Do amor?
Espero que me dilacere com toda sua verdade
Que me traga a paz de sua serenidade
Espero que me enlouqueça de saudade
Que encha meus olhos com lágrimas de felicidade
Espero que venha, mesmo sentido
Meio que sem jeito...
Que eu perceba que mesmo iludido
Terei grande festa em meu peito
Por amor?
Fiz uma volta em meu caminho
Deixei pra trás os velhos vícios
Optei por um novo oficio
Não hei de andar mais sozinho
Enfrentei todo tipo de mau tempo
Das coisas que queria
Fui além do que sabia
Confrontei meus sentimentos
É amor...
Tenho medo de suas lições
Que criva o peito
De todo aquele que se entrega
Fazendo de tábula rasa o coração
Tenho passagens na memória
De dias infindos
Marcados de tristezas
De um tempo inglório
Mas trago muitas lembranças
Mosaico de fases
E a esperança
De partir ao teu lado.
Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Escultura - Nelson Gonçalves
Cansado de tanto amar
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Um mulher diferente,
De olhar e voz envolvente,
Que atingisse a perfeição.
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Um mulher diferente,
De olhar e voz envolvente,
Que atingisse a perfeição.
Comecei a esculturar
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia:
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.
Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar;
Em Du Barry o glamour
E para maior beleza
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.
E assim, de retalho em retalho
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor
E quando cheguei ao fim
Tinha diante de mim
Você, só você meu amor.
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia:
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.
Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar;
Em Du Barry o glamour
E para maior beleza
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.
E assim, de retalho em retalho
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor
E quando cheguei ao fim
Tinha diante de mim
Você, só você meu amor.
Seu Amor Ainda É Tudo - João Mineiro e Marciano
Muito prazer em revê-la, você está bonita
Muito elegante, mais jovem, tão cheia de vida
Eu ainda falo de flores e declamo seu nome
Mesmo os meus dedos me traem, discam o seu telefone
É minha cara, eu mudei, minha cara
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo
Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu
Sei não devia dizer, disse perdoa
Bem que eu queria encontrá-la e sorrir numa boa
Mas convenhamos, a vida nos faz tão pequenos
Nos preparamos pra muito e choramos por menos
É minha cara eu mudei, minha cara,
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo
Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu.
Muito elegante, mais jovem, tão cheia de vida
Eu ainda falo de flores e declamo seu nome
Mesmo os meus dedos me traem, discam o seu telefone
É minha cara, eu mudei, minha cara
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo
Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu
Sei não devia dizer, disse perdoa
Bem que eu queria encontrá-la e sorrir numa boa
Mas convenhamos, a vida nos faz tão pequenos
Nos preparamos pra muito e choramos por menos
É minha cara eu mudei, minha cara,
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo
Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Imagem - Grupo Ponto de encontro
Na vida é preciso conhecer
O interior de cada ser
Em cada semblante uma visão
retrata a verdade ou não
Então pra que condenar
Julgando a esmo sem haver razão
O coração tem várias faces:
A do amor, a do ódio, a da inveja, a do remorso
Nem sempre o sorriso que se dá
Expressa o que vem do coração
Podemos sorrir pra não chorar
Ou mesmo chorar de emoção
Por isso é preciso analisar
E se for o caso dar a mão
A face do remorso é quando a gente admite a culpa
E pensa em pedir perdão
Chega pra pedir perdão
Chora pra pedir perdão
Mas quando vai pedir perdão
O orgulho cala o coração
Na vida é preciso conhecer
O interior de cada ser
Em cada semblante uma visão
retrata a verdade ou não
Então pra que condenar
Julgando a esmo sem haver razão
A face da inveja:
É quando a gente quer ser
Sem nunca ter sido
Quer ter
Sem nunca ter tido
Mas o bom mesmo
É ser a gente mesmo
Nem sempre o sorriso que se dá
Expressa o que vem do coração
Podemos sorrir pra não chorar
Ou mesmo chorar de emoção
Por isso é preciso analisar
E se for o caso dar a mão
Antes de criticar devemos refletir
Os olhos da ilusão podem nos confundir
Injustiçando assim o ego de um irmão
Não dá pra sensurar sem ver o coração
A face do ódio é a imagem da face do amor
Mas a gente quer sempre ver na nossa frente
Um grande amor sem ódio
Um Grande amor sem dor
Na vida é preciso conhecer
O interior de cada ser
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Frase - Jorge Amado
Neste momento de música eles sentiram-se donos da cidade. E amaram-se uns aos outros, se sentiram irmãos porque eram todos eles sem carinho e sem conforto e agora tinham o carinho e conforto da música.
Poema - Domingos de Oliveira
Sou realmente fã dele... Era isso que eu queria dizer, mas os pensamentos desencontrados não me ajudaram, farei em outra ocasião!
Agora eu sei que te amo, de fato.
Mais que minhas rimas ou primas,
Ou outras que vieram depois.
Pois porque eu sou porque sois,
Além da lua, além dos sóis que vimos juntos,
Ou quaisquer outros assuntos, agora eu sei.
Eu vos amo mais do que temo a morte.
Eu reconheço a fonte dos nossos problemas:
É que antes, e cedo,
Eu fiquei com medo de te escrever
Poemas.
Agora eu sei que te amo, de fato.
Mais que minhas rimas ou primas,
Ou outras que vieram depois.
Pois porque eu sou porque sois,
Além da lua, além dos sóis que vimos juntos,
Ou quaisquer outros assuntos, agora eu sei.
Eu vos amo mais do que temo a morte.
Eu reconheço a fonte dos nossos problemas:
É que antes, e cedo,
Eu fiquei com medo de te escrever
Poemas.
domingo, 25 de setembro de 2011
Atentado - Alesandro Brito
Acabo de ler uma matéria da revista CARTA CAPITAL - Bin Laden Venceu (14-set-2011), e o que mais me chamou a atenção, foi a negligência aos avisos de perigo, desprezados pelo então presidente bush (minúsculo mesmo). Ao terminar, lobrigo minha companheira preparando algo na cozinha, que ao chegar do mercado me trouxe um embrulho do sonho de valsa (sem o chocolate é claro), escrito:
"Eu penso em você quase o tempo todo. Quase, porque quando estou com você não penso em mais nada"...
Não pude deixar de fazer um comparativo com os inúmeros avisos, que também desprezamos todos os dias, de atentado contra nossa felicidade.
Somos negligentes com relação ao tempo, sempre achamos que teremos todo o tempo do mundo para todas as coisas que planejamos ou queremos, e por assim acreditar protelamos muitos de nossos "sonhos" para o amanhã, eis aí um grande erro, infelizmente não, nós não temos todo o tempo do mundo. Temos em nosso convívio centenas de exemplos que nos mostram claramente, que o hoje é tudo o que temos, que o futuro que chega, é o presente que vai...
Absurdamente atentamos contra nossa felicidade, por mais que a granjeemos incansavelmente, descuidamos dos avisos, e muitas vezes deixamos a dor ser a sirene que nos indica que não há mais como reaver, fazendo valer o ditado: " O que não tem remédio, remediado está". Acredito que no caso americano, esse descuido tenha sido proposital, afim de manobrar as consequências do que aquele ato terrorista iria causar, mas no nosso caso, na maioria das vezes pagamos mesmo o preço do qual não imaginaríamos ser tão alto. Basta rememorar alguma passagem de nossa vida que tenhamos tido muitos avisos dos quais ignoramos e logo, tivemos que arcar com as consequências dos fatos decorridos.
Meu apelo é interior, para que eu esteja atento com tudo a minha volta, para que eu não seja negligente com aqueles que amo, que eu entenda que independente de eu acreditar em um modo de viver, o mundo não gira em torno de mim, que os sinais de carência dos que estão a minha volta sejam vistos como um pedido de compreensão e não como um ato egoísta. Atentar contra minha felicidade me iguala a um camicase qualquer. Que eu consiga também manobrar o porvir dos atos de hoje, com o êxito que os americanos não tiveram.
"Eu penso em você quase o tempo todo. Quase, porque quando estou com você não penso em mais nada"...
Não pude deixar de fazer um comparativo com os inúmeros avisos, que também desprezamos todos os dias, de atentado contra nossa felicidade.
Somos negligentes com relação ao tempo, sempre achamos que teremos todo o tempo do mundo para todas as coisas que planejamos ou queremos, e por assim acreditar protelamos muitos de nossos "sonhos" para o amanhã, eis aí um grande erro, infelizmente não, nós não temos todo o tempo do mundo. Temos em nosso convívio centenas de exemplos que nos mostram claramente, que o hoje é tudo o que temos, que o futuro que chega, é o presente que vai...
Absurdamente atentamos contra nossa felicidade, por mais que a granjeemos incansavelmente, descuidamos dos avisos, e muitas vezes deixamos a dor ser a sirene que nos indica que não há mais como reaver, fazendo valer o ditado: " O que não tem remédio, remediado está". Acredito que no caso americano, esse descuido tenha sido proposital, afim de manobrar as consequências do que aquele ato terrorista iria causar, mas no nosso caso, na maioria das vezes pagamos mesmo o preço do qual não imaginaríamos ser tão alto. Basta rememorar alguma passagem de nossa vida que tenhamos tido muitos avisos dos quais ignoramos e logo, tivemos que arcar com as consequências dos fatos decorridos.
Meu apelo é interior, para que eu esteja atento com tudo a minha volta, para que eu não seja negligente com aqueles que amo, que eu entenda que independente de eu acreditar em um modo de viver, o mundo não gira em torno de mim, que os sinais de carência dos que estão a minha volta sejam vistos como um pedido de compreensão e não como um ato egoísta. Atentar contra minha felicidade me iguala a um camicase qualquer. Que eu consiga também manobrar o porvir dos atos de hoje, com o êxito que os americanos não tiveram.
Carlos Gardel - Nelson Gonçalves
Tango, bandoneon, uma guitarra que chora
Num ritmo de amor desesperado
Um cabaré que fecha suas portas
Uma rua de amor e de pecado
Um guarda que vigia numa esquina
Um casal que anda a procura de um hotel
Um resto de melodia
Um assobio uma saudade imortal
Carlos Gardel
Carlos Gardel
Buenos Aires cantava no teu canto
Buenos Aires chorava no teu pranto
E vibrava em tua voz
Carlos Gardel
O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias
Carlos Gardel
Se cantavas a tragédia das perdidas
Compreendendo suas vidas
Perdoavas seu papel
Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaré, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel
O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias
Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaré, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel
Num ritmo de amor desesperado
Um cabaré que fecha suas portas
Uma rua de amor e de pecado
Um guarda que vigia numa esquina
Um casal que anda a procura de um hotel
Um resto de melodia
Um assobio uma saudade imortal
Carlos Gardel
Carlos Gardel
Buenos Aires cantava no teu canto
Buenos Aires chorava no teu pranto
E vibrava em tua voz
Carlos Gardel
O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias
Carlos Gardel
Se cantavas a tragédia das perdidas
Compreendendo suas vidas
Perdoavas seu papel
Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaré, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel
O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias
Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaré, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Em face do amor - Alessandro Brito
O tempo vem passando e ainda não aprendi "como amar"... Apenas sei que por sermos seres singulares amamos a singularidade de cada um, e por isso podemos amar quantas vezes quisermos, ou sei lá, quantas vezes ele nos quiser.
Já vivi paixões avassaladoras, que me consumiram, que tiraram meu sono, minha fome, que me fizeram perder o juízo... Já as classifiquei de "verdadeiro amor", e talvez em algum momento tenham sido realmente ou não, hoje não faz diferença.
O amor foi a única coisa que me fez suportar a perda do meu grande amor, irônico não? O tempo é sem dúvida a coisa mais importante na vida, nada se iguala a ele. Mas depois dele não há o que se discutir ou questionar, o amor é o que move a vida o que dá sentido a ela...
Amei uma vez, com convicção e foi uma das passagens de minha vida que levarei para sempre como uma das minhas melhores lembranças, guardarei com ternura. Amei outras tantas com paixão, não passaram de ilusões, mas valeram de experiência...
Não se pode esperar da vida mais do que se dá a ela, e aí está a diferença, o que se dá! E da somatória de uma grande amor (saudável) com inúmeras paixões, pode-se então ter serenidade de saber que caminho seguir, que equação utilizar, para que as novas vivências venham ser no mínimo diferentes, já que não se tem certezas absolutas nessa vida.
Se os caminhos que trilhei me trouxeram até aqui, e vejo que quero muito mais do que consegui, é hora de mudar o rumo, seguir em frente, mas nos braços de uma nova corrente.
Ainda espero muito dela, pois minha entrega é total, diferente das outras minha entrega é leal...
Em face do amor buscarei paciência em entendê-la, demonstrarei minha compreensão, darei minha honra em face do amor. Encontrarei novos caminhos para levá-la sempre, onde a paz estiver. Comporei uma canção, escreverei um poema que fale do nosso amor, sorrirei quando a dor vier a ser insuportável, darei de mim o que gostaria de ter, dela. E que minha tolice de viver em face do amor, seja contemplada em eu ter aquela que amo ao meu lado.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Espelho do destino - Orlando Silva
Você que sabe ser presunçosa
Ó mulher pretensiosa
Que de mim já se esqueceu
Não vê que com esse orgulho todo
Quem tirou você do lodo
Quem lhe deu a mão, fui eu.
Mas na estrada desta vida
Para toda alma perdida
O sofrer é uma lição
E é sofrendo que se aprende
E, quem tarde se arrepende
Não merece mais perdão.
Porém, a você dou um conselho
Olhe bem para esse espelho
Que o destino sempre traz
Uma folha desprendida
Do galho onde foi nascida
Não se ergue nunca mais.
Que de mim já se esqueceu
Não vê que com esse orgulho todo
Quem tirou você do lodo
Quem lhe deu a mão, fui eu.
Mas na estrada desta vida
Para toda alma perdida
O sofrer é uma lição
E é sofrendo que se aprende
E, quem tarde se arrepende
Não merece mais perdão.
Porém, a você dou um conselho
Olhe bem para esse espelho
Que o destino sempre traz
Uma folha desprendida
Do galho onde foi nascida
Não se ergue nunca mais.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Porto Solidão - Jessé
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
De versos naufragados
E sem tempo
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
De versos naufragados
E sem tempo
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais.
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
De versos naufragados
E sem tempo
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
De versos naufragados
E sem tempo
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais.
Marinheiro - Alessandro Brito
E foi esse o princípio do fim... Navegou, navegou, remou para onde avistou felicidade... e assim realizou-se o marinheiro, navegando rumo ao inatingível, desbravando o intocável, arriscando-se nos caminhos desconhecidos... Não conquistou nobre embarcação, mas correu o mundo e vislumbrou tudo quando seus olhos quiseram conquistar.
Bebeu água de todas as fontes que lhe encantaram, banhou-se em tantos lençois... Viveu para ver sol nascer e se por, eram essas as horas em que o mar virava um grande rio de água doce e cristalina, manso feito um cordeiro, o sol e a lua lhe serviam, eram seus servos... Compunha sua história, longe de toda glória.
Hoje o corpo surrado cansado de seguir contra a correnteza, procura um porto, terra firme, onde possa cuidar de suas feridas... Perdeu o rumo, não encontra norte, firme apenas, restaram as lembranças cravadas como tatuagem em sua embaraçada memória...
A vida continua seguindo o rumo da correnteza, tudo continua em seu lugar, e ao regressar as velhas paisagens pode então perceber que a única mudança que ocorreu, foi dentro dele.
Embora exausto, remar ainda é o sentido de sua vida, buscar um novo norte é o que ainda o motiva. Não brincou com a vida, viveu, vive!
O sol e a lua ainda o servem, de termômetro, lhe indicando a hora de parar e deixar o barco correr...
Não desista marinheiro, encontre o seu porto e faça dele sua eterna morada e conte dos caminhos que navegou... Tu ainda há de abrigar outros navegantes que passarão lhe pedindo pousada, que comerão de tua comida antes de seguirem viagem, que vestirão dos teus trapos para esquivar-se do sol e do frio, e que levarão para sempre a imagem do semblante do homem que amou a vida e a ela se entregou.
Bebeu água de todas as fontes que lhe encantaram, banhou-se em tantos lençois... Viveu para ver sol nascer e se por, eram essas as horas em que o mar virava um grande rio de água doce e cristalina, manso feito um cordeiro, o sol e a lua lhe serviam, eram seus servos... Compunha sua história, longe de toda glória.
Hoje o corpo surrado cansado de seguir contra a correnteza, procura um porto, terra firme, onde possa cuidar de suas feridas... Perdeu o rumo, não encontra norte, firme apenas, restaram as lembranças cravadas como tatuagem em sua embaraçada memória...
A vida continua seguindo o rumo da correnteza, tudo continua em seu lugar, e ao regressar as velhas paisagens pode então perceber que a única mudança que ocorreu, foi dentro dele.
Embora exausto, remar ainda é o sentido de sua vida, buscar um novo norte é o que ainda o motiva. Não brincou com a vida, viveu, vive!
O sol e a lua ainda o servem, de termômetro, lhe indicando a hora de parar e deixar o barco correr...
Não desista marinheiro, encontre o seu porto e faça dele sua eterna morada e conte dos caminhos que navegou... Tu ainda há de abrigar outros navegantes que passarão lhe pedindo pousada, que comerão de tua comida antes de seguirem viagem, que vestirão dos teus trapos para esquivar-se do sol e do frio, e que levarão para sempre a imagem do semblante do homem que amou a vida e a ela se entregou.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Dois idiotas - Alessandro Brito
Somos dois idiotas
Ciosos de um mesmo propósito
Orgulho, preconceito
Uma enorme vontade de amar.
Ciosos de um mesmo propósito
Orgulho, preconceito
Uma enorme vontade de amar.
O circo - Alessandro Brito
Nunca fui cumpridor de horários, regras, compromissos... Não é fácil respeitá-los levando a vida que levei, mas sei que é preciso me adaptar, pois os caminhos que me trouxeram até aqui, não são mais os caminhos que me levarão onde quero chegar....
Um dia meu pai prometeu me levar no circo, lembro-me como se fosse hoje, passei o dia inteirinho no portão de casa, mas o dia inteirinho mesmooooo... trocado, pronto para ver o palhaço. Quando ele chegou, fui ao céu, corri para um abraço e falei: Pai já estou pronto!
Ele cansado disse que não iriamos ao circo, porque ele estava cansado... Que decepção... hoje vejo que essa foi uma das primeiras experiências de decepção com o ser humano, esperei o telefone tocar, mas não aconteceu. Bem, se não liga, ligo eu, sem problemas.
Liguei, mas não obtive resposta. Em seguida recebo o retorno da ligação, o combinado estava cancelado... Que decepção! Esperei ansiosamente o fim do dia... Lembrei-me do dia do circo...
Se retornou, porque não ligou antes? Apenas por uma questão de respeito, não de satisfação, afinal do outro lado alguém havia feito uma programação... Nada como um dia após outro dia, lembro-me que achava um absurdo uma ex-namorada ficar furiosa todas as vezes que eu mudava a programação sem aviso prévio... Talvez o tamanho da preoupação em avisar o outro, seja o tamanho do querer... Não sei dizer se é válida essa conta.
Uma coisa eu sei, quando queremos algo, nós fazemos... Um dia em uma outra situação uma amiga muito amada me disse: "Ela não está aqui com você porque não quer, ela está onde ela quer estar" e se não é aqui, reavalie o quanto ela é importante, o quanto gosta de você e respeite a conclusão que chegar, confio no seu julgo!
O circo foi uma grande lição... Hoje realmente aprendi que: "Não se deve fazer ao outro o que não queremos para nós", por isso segurei a minha onda.
Um dia meu pai prometeu me levar no circo, lembro-me como se fosse hoje, passei o dia inteirinho no portão de casa, mas o dia inteirinho mesmooooo... trocado, pronto para ver o palhaço. Quando ele chegou, fui ao céu, corri para um abraço e falei: Pai já estou pronto!
Ele cansado disse que não iriamos ao circo, porque ele estava cansado... Que decepção... hoje vejo que essa foi uma das primeiras experiências de decepção com o ser humano, esperei o telefone tocar, mas não aconteceu. Bem, se não liga, ligo eu, sem problemas.
Liguei, mas não obtive resposta. Em seguida recebo o retorno da ligação, o combinado estava cancelado... Que decepção! Esperei ansiosamente o fim do dia... Lembrei-me do dia do circo...
Se retornou, porque não ligou antes? Apenas por uma questão de respeito, não de satisfação, afinal do outro lado alguém havia feito uma programação... Nada como um dia após outro dia, lembro-me que achava um absurdo uma ex-namorada ficar furiosa todas as vezes que eu mudava a programação sem aviso prévio... Talvez o tamanho da preoupação em avisar o outro, seja o tamanho do querer... Não sei dizer se é válida essa conta.
Uma coisa eu sei, quando queremos algo, nós fazemos... Um dia em uma outra situação uma amiga muito amada me disse: "Ela não está aqui com você porque não quer, ela está onde ela quer estar" e se não é aqui, reavalie o quanto ela é importante, o quanto gosta de você e respeite a conclusão que chegar, confio no seu julgo!
O circo foi uma grande lição... Hoje realmente aprendi que: "Não se deve fazer ao outro o que não queremos para nós", por isso segurei a minha onda.
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