quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amor romântico e amor genuíno | Jetsunma Tenzin Palmo on romantic love

''O problema é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. Sabe, nós imaginamos que o apego e o agarramento que temos em nossas relações demonstram que amamos, quando na verdade, é só apego que nos causa dor.Porque quanto mais nos agarramos, mais temos medo de perder. E então se nós, de fato, perdermos, vamos sofrer. O que eu quero dizer é que o amor genuíno é... Bem, o apego diz: ''Eu te amo, por isso eu quero que você me faça feliz.'' E o amor genuíno diz: ''Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo! Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.'' É portanto um sentimento bem diferente. Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Quanto mais agarramos o outro com força, mais nós sofremos. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque eles pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro. Mas não é isso. Elas realmente estão apenas tentando prender algo porque elas tem medo de que se não for assim, elas é que acabarão se ferindo. Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado.Quero dizer que, idealmente, as pessoas deveriam se unir já se sentindo preenchidas por si mesmas e ficarem juntas apenas para apreciar isso no outro, em vez de esperar que o outro supra essa sensação de bem estar que elas não tem sozinhas. E isso gera muitos problemas. E isso junto com toda a projeção que vem do romance, em que projetamos nossas idéias, ideais, desejos, e fantasias românticas sobre o outro, algo que ele nunca será capaz de corresponder. Assim que começamos a conhecê-lo, reconhecemos que o outro não é o príncipe encantado ou a Cinderela. É apenas uma pessoa comum, também lutando. E a menos que sejamos capazes de enxergá-las, de gostar delas, e de sentir desejo por elas e também ter bondade amorosa e compaixão, será um relacionamento muito difícil.''



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

E Agora, Drummond - João Nogueira

E agora Drummond?

Que será de José?

Que ficou sem tostão

Que perdeu sua fé,

Que não tem mais prazer...

Que deixou de brigar,

Que rendeu-se ao poder...

Que não quer protestar,

Sua raiva murchou

Não tem gana mais não...

A esperança acabou...



E agora Drummond?...

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