraía em nada. Mas se o cara que jogava rugby no time da escola viesse falar comigo com a cara toda arrebentada, minhas pernas ficavam bambas.
Esse tipo de cara geralmente era tão seguro e autoconfiante que nem se importava em estar todo machucado ao chegar em uma garota, assim como os personagens de filmes de ação sempre fizeram: beijavam apaixonadamente as mocinhas nos momentos em que estavam mais arrebentados. Não interessava a beleza estética, mas sim as ações de macho que os deixavam muito mais bonitos que qualquer coxinha de suéter nas costas.
Alguns homens devia deixar os cuidados com a pele e mirar naqueles brucutus : O Dutch, John Rambo, Marv, John McCLane. Nem tanto pelo físico, apesar de ser, claro, parte integrante do tesão. Mas o que eu quero dizer mesmo é sobre o espírito de macho e fortão, mas trazidos pra vida real.
Um homem confiante, que resolve problemas, que faz o que tem que ser feito. Assim como os G.I. Joes faziam com as minhas Barbies, sempre lindas, inteligentes e precisadas de um homem que esteja ali para resolver as coisas, enquanto os Kens ficavam de canto, admirando os cabelos uns dos outros, com sorrisos extremamente brancos e uma completa incapacidade de sujar as mãos, de carregar peso, de cuidar das minhas bonecas como elas deveriam ser cuidadas.
Homens feios e durões levam um estigma de determinados e com personalidade forte enquanto os “Kens” de verdade passam a vida emanando uma preguiça de conversar, um cansaço de olhar aquela aparente perfeição toda. Minhas Barbies sempre souberam que o Ken tem toda aquela pinta de galã mas, na verdade, nem pinto ele tinha.
Sol da manhã - Elton Medeiros
És como o sol da manhã
Que irradia em mim
Toda inspiração
És o poema divino
Que rege o destino
Do meu coração
És o tesouro na Terra
Que eu desejei encontrar
És como Vênus tão bela
Jamais poderei te amar
Como eu quisera te amar
Tal qual nos contos de fada
Estrela d’alva das minha madrugadas
Não tenho nada para te ofertar
Que irradia em mim
Toda inspiração
És o poema divino
Que rege o destino
Do meu coração
És o tesouro na Terra
Que eu desejei encontrar
És como Vênus tão bela
Jamais poderei te amar
Como eu quisera te amar
Tal qual nos contos de fada
Estrela d’alva das minha madrugadas
Não tenho nada para te ofertar
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Sem regresso - Alessandro Brito
Vou vivendo sempre aflito
Por isso ou por aquilo
Escondendo prantos
Disfarço rosto santo
Um amor maluvido
Que trago no peito ferido
Saudade em lembrança
De um tempo de bonança
Maré mansa, vezes cheia
Apaga o fogo da candeia
Caminho sem rumo
Seguindo no escuro
Dando adeus sem protesto
Despedindo-me sem regresso
Respeitando a ordem da vida
Por isso ou por aquilo
Escondendo prantos
Disfarço rosto santo
Um amor maluvido
Que trago no peito ferido
Saudade em lembrança
De um tempo de bonança
Maré mansa, vezes cheia
Apaga o fogo da candeia
Caminho sem rumo
Seguindo no escuro
Dando adeus sem protesto
Despedindo-me sem regresso
Respeitando a ordem da vida
Que traz na chegada alegria
E deixa sempre um pranto de despedida
Mario Lago - Conexão Roberto D'Avila (20/11/2011)
Obrigado Mario Lago... eu preciso de você vez em quando!
Poema - Ney Matogrosso
A palavra me fascina, apenas ela consegue dizer de mim (em voz de outros autores) o que não sou capaz de buscar em mim... talvez por medo, ego, ou apenas vergonha de sentir tanto...
"...De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás..."
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Menina do sítio - Alessandro Brito
Oh, menina do sítio
O que viestes fazer pra essas bandas?
De onde partistes, deixastes um vazio
No meio do campo florido, que te viu crescer
Sem teu sorriso, os dias por lá não são mais os mesmos
Falta agora um raio de luz ao alvorecer
O velho toca discos encontra-se guardado
A rede balançando ao vento, a esmo
Na espera do teu regressar
Oh, menina do sítio
Não sabes a qual das 3 famílias se aparentar?
Se sobra amor desse lado
Do outro causa um estrago
Matando a saudade daqui
Causas saudades do lado de lá
O tempo se faz curto
Abraços, mensagens, despedidas
E a vida seguindo a passar
Tu que vens com essa charla do mato
Trazendo consigo a simplicidade do campo
Vens despida de vaidade
Aprendeu ser amiga
Da vida, do povo...
Oh, pequena guria despida de vaidade, tu transmite alegria
Trouxestes nova luz a cidade.
O que viestes fazer pra essas bandas?
De onde partistes, deixastes um vazio
No meio do campo florido, que te viu crescer
Sem teu sorriso, os dias por lá não são mais os mesmos
Falta agora um raio de luz ao alvorecer
O velho toca discos encontra-se guardado
A rede balançando ao vento, a esmo
Na espera do teu regressar
Oh, menina do sítio
Não sabes a qual das 3 famílias se aparentar?
Se sobra amor desse lado
Do outro causa um estrago
Matando a saudade daqui
Causas saudades do lado de lá
O tempo se faz curto
Abraços, mensagens, despedidas
E a vida seguindo a passar
Tu que vens com essa charla do mato
Trazendo consigo a simplicidade do campo
Vens despida de vaidade
Aprendeu ser amiga
Da vida, do povo...
Oh, pequena guria despida de vaidade, tu transmite alegria
Trouxestes nova luz a cidade.
Rosa - Jackson do Pandeiro
Rosa, Rosa, vem ô Rosa
Estou chamando por você
Eu vivo lhe procurando
Você faz que não me vê
Eu vivo lhe procurando
E nem sinal de você.
Rosa danada
Minha morena faceira
Minha flor de quixabeira
Não posso mais esperar.
Fique sabendo
Se casar com outro homem
O tinhoso me consome
Mas eu lhe meto o punhá.
Comprei um papel florado
um envelope pra mandar dizer
numa carta bem escrita
o que sinto por você
a carta está esperando
porque não sei escrever.
A coisa pior da vida
É querer bem a mulher
A gente deita na rede
Maginando por que é
Com tantas no mei do mundo
Só uma é que a gente quer.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Tantas Palavras - Chico Buarque e Dominguinhos
Tantas, tantas... que em meia noite e meio dia, jamais seria suficiente!
A separação - Trio Nordestino
Quando se ama
Alguém de verdade
Aumenta todo dia a paixão
Ninguém quer sofrer
Ninguém quer chorar
Ninguém quer sentir a separação
Quando eu parti meu bem
Quase morri de emoção
Depois de beijar na sua mão
Ninguém quer sofrer
Ninguém quer chorar
Ninguém quer sentir a separação
Saudade assim me faz sofrer
Chega a doer e maltratar meu coração
Eu não posso mais ficar aqui
Vivendo assim meu grande amor na solidão
Eu vou partir, não vou ficar
Pode esperar por mim na mesma estação
Não quero sofrer, não quero chorar
Não quero sentir a separação
Ninguém quer sofrer
Ninguém quer chorar
Ninguém quer sentir a separação
terça-feira, 3 de julho de 2012
Marcos Sacramento - Conformação (Zé Paulo Becker/ P.César Pinheiro)
Secou cada gota do meu pranto
a dor dessa mÁgoa não dói mais
Passou toda essa aflição passou
Todo desencanto já ficou fulgaz
Vem na mudança desse vento
Também foi simbora o meu alento
Que a flor que a felicdade traz
No revés do cata vento, já não volta mais
Acabou a minha mágoa
Ninguém vai encher meus olhos dágua
Porque eu já sei sofrer em paz
Outra dor sem fim
Só vai ser pra mim
Uma dor a mais!
segunda-feira, 2 de julho de 2012
O Amor... - Cecília Meireles
Romeu e Julieta - Toquinho e Anna Setton - (Toquinho e Vinícius de Moraes)
Não te esqueças de mim, quando um dia eu me for...
Diálogo - Desconhecido
Ele então tenta penetrar seu mundo:
Quanto tempo levamos para se apaixonar por alguém?
Ela esquiva-se com sagacidade:
Quanto tempo levamos para viver uma paixão?
Ele em tom irreverente:
Só os burros respondem uma pergunta com outra pergunta!
Ela demonstra mais uma vez que é articulada, e continua na esquiva:
Isso aí é chaves! A minha foi mais legal, fiz questão de reformular para você!
Ele então respeita sua sagacidade e baixa a guarda:
Leva o tempo em que ambos estejam ciosos da mesma felicidade. Com respeito e cumplicidade... Uma vida! E não acho que seja utópico, se, os outros milhões de casais não são integros entre eles e se desrespeitam, rompem, não servem de parâmetro para mim.
Ela: Perfeito, compartilhamos da mesma opinião!
Quanto tempo levamos para se apaixonar por alguém?
Ela esquiva-se com sagacidade:
Quanto tempo levamos para viver uma paixão?
Ele em tom irreverente:
Só os burros respondem uma pergunta com outra pergunta!
Ela demonstra mais uma vez que é articulada, e continua na esquiva:
Isso aí é chaves! A minha foi mais legal, fiz questão de reformular para você!
Ele então respeita sua sagacidade e baixa a guarda:
Leva o tempo em que ambos estejam ciosos da mesma felicidade. Com respeito e cumplicidade... Uma vida! E não acho que seja utópico, se, os outros milhões de casais não são integros entre eles e se desrespeitam, rompem, não servem de parâmetro para mim.
Ela: Perfeito, compartilhamos da mesma opinião!
Blanco - Octavio Paz
Me vejo no que vejo
Como entrar por meus olhos
Em um olho mais limpido
Me olha o que eu olho
É minha criação
Isto que vejo
Perceber é conceber
Águas de pensamentos
Sou a criatura
Do que vejo.
Como entrar por meus olhos
Em um olho mais limpido
Me olha o que eu olho
É minha criação
Isto que vejo
Perceber é conceber
Águas de pensamentos
Sou a criatura
Do que vejo.
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