"Ver as pessoas sofrendo, todos os dias por todos os lugares que passo é como fazer uma quimioterapia, cada dia me sinto mais fraco com esse coquetel composto a base de realidade tarja preta, mas ainda sim saio de casa imaginando que hoje irei melhorar." (Alessandro Brito)
Hoje percebo que vou além do "melhorar", apesar de achar tudo que acho (dos pontos negativos) do ser humano, sou completamente apaixonado pela vida e pelas peças que ela nos prega... Sou completamente apaixonado pela paixão... Desejo o amor com toda intensidade, ele me consome a cada milésimo de segundo da minha vida!
Hoje, talvez eu entenda o que Gonzaguinha quis dizer (se é que foi isso que ele quis dizer) com: "Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz..." as vezes me indago: Será que as pessoas que me veem falando dos meus amigos, das minhas aventuras, das minhas andanças, realmente acreditam nessa minha felicidade? Ou será que maldizem meu nome assim que me ausento?
E essa pergunta, me fez refletir... Foi aí que fui remetido a música do Gonzaguinha, teria ele em algum momento feito a mesma pergunta?
Não se deve gritar a felicidade ou infelicidade, mas "ser humano" que sou, sinto prazer em quebrar algumas regras, e grito, e canto e escrevo, do meu amor, de mim, e falo sem parar das minhas experiências, ela é o meu orgulho e junto com meus amigos, tudo o que tenho na vida!
E isso bastaria para que eu me sentisse completamente feliz (e talvez, se completo estivesse, eu então cantasse "ouro de tolo", ainda não sei) mas falta um detalhe, sempre falta, sempre o "mas", é preciso um amor, uma cabrocha para enfeitar o lar e acalantar o coração.
E eis o dilema, estar receptivo para uma nova mulher entrar em minha vida, ou simplesmente, regozijar do privilégio de ter amigos sinceros e fazer o meu destino da maneira que EU acho que devo fazer, sem me preocupar ou pensar em uma nova paixão!?
Seria contraditório, se dissesse que ditar meu destino e estar com meus amigos amados seria o suficiente, eu sou realmente doido pela paixão, amo borboletas no estômago... E para agravar a situação, eu sou um legítimo pisciano, e sonhar talvez seja minha maior habilidade. Isso é sempre um tremendo perigo, mas fazer o que, se adoro correr perigo!
Todo meu sentimento é absurdamente intenso, e não importa do que se trate, faço tudo com todo empenho e entrega. E não seria diferente no amor!
Mas estamos no século XXI, onde os valores estão deturpados! As mulheres (em sua grande maioria) gostam da "moda", falo de todo tipo de moda... Um amor uma cabana, é algo muito lá do passado, infelizmente! Continuamos valendo, o que "temos" ou fingimos "ter".
Não, eu não quero uma nova paixão com estes critérios, eu quero um novo amor sem critérios, que haja apenas respeito e admiração! E que sendo assim como sou, eu venha ser pra ela, "tudo" que procurou e deseja. Que minha ausência a encha de saudade e que meu regresso seja pra ela fonte de felicidade. Que meus defeitos estejam em sua lista de irrelevância, que os meus gostos mesmo sendo diferentes, não confrontem os seus gostos, e que a nossa paz esteja sempre ciosa uma da outra.
E se sonhar é minha maior habilidade, continuarei meus dias fantasiando esta paixão.