segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Luiz Gonzaga - Assum preto (1950)

LUIZ é pra mim, sem pensar em gênero musical ou poesia, o melhor de todos! O malandro toca meu coração =[

Por mais 200 anos ou 300 ou todos os anos que virão, nunca terá nada igual...

"Podemos interpretar a poesia pois temos o conhecimento das palavras, mas só entenderá quem a viveu" Alessandro Brito

8 meses me embrenhando no serrado e na caatinga do sertão paraibano, me fizeram compreender um pouco o que cantou LUIZ GONZAGA O REI DO BAIÃO, COM TODO LOUVOR!!!!!!!!!!!!!!!!!

SALVE LUIZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

"Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus."

Luiz Gonzaga - Sant'anna (1942)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AGOSTINHO DOS SANTOS - NOSSOS MOMENTOS

Composição: Luís Reis e Haroldo Barbosa

Momentos são
Iguais aqueles em que eu te amei
Palavras são
Iguais aquelas que eu te dediquei

Eu escrevi, na fria areia
Um nome para amar
O mar chegou tudo apagou
Palavras leva o mar . . . .

Teu coração, praia distante
Em meu perdido olhar
Teu coração, mais inconstante
Que a incerteza do mar

Meu castelo de carinhos
Eu nem pude terminar
Momentos meus que foram teus
Agora é recordar . . . .

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Feliz Aniversário Leonardo Carvalho Bueno - Amo você!

Faço questão de passar aqui nessa "rede social" pra tentar resenhar algo acerca do quanto eu o amo e admiro, e do quanto és importante na minha vida, louca vida!
Não conseguirei com meras palavras fazer com que mensurem todo esse sentimento, mas faço questão que testifiquem que amidades sinceras, ainda existem, muito embora os valores hoje sejam focados na 1ª pessoa do singular, diferente de quando o mundo nos uniu, em que aprendemos a conjulgar em 1ª pessoa, mas do plural.
E como é algo importantíssimo pra mim, hoje vou de trilha especial "Fórmula mágica da paz" (ao vivo)...
Irmão amado, homem de todas as fases... sou um discípulo no que tange essa sua malandragem... dono dessa malemolência que afronta os percauços que a vida apresenta... Cada vez que nos reencontramos eu sinto um alívio ímpar, hoje por motivos de forças maiores, passamos muito menos tempo juntos do que eu gostaria, e nesse ausência, vejo ao meu lado, "vários pedras 90 esfarelando" gente de potencial até, e fico apreensivo de que a nossa sintonia já não seja a mesma... mas é besteira não é mesmo?! Toda vez que nos revemos, me renovo, sorrir ao teu lado é como sempre foi, inestimável! E não importa se rimos um do outro, ou dos outros, ou para os outros, o riso junto é o que me basta!
É como um alívio pras minhas dores, sem viadagem rs, é saber que mesmo que eu ainda não saiba pra onde estou indo, eu seique estou no meu caminho (como diria RAUL). Sua atenão commeu problemas e dedicação na conservação da nossa amizade, faz com que o mundo não pareça tão mau, tão perdido...
Necessito que esteja feliz, para que as coisas do lado de cá, sigam em paz também!
Saber que escolheu alguém para compartilhar sua vida mostra o quanto amadureceu nesses últimos 24 anos, já não vale mais o nosso lema "Não se apegue a nada que não possa largar em 30 segundos quando os..." não é mesmo?
O aniversário é seu, mas por mais que eu pudesse lhe dar o "Camp Nou" o presente ainda sim, seria meu, por poder te-lo com lealdade em minha vida!
E se "de tudo fica um pouco" (Resíduos/Drummond - vale a leitura) dessa nossa caminhada muito de mim é você, e tenho um orgulho absurdo de que seja assim!
Certa vez uma ex namorada me deu essa lição "Palavras o vento leva, você é o que faz" e eu aprendi. Sou sinestésico e por isso tento demonstrar com atitudes o quanto eu o amo, e o quanto você representa pra mim... Estou sempre aqui a sua disposição, e fico tranquilo, porque sei que sabe bem disso.
Precisamos de um amigo quando estamos fudido, nos momentos de alegria, queremos compartilahr com eles, mas precisar mesmo, não precisamos... até que se aprende uma outra lição: "A felicidade só é real se compartilhada" Alexander Supertramp...
Feliz aniversário

Sandrinho.

Propagas - Roberto Ribeiro

"...Nos caminhos percorridos
Encontrei desilusões
Encontrei falsas mulheres
Maltratando corações

Nem assim eu desisti
Fui em frente, caminhei
Hoje até perdi a conta
Das mulheres que beijei."

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Confissão - Bukowski

...não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.

no entanto,
eu quero que ela
saiba
que dormir
todas as noites
a seu lado

e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora
ser ditas:

eu
te amo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Dor da Separação - Flávio José

Quando você diz
Que vai embora
Sinto um par de espora
Cutucar meu coração
Fico balançando numa rede
Metendo o pé na parede
Curtindo uma depressão
Quando você diz
Que vai embora
Até minha alma chora
A dor da separação
Vai não!
Fica mais um pouco
Você vai me deixar louco
Nessa triste solidão
Vem cuidar de mim, amor
Vem cuidar de mim, paixão
Aumentar a minha vida
Vem sarar essa ferida
Dentro do meu coração

OForró de Plástico - Crítica de Ariano Suassuna


Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta ‘esculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.”

Ariano Suassuna.

Observação:

“O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de ‘forró’, e Ariano exclamou: ‘Eita que é pior do que eu pensava’. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta ’sou sua cachorrinha’, aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem ‘ferro’, ‘quero logo 3′, ‘lapada na rachada’? Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto… Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de ‘forró’ ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!”

Reunião de Tristeza - Sivuca

"...E a lua estava presente à reunião de tristeza

em um galho sem folhas um pássaro cantava sozinho

e um homem cansado da terra o horizonte olhava

de uma casa pequena saiam crianças cantando

alegrando a tristeza que a vida nos dá..."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro. Platão


Viajar, pra mim é um parto! Não gosto de dormir fora de casa... volto de onde estiver a hora que for, mas quero meu combo: "Minha cama, meu travesseiro, meu cobertor (que de tão velho ta parecendo uma manta)" rs... por isso raramente viajo, só se for algo master planejado e com pouquíssimas pessoas!
Desta vez embarquei em uma... Meu parceiro do acordeon era o comandante!
Fomos as compras (humm... isso jã não estava cheirando muito bem) eramos 5, quase igual a novela, mas faltando 1, doce ilusão, mal sabia eu que de onde saíram aquelas 3 moças e o "cinturinha do zeca" meu parceiro do acordeon, sairiam mais 15 pessoas...
Tudo no cartão de crédito da moça, oh coragem...!!!!! E nenhuma delas sabia ao certo quantos iriam, o cinturinha do zeca também não sabia de porra nenhuma, eu de pará- quedas imagina... Enfim compraram matimento pra 18 pessoas, para pousar por dois dias em uma praia logo ali, bem pertinho... Ai entrei em choque... Gastei umas 8 mídias de cd para compor a trilha sonora da viagem, porque o carro do "cinturinha do zeca" não toca MP3... Calculando umas 8 horas de estrada (Cambury, ali, logo ali, contando com o trânsito e tal...) vamos que vamos!
Chegando na casa! Sou obrigado parafrasear:

"Eu quero uma casa no campo / Onde eu possa ficar no tamanho da paz / E tenha somente a certeza / Dos limites do corpo e nada mais... Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé / Onde eu possa plantar meus amigos / Meus discos e livros / E nada mais"...
Foi a visão que tive ao visualizar a casa... Absurdamente "ajeitadinha".
Bom... partindo da premissa que o ser humano é egocêntrico por natureza e usa de sua etnocentria para avaliar e julgar os outros, certamente os problemas serião tão numerosos quanto o número de "convidados"...
Ainda mais que era hora de pagar a moça que passou o seu cartão na cara e na coragem, rs... e põe coragem nisso... Não eram todos que se conheciam, alguns se conheciam de vista (e não iam muito com a simpatia do outro), e se onde tem dinheiro tem discórdia, puta que pariu, eu sabendo de tudo isso, me perguntava, o que eu to fazendo aqui?! Esse lugar é um capo de concentração Nazista e eu sou Judeu! Mas em comum tinham uma coisa... TODOS ERAM LOUCOS POR FORRÓ!
E quando o trio se formou... foram 2 dias de festa sem parar... como se fosse no cariri, no sertão da minha querida paraíba, que o fole ronca a poeira levanta e não tem criança chorando, os malandros ciscam no tapete e botam as cabrochas pra dançar sem preguiça!!!!!!!!
Cada ser humano é um universo intrínseco, e quando dividindo o mesmo "ecossistema" a probabilidade de um ego se ferir eh gigante... Mas que grata surpresa foi a minha, em saber que ainda existem pessoas que como eu cultivam e preservam a humildade... Não houve uma desavença se quer... em toda muvuca, sempre tem o metidão a intelectual; cantor; engraçadão; namorar; a briguento... E em algum momento um deles dá o seu show...  Pois bem, não sei onde selecionaram este time, mas dessa vez foi diferente! Ninguém sentiu ciumes da namorada (o), não houve estresse com as brincadeiras... nenhum idiota quis passar creme dental ou batom na cara de ninguém, ninguém obrigou ninguém a ficar acordado ou a beber... ninguém questionou porque foi necessário fazer outro rateio, ninguém se zangou por ter acordado e não ter mais frios pro café, muito pelo contrário, comeram cup noodles no lugar de pão e leite, e sorrindo!

O único panaca, claro que foi quem? Eu, que mandei a ponte que caiu a dona de um celular maldito que despertou loucamente NO MEIO DA MADRUGADA na orelha do pessoal do quarto que eu estava kkkk... Mas nem ela se importou com minha deselegância... rsrs
Não foi apenas uma virada de reveillon pra mim, foi uma aula de humanidade, respeito, solidariedade e companheirismo! A cosia foi tão séria, que em pleno Reveillon não pegamos sequer engarrafamento, nem na ida nem na volta, da pra acreditar?!
Obrigado, a todos vocês, que mal me conheciam, e me trataram como um amigo de longa data! 
Obrigado Luan por estar ao meu lado, meu irmão amado! 
Obrigado Alemão, que abriu a porta da sua casa de veraneio para um desconhecido!
Obrigado querida Fávia que adoçou as noites com sua lira e sua meiguice! 
Obrigado Carol que criou a cidade Legal, que tinha o Luan Legal o Ale Legal e o Alemão (dono do cafofo) mais ou menos...
Obrigado Marcelo meu professor de dança oficial!
Obrigado Fah que me deu outra vez a lição que o pequeno príncipe já me ensinou mas eu não aprendi que é: 
"O que eu vejo não passa de uma casca, o mais importante é invisível" Antonie de Saint-Exupéry
Obrigado Emerson por dividir comigo um bom pagode dos anos noventa, que me remeteu a minha infância...
Obrigado Erika por não ter sido grossa comigo, quando estava a ponto de quebrar seu "branquinho" rs...
Obrigado Cintia por trazer, água, passar hidratante nas minahs costas hahahaha...
Obrigado Aline pela confiança (coragemmmm) que depositou em todos, mesmo sem conhecer, puta atitude!
Obrigado Ricardo por nos divertir com sua ingenuidade e carisma...
Obrigado Jacke por compartilha sua trilah sonora...
Obrigado Wendel Brito (meu parente rs) pela linguada quente e gosmenta nas costas de feliz ano novo Hargh
Obrigado Gigante por me fazer chorar litros de risos...
Obrigado Bruna querida por conpartilhar umpouco da sua vida comigo!
Obrigado Sil por toda gentileza da dança...
Obrigado Everton por me mostrar que nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que balança cai!
E se alguém achar que há um pingo de demagogia em tudo isso, é porque com certeza nunca viveu momentos como este que passamos juntos!
E se pedirem pra vocês explicarem, façam como eu e CHICÓ, respondam apenas:
 
NÃO SEI, SÓ SEI QUE FOI ASSIM!!!!!!

P.S.: Não dava pra terminar sem citar o Pequeno Príncipe

"...Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."

Sem nome - Flávia Tambalo

Vai te longe estrela minha. Caíste do céu para formosear a terra e á ela iluminar. Cair do céu é doloroso, fere, machuca parece nao ter fim. Mas nesta viagem aprendeste coisas que em mil anos luz lá em cima não aprenderias... E vens para nos ensinar todas elas. Estrela, comparo uma figura tao resplandecente de alegria e vida. No céu mesmo em meio á uma constelação,brilhas diferente! Estrela vieste mas sei que longe irá, longe de minha singela visão, alcançaras muitos mundos...de pessoas sós e mesquinhas que aprenderão com tua luz ser bem melhores. Por isso estrela minha, tua luz me encanta me afaga e desperta, mas não quero guardá-la para mim, vai te precisam deste teu sorriso,desta tua graca expressiva... Vai te.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mistérios - Zé GEraldo

Os mesmos erros? Jamais!

Esse olhar, sempre fitando o infinito
Envolto em misterios
Ainda tráz a emoção de um
Brilho bonito
Quantos já tentaram desvendar esse olhar
Quantos já trilharam os atalhos
Tortuosos desse coração
Eu não posso acreditar
Que a vida saiu pela porta eu eu não notei
Que o cavalo passou encilhado e eu não montei
Quando a banda passar vou jogar o meu corpo na rua
E se o povo cantar vou colar minha boca na sua
Vou sentir o cheiro do povo,
Vou sair pra vida de novo
Fazer tudo que até hoje não pude fazer
Vou vestir a minha seresta
Dividir o bolo da festa
Vou tentar salvar esse pouco que ainda resta,
Da minha juventude
Da minha juventude
Da minha juventude

Rosa (valsa, 1917) - Pixinguinha - Intérprete: Orlando Silva

Tu és, divina e graciosa estátua majestosa
do amor, por Deus esculturada
e formada com o ardor,
da alma da mais linda flor, de mais ativo olor
e que na vida é a preferida pelo beija-flor.

Se Deus lhe fora tão clemente aqui neste oriente de luz
formada numa tela deslumbrante e bela,
teu coração, junto ao meu lanceado
pregado e crucificado sobre a rosa cruz do arfante peito teu

Tu és a forma ideal, estátua magistral
oh alma perenal, do meu primeiro amor, sublime amor.

Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação de todo o coração
cintilas um amor
o riso, a fé, a dor em sândalos olentes cheios de sabor
em vozes tão dolentes quanto um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
és tudo enfim que tem de belo,
todo o resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te, eu hei de sempre amar-te
Oh flor! Meu peito não resiste,
Ah, meu Deus o quanto é triste,
a incerteza de um amor que mais me faz penar
em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
Jurar, aos pés do onipotente
em versos comoventes de luz,
e receber a unção da tua gratidão,
depois de remir, teus desejos
em nuvens de beijos hei de envolver-te
até o meu padecer, de todo fenecer

Francisco Alves e Carlos Galhardo deixaram de lançar "Rosa" porque rejeitaram Carinhoso, destinado ao lado "A" do mesmo disco. Sobrou, então, a valsa para Orlando Silva, que lhe deu interpretação magistral. Segundo Pixinguinha, "Rosa" é de 1917 e chamou-se originalmente "Evocação", só recebendo letra muito mais tarde. "O autor dessa letra" - esclarece ainda Pixinguinha - "é Otávio de Souza, um mecânico do Engenho de Dentro (bairro carioca) muito inteligente e que morreu novo". Sobre a gravação original, há um erro de concordância de Orlando, que canta "sândalos dolente".

Aliás, o cantor abandonou esta música após a morte de sua mãe, dona Balbina, em 1968. Era sua canção favorita, e o sensível Orlando jamais conseguiu voltar a cantá-la sem chorar. "Rosa" é uma linda valsa "de breque", mas de difícil interpretação vocal, especialmente para o uso de legatos, já que as pausas naturais são preenchidas por segmentos que restringem os espaços para o cantor tomar fôlego.

Quanto à letra, é também um exemplo do estilo poético rebuscado em moda na época: "Tu és divina e graciosa, estátua majestosa / do amor, por Deus esculturada e formada com o ardor / da alma da mais linda flor, de mais ativo olor / que na vida é preferida pelo beija-flor... '. O desafio de regravar "Rosa" foi tentado por alguns intérpretes, sendo talvez o melhor resultado o obtido por Marisa Monte; em 1990, com pequenas alterações melódicas.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Tomara - Vinicius de Moraes

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais

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