Velho companheiro
Que saudade...
Onde está você?
Choro nesse canto a tua ausência
Teu silêncio
E a distância que se fez
Tão grande
E levou você de vez daqui...
Sabe, companheiro
Algo em mim também morreu
Desapareceu
Junto com você...
E hoje esse meu peito mutilado
Bate assim descompassado
Que saudade de você...
Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Assombração de barraco - Bezerra da Silva
Eu já ando injuriado, ô xará
Meu salário defasado,
Meu povo todo esfomeado
E ainda é intimado a votar
Vejo que essa previdência
Não tem competência pra ser social
O trabalhador adoece e morre na fila do hospital
Enquanto uma pá de aspone que dorme e come mamando na teta
E os pc's na mamata sempre fazendo mutreta
Roubando dinheiro do povo e mandando pra suíça na maior careta
...
Isso é que é covardia que me arrepia e me faz chorar
É fraude por todos os lados e ninguém consegue grampear os
Culpados
É que na realidade a impunidade tá feia demais
E uma pá de cheque-fantasma assustando o planalto central
Assombração de barraco ou ladrão de gravata e não é marginal
Meu salário defasado,
Meu povo todo esfomeado
E ainda é intimado a votar
Vejo que essa previdência
Não tem competência pra ser social
O trabalhador adoece e morre na fila do hospital
Enquanto uma pá de aspone que dorme e come mamando na teta
E os pc's na mamata sempre fazendo mutreta
Roubando dinheiro do povo e mandando pra suíça na maior careta
...
Isso é que é covardia que me arrepia e me faz chorar
É fraude por todos os lados e ninguém consegue grampear os
Culpados
É que na realidade a impunidade tá feia demais
E uma pá de cheque-fantasma assustando o planalto central
Assombração de barraco ou ladrão de gravata e não é marginal
terça-feira, 26 de abril de 2011
Jornal da Pedra - Bezerra da Silva
Olha ai dedu duro:
Disse e me disse, não se revela
Sim mais é a lei do jornal da pedra da favela
-Disse e me disse, não se revela
É a lei do jornal da pedra da favela
Está escrito assim:
-Todos tem que respeitar
Não ví, não sei, não conheço
É somente a resposta que se pode dar
Quem caguetar na favela
Já está ciente que vai dançar
Não adianta pedir segurança a ninguém
De qualquer maneira o bicho vai pegar
...
Essa lei têm artigo desonerando o defensor
Cujo o número é 00
Que doutor nenhum estudou
Ela não dá direito a perdão
Mesmo sendo primário não vai dá sorte
A sociedade apoia o delator
Na favela ele é condenado a morte
...
Disse e me disse, não se revela (-"São Bento"), é a lei do jornal da pedra da favela
-"Ai rapaziada, depois de um papo desse vacila quem quiser. É a maior deixa malandragem."
Disse e me disse, não se revela
Sim mais é a lei do jornal da pedra da favela
-Disse e me disse, não se revela
É a lei do jornal da pedra da favela
Está escrito assim:
-Todos tem que respeitar
Não ví, não sei, não conheço
É somente a resposta que se pode dar
Quem caguetar na favela
Já está ciente que vai dançar
Não adianta pedir segurança a ninguém
De qualquer maneira o bicho vai pegar
...
Essa lei têm artigo desonerando o defensor
Cujo o número é 00
Que doutor nenhum estudou
Ela não dá direito a perdão
Mesmo sendo primário não vai dá sorte
A sociedade apoia o delator
Na favela ele é condenado a morte
...
Disse e me disse, não se revela (-"São Bento"), é a lei do jornal da pedra da favela
-"Ai rapaziada, depois de um papo desse vacila quem quiser. É a maior deixa malandragem."
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Milho aos pombos - Zé Geraldo
Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí
Queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas
Mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil
O pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
O homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto
Voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
Vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo.
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos, no frio desse chão.
Queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas
Mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil
O pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
O homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto
Voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
Vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo.
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos, no frio desse chão.
sábado, 23 de abril de 2011
Pau-de-arara - Luiz Gonzaga
Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão
terça-feira, 19 de abril de 2011
04 - Peace of mind - B.B. King - Live by request
Eu tive tudo que o dinheiro pode comprar
Mas ainda sou tão infeliz, querida
Que poderia chorar
Porque nunca tive paz de espírito.
Quando você está com problemas
E tudo esta de ponta-cabeça
Então você percebe sobre o que eu estou cantando
Você percebe que a paz de espírito
É díficil de achar
Estive em todos os lugares
Vi de tudo
Mas só tenho a mim mesmo para culpar
Por não perceber
Enquanto eu voava alto
Que a alegria é algo que o dinheiro não pode comprar
As coisas que não fiz são muito poucas
Sim, tive problemas e sorte também
Mas nunca tive paz de espírito
Querida, em minha vida
Em minha vida.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Deusa do asfalto - Nelson Gonçalves
Um dia sonhei um porvir risonho
E coloquei o meu sonho
Num pedestal bem alto
Não devia e por isso me condeno
Sendo do morro e moreno
Amar a deusa do asfalto.
Um dia ela casou com alguém
Lá do asfalto também
E dizem que bem me quer
E eu triste boêmio da rua
Casei-me também com a lua
Que ainda é a minha mulher
É cantando que carrego a minha cruz
Abraçado ao amigo violão
E a noite de luar já não tem luz
Quem me abraça é a negra solidão
É, é, é, eeé cantando que afasto do coração
Esta mágoa que ficou daquele amor
Se não fosse o amigo violão
Eu morria de saudade e de dor.
Bandolins - Oswaldo Montenegro
Como fosse um par que nessa valsa triste
Se desenvolvesse ao som dos bandolins
E como não, e por que não dizer
Que o mundo respirava mais se ela apertava assim
Seu colo como se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando ao som dos bandolins
Como fosse um lar, seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite caminhava assim
E como um par, o vento e a madrugada
Iluminavam a fada do meu botequim
Valsando como valsa uma criança
Que entra na roda, a noite tá no fim
Ela valsando só na madrugada
Se julgando amada ao som dos bandolins.
Se desenvolvesse ao som dos bandolins
E como não, e por que não dizer
Que o mundo respirava mais se ela apertava assim
Seu colo como se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando ao som dos bandolins
Como fosse um lar, seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite caminhava assim
E como um par, o vento e a madrugada
Iluminavam a fada do meu botequim
Valsando como valsa uma criança
Que entra na roda, a noite tá no fim
Ela valsando só na madrugada
Se julgando amada ao som dos bandolins.
Sem Mandamentos - Oswaldo Montenegro
Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta doce
E que triunfe a força da imaginação.
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta doce
E que triunfe a força da imaginação.
La belle de jour - Alceu Valença
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Ah! La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Ah! La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
domingo, 17 de abril de 2011
Saldo positivo - Gisa Nogueira
Parte
Quem sabe encontrarás em outros braços
A paz que eu não consigo te doar
Mas leva contigo a inquietude deste abraço
E deixa ficar solto pelo espaço
O grito pelo amor que se acabou
Não há explicação nem há entendimento
Sempre foi esse meu comportamento
Reconhecer que perdi
Mas, como poeta, amo a vida e a liberdade
Pra ser franco na verdade
Foi melhor acontecer sim
No fim de tudo fica o salto positivo
Outro samba tão bonito
Como do início do amor
Quem sabe encontrarás em outros braços
A paz que eu não consigo te doar
Mas leva contigo a inquietude deste abraço
E deixa ficar solto pelo espaço
O grito pelo amor que se acabou
Não há explicação nem há entendimento
Sempre foi esse meu comportamento
Reconhecer que perdi
Mas, como poeta, amo a vida e a liberdade
Pra ser franco na verdade
Foi melhor acontecer sim
No fim de tudo fica o salto positivo
Outro samba tão bonito
Como do início do amor
A casa da saudade - Flávio José
A casa que vovô morou
O meu pai herdou
E passou pra mim
Mas para arranjar amor novo
Numa casa velha
Ai é tão ruim
Pensei em me casar com ela
Mas a casa velha
Ela não quis não
Era o que eu mais queria
Por isso doía
O meu coração
Troquei a minha casa velha
Numa casa nova
Pra casar com ela
Aí eu fiz um bom negócio
Pois ganhei de volta
O coração dela.
O meu pai herdou
E passou pra mim
Mas para arranjar amor novo
Numa casa velha
Ai é tão ruim
Pensei em me casar com ela
Mas a casa velha
Ela não quis não
Era o que eu mais queria
Por isso doía
O meu coração
Troquei a minha casa velha
Numa casa nova
Pra casar com ela
Aí eu fiz um bom negócio
Pois ganhei de volta
O coração dela.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Fita amarela - Noel Rosa
Quando eu morrer
Não quero choro, nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela
Não quero flores
Nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta
Com violão e cavaquinho
Se existe alma
Se há outra encarnação
Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão
Os inimigos
Que hoje falam mal de mim
Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
Não quero choro, nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela
Não quero flores
Nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta
Com violão e cavaquinho
Se existe alma
Se há outra encarnação
Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão
Os inimigos
Que hoje falam mal de mim
Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
CULTNE - Velha Guarda da Portela
Se por essas e outras sou saudosista... soh falar onde meto o dedão pra assinar!
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Frase - Nelson Rodrigues
Não damos importância ao beijo na boca. E, no entanto, o verdadeiro defloramento é o primeiro beijo na boca. A verdadeira posse é o beijo na boca, e repito: - é o beijo na boca que faz do casal o ser único, definitivo. Tudo mais é tão secundário, tão frágil, tão irreal.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Sê - Pablo Neruda
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Se um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Se um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Trindade - Paulo Cesar Pinheiro
Eu queria me olhar nos olhos simples e duro
Sem que me tivesse que olhar em espelhos
Como se olhasse normalmente nos olhos de outra pessoa
Por que eu só a única outra pessoa que não pode me olhar nos olhos
Como se olhasse uma pedra ou metal
Mais q pode olhar uma pedra ou um metal
E se isso não lhe parecesse bastante anormal
A minha única outra pessoa poderia me olhar nos olhos se olhasse uma pedra ou um metal
Eu queria me dizer coisas simples e duro
Sem que me tivesse que falar em voz alta
Como se falasse normalmente para outra pessoa
Por que eu só a única outra pessoa que nada pode escutar de mim
Como se escutasse a mim ou a Deus
Mais que pode escuta a mim ou a Deus
E se isso não lhe soasse bastante transcendental
A minha única outra pessoa
Poderia mi escutar se escutasse em mim a mim ou a deus
E assim sucessiva me ouvindo e olhando
A minha única outra pessoa
Seria minha única única pessoa.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Lenha Na Fogueira - Cristina Buarque
Apesar de te amar como és
Eu jamais cairei a teus pés
Pois no amor tem que haver compreensão dos dois
Pra não sofrer depois decepções cruéis
Todo abismo de amor nasce igual
O egoísmo é o primeiro degrau
Quem espera do amor mais do que ele tem
Acaba sem ninguém na direção do mal
Aprendi que o amor é desde o início
Mais renúncia e sacrifício
Que prazeres pra quem ama
Mas sendo o amor também essa fogueira
Quem põe lenha a vida inteira
Nunca mais apaga a chama.
Eu jamais cairei a teus pés
Pois no amor tem que haver compreensão dos dois
Pra não sofrer depois decepções cruéis
Todo abismo de amor nasce igual
O egoísmo é o primeiro degrau
Quem espera do amor mais do que ele tem
Acaba sem ninguém na direção do mal
Aprendi que o amor é desde o início
Mais renúncia e sacrifício
Que prazeres pra quem ama
Mas sendo o amor também essa fogueira
Quem põe lenha a vida inteira
Nunca mais apaga a chama.
LOUCA NO MTV NA RUA
Isto foi incrível! Plim plim plim plim...
No site da uol, charges tem a explicação de tudo que ela falou, simplesmente sensacionallllll...
E como sempre, o melhor são os comentários, principalmente dos lesadaços apoiando e aceitando a explicação... Como as pessoas são surpreendentes... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (chorei)
Para ler o texto seria necessário baixar o arquivo, mas pra facilitar postei como comentário!
Site: http://charges.uol.com.br/emails-comentados/2009/11/10/ainda-aton
No site da uol, charges tem a explicação de tudo que ela falou, simplesmente sensacionallllll...
E como sempre, o melhor são os comentários, principalmente dos lesadaços apoiando e aceitando a explicação... Como as pessoas são surpreendentes... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (chorei)
Para ler o texto seria necessário baixar o arquivo, mas pra facilitar postei como comentário!
Site: http://charges.uol.com.br/emails-comentados/2009/11/10/ainda-aton
Nordeste independete - Bráulio Tavares/ Ivanildo Vilanova
Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Fui feliz - Alessandro Brito
Quando eu partir, para aqueles que a mim se dedicaram, não há necessidade de tristeza, guardem seus prantos para as maldades que o mundo ainda lhes reserva, acreditem, fui feliz!
Cometi todos os erros que minha inexperiência permitiu... Parti quando deveria ficar, fiquei quando deveria parti, me comovi quando deveria negar meu perdão, sorri sem saber que logo iria chorar, acreditei quando deveria ignorar, abracei quando deveria castigar, gritei quando deveria ter calado, amei quando deveria ter desgostado... Não tenho muita culpa em cartório, meus erros me trouxeram poucas dores, tanto que nem posso considerá-los ruins pois me ensinaram muitas lições, acredite fui feliz!
Não sei quanto tempo ainda tenho, mas o muito ou pouco que restar, lhes falarei de coisas boas e compartilharei minha felicidade, minha vivência...
As vezes que amei, fui intenso, destemido... lancei-me diversas vezes no fogo da paixão, e das cicatrizes fiz um mapa que levou-me a um encontro intrínseco, atingi algo perto de um nirvana emocional.
O dinheiro me abriu portas que se fecharam assim que ele foi embora, entendi que de nada valia entrar sabendo que cedo ou tarde seria expulso, preferi a simplicidade das casas abandonadas, e foi nos corações mais solitários que encontrei o amor, nas mentes mais humildes que encontrei sabedoria e palavras de consolo, nos lares mais destruídos que encontrei a sinceridade, nos momentos mais difíceis que encontrei a verdade, fui feliz!
Agradeço aos amigos leais, vocês que me ensinaram sobre essa tal "lealdade".
Nos anos que passei na escola não consigo recordar- me de nenhum professor ter- me ensinado a respeito dela (talvez minha memória me traia) mas vocês meus amigos me ensinaram.
É para vocês que rabisco. Para demonstrar minha gratidão. Por isso não quero vê-los chorar quando eu partir, se talvez quando eu estiver partindo eu tenha a possibilidade de vê-los, ficarei arrasado em ver que estão tristes, e pior, que a culpa é minha por ter partido. Por favor nobres amigos não façam isso comigo, não nessa hora onde nada poderei fazer, apenas acreditem, fui feliz!
Me recusei a aprender o significado da palavra "pudor", achei que não combinava com meu estilo!
O meu sorriso jamais escondeu uma falsa alegria, se um dia lhes ofertei, foi porque me fizestes feliz, e sorrir foi a forma que encontrei de recompensá-los.
Quando chorei, fui verdadeiro, te lembras quantas vezes me vistes chorar? Não deixastes que meu pranto rolasse, por isso minha vida foi digna, consegui ser fiel as minhas ideologias, fui um homem bem sucedido, realizado, pois concluí meus projetos de vida, embora nada ortodoxo para o nosso tempo! Mas consegui porque estavam do meu lado, eu precisa de apoio para seguir...
Se bati perna no mundo e desbravei o desconhecido, foi porque queria lhes dizer que existia um mundo lá fora, muito além daquele do qual eu via vocês atolados, sendo utilizados como peça dessa grande engrenagem da qual tornam todos ciosos do mesmo ideal, que até hoje provavelmente não sabem qual é... Queria lhes dar o meu modo de ver a felicidade,e para isso tive que ser exemplo, acreditem fui feliz!
O tempo , esse sacana, dono de toda sabedoria e detentor de todas as respostas fez um jogo e me lançou como peão em um tabuleiro composto de incertezas e probabilidades, me deu plenos poderes e autonomia para jogar. Mesmo sem saber onde estou indo, sigo meu caminho...!
Quando a morte vier me buscar, espero que ela esteja deslumbrante, quero uma grande festa de despedida, nada de choros ou lamentos, que vocês possam ter crises de risos lembrando dos perrengues que juntos passamos ou dos relatos da minha odisseia que sempre fiz questão de contar de boca cheia, não há motivo para tristezas, acreditem, fui feliz.
Amo vocês!
P.S.: Estou elaborando uma playlist para o dia do juízo final, mas não se preocupem, pretendo levar algumas décadas para finaliza-la.
Carinhoso - Pixinguinha
Lamentos - Pixinguinha
Benzinho - Jacob Bandolim
Vibrações - Jacob Bandolim
Dúvida - Augusto Calheiros
Fascinação - Carlos Galhardo
Na batucada da vida - Elis Regina
Na Baixa do Sapateiro - Dorival Caymmi
João Valentão - Dorival Caymmi
Saudades da Bahia - Dorival Caymmi
Sinto-me bem - Nelson gonçalves
Carlso Gardel - Nelson Gonçalves
Último desejo - Nelson Gonçalves
Pra machucar meu coração - Gal Costa
Três apitos - Maria Bethânia
Rapaziada do Brás - Jair Rodrigues
Loucura - Lupcínio Rodrigues
Preciso me encontrar - Cartola
Apoteose ao samba - João Nogueira
Dia seguinte - Beth Carvalho
Demônios da Garoa - Poeta e Cantor
The impossible Dream - Elvis Presley
Nuit D´alger - Joséphine Baker
Ne me quitte pas - Jacques Brel
Padam padam- Edith Piaf
Non, je ne regrette rien - Edith Piaf
Don´t let me be misunderstood - Nina Simone
Por una cabeza - Carlos Gardel
A mi manera - Gipsy Kings
Cometi todos os erros que minha inexperiência permitiu... Parti quando deveria ficar, fiquei quando deveria parti, me comovi quando deveria negar meu perdão, sorri sem saber que logo iria chorar, acreditei quando deveria ignorar, abracei quando deveria castigar, gritei quando deveria ter calado, amei quando deveria ter desgostado... Não tenho muita culpa em cartório, meus erros me trouxeram poucas dores, tanto que nem posso considerá-los ruins pois me ensinaram muitas lições, acredite fui feliz!
Não sei quanto tempo ainda tenho, mas o muito ou pouco que restar, lhes falarei de coisas boas e compartilharei minha felicidade, minha vivência...
As vezes que amei, fui intenso, destemido... lancei-me diversas vezes no fogo da paixão, e das cicatrizes fiz um mapa que levou-me a um encontro intrínseco, atingi algo perto de um nirvana emocional.
O dinheiro me abriu portas que se fecharam assim que ele foi embora, entendi que de nada valia entrar sabendo que cedo ou tarde seria expulso, preferi a simplicidade das casas abandonadas, e foi nos corações mais solitários que encontrei o amor, nas mentes mais humildes que encontrei sabedoria e palavras de consolo, nos lares mais destruídos que encontrei a sinceridade, nos momentos mais difíceis que encontrei a verdade, fui feliz!
Agradeço aos amigos leais, vocês que me ensinaram sobre essa tal "lealdade".
Nos anos que passei na escola não consigo recordar- me de nenhum professor ter- me ensinado a respeito dela (talvez minha memória me traia) mas vocês meus amigos me ensinaram.
É para vocês que rabisco. Para demonstrar minha gratidão. Por isso não quero vê-los chorar quando eu partir, se talvez quando eu estiver partindo eu tenha a possibilidade de vê-los, ficarei arrasado em ver que estão tristes, e pior, que a culpa é minha por ter partido. Por favor nobres amigos não façam isso comigo, não nessa hora onde nada poderei fazer, apenas acreditem, fui feliz!
Me recusei a aprender o significado da palavra "pudor", achei que não combinava com meu estilo!
O meu sorriso jamais escondeu uma falsa alegria, se um dia lhes ofertei, foi porque me fizestes feliz, e sorrir foi a forma que encontrei de recompensá-los.
Quando chorei, fui verdadeiro, te lembras quantas vezes me vistes chorar? Não deixastes que meu pranto rolasse, por isso minha vida foi digna, consegui ser fiel as minhas ideologias, fui um homem bem sucedido, realizado, pois concluí meus projetos de vida, embora nada ortodoxo para o nosso tempo! Mas consegui porque estavam do meu lado, eu precisa de apoio para seguir...
Se bati perna no mundo e desbravei o desconhecido, foi porque queria lhes dizer que existia um mundo lá fora, muito além daquele do qual eu via vocês atolados, sendo utilizados como peça dessa grande engrenagem da qual tornam todos ciosos do mesmo ideal, que até hoje provavelmente não sabem qual é... Queria lhes dar o meu modo de ver a felicidade,e para isso tive que ser exemplo, acreditem fui feliz!
O tempo , esse sacana, dono de toda sabedoria e detentor de todas as respostas fez um jogo e me lançou como peão em um tabuleiro composto de incertezas e probabilidades, me deu plenos poderes e autonomia para jogar. Mesmo sem saber onde estou indo, sigo meu caminho...!
Quando a morte vier me buscar, espero que ela esteja deslumbrante, quero uma grande festa de despedida, nada de choros ou lamentos, que vocês possam ter crises de risos lembrando dos perrengues que juntos passamos ou dos relatos da minha odisseia que sempre fiz questão de contar de boca cheia, não há motivo para tristezas, acreditem, fui feliz.
Amo vocês!
P.S.: Estou elaborando uma playlist para o dia do juízo final, mas não se preocupem, pretendo levar algumas décadas para finaliza-la.
Carinhoso - Pixinguinha
Lamentos - Pixinguinha
Benzinho - Jacob Bandolim
Vibrações - Jacob Bandolim
Dúvida - Augusto Calheiros
Fascinação - Carlos Galhardo
Na batucada da vida - Elis Regina
Na Baixa do Sapateiro - Dorival Caymmi
João Valentão - Dorival Caymmi
Saudades da Bahia - Dorival Caymmi
Sinto-me bem - Nelson gonçalves
Carlso Gardel - Nelson Gonçalves
Último desejo - Nelson Gonçalves
Pra machucar meu coração - Gal Costa
Três apitos - Maria Bethânia
Rapaziada do Brás - Jair Rodrigues
Loucura - Lupcínio Rodrigues
Preciso me encontrar - Cartola
Apoteose ao samba - João Nogueira
Dia seguinte - Beth Carvalho
Demônios da Garoa - Poeta e Cantor
The impossible Dream - Elvis Presley
Nuit D´alger - Joséphine Baker
Ne me quitte pas - Jacques Brel
Padam padam- Edith Piaf
Non, je ne regrette rien - Edith Piaf
Don´t let me be misunderstood - Nina Simone
Por una cabeza - Carlos Gardel
A mi manera - Gipsy Kings
Sandrinho.
sábado, 9 de abril de 2011
Entrevista Nelson Rodrigues - Dom Hélder Câmara
Na década de 1970, Nelson Rodrigues criou uma série de entrevistas imaginárias e provocativas, diga-se de passagem para criticar aqueles de quem discordava ideologicamente...
Parte I
“Ele continuava: -- ‘O Alceu acha graça na vida eterna. A vida eterna nunca encheu a barriga de ninguém’. D. Hélder falava e eu ia taquigrafando tudo. Aquele que estava diante de mim nada tinha a ver com o suave, o melífluo, o pastoral d. Hélder da vida real. E disse mais: -- ‘Vocês falam de santos, de anjos, de profetas, e outros bichos. Mas vem cá. E a fome do Nordeste: Vamos ao concreto. E a fome do Nordeste?’.
“Não me ocorreu nenhum outro comentário senão este: -- ‘A fome do Nordeste é a fome do Nordeste’. D. Hélder estende a mão: -- ‘Dá um dos teus mata-ratos’. Acendi-lhe o cigarro. ‘Diz cá uma coisa, meu bom Nelson. Você já viu um santo, uma santa? Por exemplo: -- Joana D’arc. Já viu a nossa querida Joana D’arc baixar no Nordeste e dar uma bolacha a uma criança? As crianças lá morrem como ratas. E o que é que esse tal de são Francisco de Assis fez pelo Nordeste? Conversa, conversa!’
Parte II
Agora era a vez da estagiária do Jornal do Brasil. Eis a pergunta: – “O que é que o senhor acha do amor?”. D. Hélder fez um risonho escândalo. Diz: – “Oh, oh!”. E responde com outra pergunta: – “Que idade você tem?”. Resposta: – “Dezenove”. D. Hélder ralhou, alegremente: – “E como é que você, aos dezenove anos, fale em amor? O que é o amor? Isso não existe, nunca existiu. O amor é a doença do sexo”. Estaca ao som da própria frase. Diz: – “Acho que fui feliz”. E repete: – “O amor é a doença do sexo”. Estimulado pela frase, foi adiante: – “O amor tem que ser exterminado. Nunca a morbidez é do sexo, sempre do amor. O sexo é de uma pureza, de uma inocência, de uma saúde totais. Vejam a lição dos vira-latas e dos gatos vadios. Olhem a praça da República. Não se conhece um Werther entre os gatos do Campo de Santana. Jamais um vira-lata matou, ou se matou, ou deu manchete na Luta ou no Dia. Precisamos matar o amor” .
Era o fim. A aragem fina desfez a imprensa imaginária. O Justino Martins tornou-se diáfano, o Cláudio Mello e Souza, incorpóreo, a estagiária, alada. Paletós, camisas, gravatas e sapatos, tudo se volatilizou. E, por muito tempo, o terreno baldio ficou ressoante da sábia frase: – “O amor é a doença do sexo”.
Parte I
“Ele continuava: -- ‘O Alceu acha graça na vida eterna. A vida eterna nunca encheu a barriga de ninguém’. D. Hélder falava e eu ia taquigrafando tudo. Aquele que estava diante de mim nada tinha a ver com o suave, o melífluo, o pastoral d. Hélder da vida real. E disse mais: -- ‘Vocês falam de santos, de anjos, de profetas, e outros bichos. Mas vem cá. E a fome do Nordeste: Vamos ao concreto. E a fome do Nordeste?’.
“Não me ocorreu nenhum outro comentário senão este: -- ‘A fome do Nordeste é a fome do Nordeste’. D. Hélder estende a mão: -- ‘Dá um dos teus mata-ratos’. Acendi-lhe o cigarro. ‘Diz cá uma coisa, meu bom Nelson. Você já viu um santo, uma santa? Por exemplo: -- Joana D’arc. Já viu a nossa querida Joana D’arc baixar no Nordeste e dar uma bolacha a uma criança? As crianças lá morrem como ratas. E o que é que esse tal de são Francisco de Assis fez pelo Nordeste? Conversa, conversa!’
Parte II
Agora era a vez da estagiária do Jornal do Brasil. Eis a pergunta: – “O que é que o senhor acha do amor?”. D. Hélder fez um risonho escândalo. Diz: – “Oh, oh!”. E responde com outra pergunta: – “Que idade você tem?”. Resposta: – “Dezenove”. D. Hélder ralhou, alegremente: – “E como é que você, aos dezenove anos, fale em amor? O que é o amor? Isso não existe, nunca existiu. O amor é a doença do sexo”. Estaca ao som da própria frase. Diz: – “Acho que fui feliz”. E repete: – “O amor é a doença do sexo”. Estimulado pela frase, foi adiante: – “O amor tem que ser exterminado. Nunca a morbidez é do sexo, sempre do amor. O sexo é de uma pureza, de uma inocência, de uma saúde totais. Vejam a lição dos vira-latas e dos gatos vadios. Olhem a praça da República. Não se conhece um Werther entre os gatos do Campo de Santana. Jamais um vira-lata matou, ou se matou, ou deu manchete na Luta ou no Dia. Precisamos matar o amor” .
Era o fim. A aragem fina desfez a imprensa imaginária. O Justino Martins tornou-se diáfano, o Cláudio Mello e Souza, incorpóreo, a estagiária, alada. Paletós, camisas, gravatas e sapatos, tudo se volatilizou. E, por muito tempo, o terreno baldio ficou ressoante da sábia frase: – “O amor é a doença do sexo”.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Película - Uma avenida chamada brasil (1989)
Aproveitando "o regime democrático" por ora vigente no país, saímos com nossa câmara/som para constatar as condições de vida dos habitantes das periferias da Av. Brasil. Qual a nossa surpresa ao perceber que nada mudou e que até piorou nestes últimos 24 anos, ao mesmo tempo que percebemos uma maior consciência da parte das pessoas filmadas na utilização desse meio de comunicação para denunciar as diversas aflições que cercam suas vidas.
Constatamos que não se pode construir nada com cacos de gente, sobreviventes desse capitalismo selvagem, onde se trava, no contorno dessa Avenida, uma verdadeira guerra civil.
Em países ditos "avançados", são levados a sério os investimentos na educação, na saúde, na cultura, no direito ao trabalho, etc, ' que são, na verdade, as mínimas e básicas condições para a criação de um país moderno. Sem esses investimentos, maciços, competentes e com continuidade, na formação de uma nova cidadania, aberta, verdadeiramente democrática, informada e até mesmo internacionalista, não poderá haver jamais um projeto nacional.
A quantidade de crianças sem perspectivas, perambulando nos becos das 30 favelas que cercam a Av. Brasil, representa bem o caos em que se encontra a nação brasileira.
O "ganho" do assalto é maior e mais fácil que a possibilidade do trabalho; o exemplo dos pais, trabalhadores que vivem nas favelas com salários que mal dão para o sustento de suas famílias, é, a meu ver, o maior desincentivo para que essas crianças procurem algo mais sério que a profissão "de vapor ou pivete",
As associações de moradores, muitas delas anteriores ao Governo Militar, são a única possibilidade de redenção; cortejadas pelos políticos em época de eleição e logo depois esquecidas, seus dirigentes ralam nos corredores oficiais em busca de água, esgoto, saneamento básico, postos de saúde, creches, lazer cultural, escolas etc. Muitas vezes tendo que pedir "por favor" o que é seu de direito como cidadão. Pedem e conseguem as migalhas ...
Em política, não existe espaço vazio. O Estado se omite deixando as comunidades entregues à própria sorte. Surgem então as lideranças da bocas-de-fumo, que movimentam vários milhões de cruzados e praticam junto às comunidades uma política "assistencialista" e promovem, à base de homens armados, a segurança de seus habitantes. E são por eles respeitados como os "de frente". E o povo sabe que, sem eles, é o caos: são os roubos, as brigas, os estupros, a insegurança generalizada. Apesar do trabalho de alguns bons policiais, é impossível deter essa onda de marginalidade enquanto não se prenderem os grandes fornecedores da droga. Quando se fala em cocaína se fala em grande capital, em fronteiras, em aviões, em laboratórios etc... Não se pode crer que traficantes de favela (cuja média de vida é de 23 anos - se sobrevivem é porque estão presos; muitas vezes nascidos e criados na própria comunidade; que não podem nem botar o pé no asfalto) ganhem grana
suficiente para investir nesse fabuloso negócio.
Enquanto os grandes não caírem, os peixes pequenos não podem servir para que algumas instituições "mostrem serviço" a essa sociedade cada vez mais horrorizada com a violência crescente.
A Avenida Brasil é um passeio no caos, "a descida aos infernos" - tudo pode acontecer num piscar de olhos. De repente.
A estatística de mortes por acidentes automobilísticos é incrivelmente maior do que a das mortes que acontecem por assaltos, troca de tiros, overdose, etc.
A Avenida Brasil é praticamente a única via de acesso à Cidade do Rio de Janeiro. Por lá, passa de tudo e, principalmente, a riqueza. E essa é, ao meu ver, a grande metáfora do Pais.
A riqueza que passa e, em consequência, é o alto preço de sua população. A partir de um enfoque jornalístico, o documentário registra o cotidiano da mais importante via de acesso da Cidade.
A Avenida Brasil é o palco de muitas histórias, de muitos personagens anônimos. como os cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, o peregrino que sobe de joelhos as escadarias da Igreja da Penha, os pesquisadores da Universidade do Fundão, os trabalhadores nas fábricas. Cenário real onde as ações transcorrem paralelas e, ao mesmo tempo, sincrônicas, na Avenida Brasil tudo acontece. Acidentes de tráfego, assaltos a banco, engarrafamentos ou um animado jogo de futebol de domingo num terreno baldio. (Octávio Bezerra)
Fonte: Revista Cinemin (n 50, Janeiro de 1989, Ed. Ebal)
Constatamos que não se pode construir nada com cacos de gente, sobreviventes desse capitalismo selvagem, onde se trava, no contorno dessa Avenida, uma verdadeira guerra civil.
Em países ditos "avançados", são levados a sério os investimentos na educação, na saúde, na cultura, no direito ao trabalho, etc, ' que são, na verdade, as mínimas e básicas condições para a criação de um país moderno. Sem esses investimentos, maciços, competentes e com continuidade, na formação de uma nova cidadania, aberta, verdadeiramente democrática, informada e até mesmo internacionalista, não poderá haver jamais um projeto nacional.
A quantidade de crianças sem perspectivas, perambulando nos becos das 30 favelas que cercam a Av. Brasil, representa bem o caos em que se encontra a nação brasileira.
O "ganho" do assalto é maior e mais fácil que a possibilidade do trabalho; o exemplo dos pais, trabalhadores que vivem nas favelas com salários que mal dão para o sustento de suas famílias, é, a meu ver, o maior desincentivo para que essas crianças procurem algo mais sério que a profissão "de vapor ou pivete",
As associações de moradores, muitas delas anteriores ao Governo Militar, são a única possibilidade de redenção; cortejadas pelos políticos em época de eleição e logo depois esquecidas, seus dirigentes ralam nos corredores oficiais em busca de água, esgoto, saneamento básico, postos de saúde, creches, lazer cultural, escolas etc. Muitas vezes tendo que pedir "por favor" o que é seu de direito como cidadão. Pedem e conseguem as migalhas ...
Em política, não existe espaço vazio. O Estado se omite deixando as comunidades entregues à própria sorte. Surgem então as lideranças da bocas-de-fumo, que movimentam vários milhões de cruzados e praticam junto às comunidades uma política "assistencialista" e promovem, à base de homens armados, a segurança de seus habitantes. E são por eles respeitados como os "de frente". E o povo sabe que, sem eles, é o caos: são os roubos, as brigas, os estupros, a insegurança generalizada. Apesar do trabalho de alguns bons policiais, é impossível deter essa onda de marginalidade enquanto não se prenderem os grandes fornecedores da droga. Quando se fala em cocaína se fala em grande capital, em fronteiras, em aviões, em laboratórios etc... Não se pode crer que traficantes de favela (cuja média de vida é de 23 anos - se sobrevivem é porque estão presos; muitas vezes nascidos e criados na própria comunidade; que não podem nem botar o pé no asfalto) ganhem grana
suficiente para investir nesse fabuloso negócio.
Enquanto os grandes não caírem, os peixes pequenos não podem servir para que algumas instituições "mostrem serviço" a essa sociedade cada vez mais horrorizada com a violência crescente.
A Avenida Brasil é um passeio no caos, "a descida aos infernos" - tudo pode acontecer num piscar de olhos. De repente.
A estatística de mortes por acidentes automobilísticos é incrivelmente maior do que a das mortes que acontecem por assaltos, troca de tiros, overdose, etc.
A Avenida Brasil é praticamente a única via de acesso à Cidade do Rio de Janeiro. Por lá, passa de tudo e, principalmente, a riqueza. E essa é, ao meu ver, a grande metáfora do Pais.
A riqueza que passa e, em consequência, é o alto preço de sua população. A partir de um enfoque jornalístico, o documentário registra o cotidiano da mais importante via de acesso da Cidade.
A Avenida Brasil é o palco de muitas histórias, de muitos personagens anônimos. como os cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, o peregrino que sobe de joelhos as escadarias da Igreja da Penha, os pesquisadores da Universidade do Fundão, os trabalhadores nas fábricas. Cenário real onde as ações transcorrem paralelas e, ao mesmo tempo, sincrônicas, na Avenida Brasil tudo acontece. Acidentes de tráfego, assaltos a banco, engarrafamentos ou um animado jogo de futebol de domingo num terreno baldio. (Octávio Bezerra)
Fonte: Revista Cinemin (n 50, Janeiro de 1989, Ed. Ebal)
Frase - Alessandro Brito
"Apenas consigo respeitar que para suas fraquezas existe um Deus, para seus erros existe o perdão, para sua falta de dignidade e sua hipocrisia existe a fé, e que para o julgo de todas juntas existe sua consciência, isso me tranquiliza".
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Sol Vermelho - Amado Batista
Além do horizonte azul
Existe um outro horizonte
Que algo ainda mais além
Que os meus olhos não verem
Eu fico olhando o pôr-do-sol
Que aumenta mais minha vontade
De regressar a minha terra
E nunca mais sentir saudade
Eu sei que o sol vermelho vem
Trazer pra mim algum recado
Das coisas que eu deixei ficar
Adormecidas do passado
Olhando o sol vermelho lembro
Das tardes tristes que passei
Mas mesmo assim me dá saudade
Dos amigos que deixei
Sol vermelho, tchuru
Sol vermelho, tchuru
Sol vermelho
terça-feira, 5 de abril de 2011
É por aqui - Walter rosa
Me deixe com a minha dor
Não adianta se compadecer de mim
O mesmo passa com uma flor
Quando ela chegar ao fim
Ora me deixe
Me deixe...
O destino quando diz é por aqui
Seja branco ou de cor
Pobre ou rico
Eis aí o exemplo mostrando a razão
Você partiu e eu fiquei
Se alguém perguntar se eu chorei
Alheio à minha vontade
Respondo que não
Não sei
Não adianta se compadecer de mim
O mesmo passa com uma flor
Quando ela chegar ao fim
Ora me deixe
Me deixe...
O destino quando diz é por aqui
Seja branco ou de cor
Pobre ou rico
Eis aí o exemplo mostrando a razão
Você partiu e eu fiquei
Se alguém perguntar se eu chorei
Alheio à minha vontade
Respondo que não
Não sei
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Frase - Alessandro Brito
Se minha sinceridade te ofende, pare em frente ao espelho e peça desculpas.
sábado, 2 de abril de 2011
El baile de la gambeta - Riquelme
El padre de la pelota...
El Baile de La Gambeta
Bersuit Vergarabat
Por eso ahora vamo´ a bailar,
Para cambiar esta suerte.
Si sabemos gambetear
Para ahuyentar la muerte.
Vamo´ a bailar,
Para cambiar esta suerte.
Si sabemos gambetear
Para ahuyentar la muerte.
Y por que si,
Porque sobran las bolas,
De matarla con el pecho
Y no tirarla afuera.
Para jugar
De local en cualquier cancha,
Aunque pongo el corazón
Y vo´ ponés la plancha.
El Baile de La Gambeta
Bersuit Vergarabat
Por eso ahora vamo´ a bailar,
Para cambiar esta suerte.
Si sabemos gambetear
Para ahuyentar la muerte.
Vamo´ a bailar,
Para cambiar esta suerte.
Si sabemos gambetear
Para ahuyentar la muerte.
Y por que si,
Porque sobran las bolas,
De matarla con el pecho
Y no tirarla afuera.
Para jugar
De local en cualquier cancha,
Aunque pongo el corazón
Y vo´ ponés la plancha.
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