Restou da noite a solidão
Um jantar a dois,
Dentro de nós uma multidão
Numa tentativa desvairada
De dar som,
As nossas vozes silenciadas
Que acostumaram calar
E apenas ousam,
Pronunciar-se no olhar
Eu a observo e te escuto
Percebo então,
Que nesse instante sou teu vulto
Envolto em seu mundo
Vivo seus paradoxos,
Sou você por um segundo
Regresso a realidade
Me encontro só,
Colecionando outra saudade
Nos despedimos sem paixão
Um beijo morno,
Restou da noite a solidão.
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