Eu nunca temi a morte, nada mais natural pra quem sobreviveu ao lado dela, desde sempre. E provavelmente por não temê-la, sempre (mesmo de forma inconsciente ou inconsequente) vivi intensamente.
Às vezes me sinto um personagem de Macondo, vivendo meus anos de pura solidão (muito embora, por vezes, em meio a multidão). E mesmo nesses momentos não alivio na intensidade, eu sinto, mas sinto a ponto de deixar-me estremecer a carne. O coração cada vez mais vulnerável, quanto mais envelheço mas sinto-me tomado pela vulnerabilidade de sentir, segue implacavelmente batendo e apanhando.
E nesse movimento de sentir desvairadamente me percebo sempre numa busca, que parece infinda, de ter uma companheira (já me debrucei tantas vezes a respeito desse tema). Me permito muito, me apaixono raramente. Acredito que são nessas raras vezes que sinto o pulsar da vida rasgar minhas artérias e meu corpo planar, desconsiderando totalmente as leis da física.
Nessas raras vezes em que me apaixono, arrisco, me jogo no precipício e voo em queda livre. E esse é o adjetivo perfeito: "livre". Liberdade das amarras sociais, que nos moldam e nos encabrestam, liberdade para escolher, mesmo sem garantia de êxito. Liberdade para ser e sentir.
Toda ação tem uma reação, tenho me machucado nesses últimos anos. As marcas e feridas são inevitáveis, mas a sede de viver é muito maior. Quanto vale ser quem você é e viver como você vive? Ainda tenho conseguido pagar o preço de ter coragem e me permito apenas ser quem quero ser (antes de tudo um forte).
A vida, pra mim, se resume em: Morrer (um dia desses qualquer); fazer escolhas (o resto são apenas consequências) e afetos. O resto é banalidade.
Do que vi e vivi, trago a certeza que essas passagens são invioláveis. Quando me deparo com tempos difíceis de tristezas, amarguras e desilusões (como a gente ilude e se desilude, não!? Tudo tão fugaz) procuro na memória essas gavetas de lembranças, revisito-as e é como se fosse um novo sopro de vida emergindo dentro de mim. As lembranças de momentos felizes me fazem crer que a felicidade é infatigável. Mesmo quando centelha, mesmo quando não passa de pequenos momentos, ela é capaz de mudar todo o cenário, para sempre, até mesmo quando o "para sempre" se perde nas atitudes.
Me abasteço com essas vivências rememoradas, olho pra frente e marcho. Não evita meu sofrimento e não alivia a dor das desventuras, mas tem sido suficiente para que eu posso recomeçar.
Às vezes me sinto um personagem de Macondo, vivendo meus anos de pura solidão (muito embora, por vezes, em meio a multidão). E mesmo nesses momentos não alivio na intensidade, eu sinto, mas sinto a ponto de deixar-me estremecer a carne. O coração cada vez mais vulnerável, quanto mais envelheço mas sinto-me tomado pela vulnerabilidade de sentir, segue implacavelmente batendo e apanhando.
E nesse movimento de sentir desvairadamente me percebo sempre numa busca, que parece infinda, de ter uma companheira (já me debrucei tantas vezes a respeito desse tema). Me permito muito, me apaixono raramente. Acredito que são nessas raras vezes que sinto o pulsar da vida rasgar minhas artérias e meu corpo planar, desconsiderando totalmente as leis da física.
Nessas raras vezes em que me apaixono, arrisco, me jogo no precipício e voo em queda livre. E esse é o adjetivo perfeito: "livre". Liberdade das amarras sociais, que nos moldam e nos encabrestam, liberdade para escolher, mesmo sem garantia de êxito. Liberdade para ser e sentir.
Toda ação tem uma reação, tenho me machucado nesses últimos anos. As marcas e feridas são inevitáveis, mas a sede de viver é muito maior. Quanto vale ser quem você é e viver como você vive? Ainda tenho conseguido pagar o preço de ter coragem e me permito apenas ser quem quero ser (antes de tudo um forte).
A vida, pra mim, se resume em: Morrer (um dia desses qualquer); fazer escolhas (o resto são apenas consequências) e afetos. O resto é banalidade.
Do que vi e vivi, trago a certeza que essas passagens são invioláveis. Quando me deparo com tempos difíceis de tristezas, amarguras e desilusões (como a gente ilude e se desilude, não!? Tudo tão fugaz) procuro na memória essas gavetas de lembranças, revisito-as e é como se fosse um novo sopro de vida emergindo dentro de mim. As lembranças de momentos felizes me fazem crer que a felicidade é infatigável. Mesmo quando centelha, mesmo quando não passa de pequenos momentos, ela é capaz de mudar todo o cenário, para sempre, até mesmo quando o "para sempre" se perde nas atitudes.
Me abasteço com essas vivências rememoradas, olho pra frente e marcho. Não evita meu sofrimento e não alivia a dor das desventuras, mas tem sido suficiente para que eu posso recomeçar.