quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Passos Desvairados - Alessandro Brito

Eu vivo a busca infinita, sou dor sem cura! Desfruto de todos os sentimentos... Amor e dor, alegria e tristeza, riso e choro, esperança e desilusão, vida e morte... Orpheu em minha alma habita! Meus gritos são silenciosos como também são meus carinhos, a parte de mim que é desejo desperta nas horas em que mais fraquejo! A parte de mim que é dor se tornou meu trabalho, nela labuto todos os dias com a ilusão de lapida- lá. O meu instrumento de trabalho é amor. De minha alma sai um canto desafinado que entorpece a quem escuta, minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduz querendo voltar...

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