Tempo maravilhoso, transição de várias fitas. Muito Phoda!
Pra sempre no coração e na mente!
Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Arthur Schopenhauer in ‘Aforismos para a Sabedoria de Vida’
Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças (high life), pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas.
Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas ações, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo.
Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.
Ademais, quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder a intelectual. Caso contrário, a vizinhança frequente de seres heterogêneos causa um efeito incômodo e até mesmo adverso sobre ela, ao roubar-lhe seu «eu» sem nada lhe oferecer em troca. Além disso, enquanto a natureza estabeleceu entre os homens a mais ampla diversidade nos domínios moral e intelectual, a sociedade, não tomando conhecimento disso, iguala todos os seres ou, antes, coloca no lugar da diversidade as diferenças e degraus artificiais de classe e posição, com frequência diametralmente opostos à escala hierárquica da natureza.
Nesse arranjo, aqueles que a natureza situou em baixo encontram-se em ótima situação; os poucos, entretanto, que ela colocou em cima, saem em desvantagem. Como consequência, estes costumam esquivar-se da sociedade, na qual, ao tornar-se numerosa, a vulgaridade domina.
Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas ações, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo.
Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.
Ademais, quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder a intelectual. Caso contrário, a vizinhança frequente de seres heterogêneos causa um efeito incômodo e até mesmo adverso sobre ela, ao roubar-lhe seu «eu» sem nada lhe oferecer em troca. Além disso, enquanto a natureza estabeleceu entre os homens a mais ampla diversidade nos domínios moral e intelectual, a sociedade, não tomando conhecimento disso, iguala todos os seres ou, antes, coloca no lugar da diversidade as diferenças e degraus artificiais de classe e posição, com frequência diametralmente opostos à escala hierárquica da natureza.
Nesse arranjo, aqueles que a natureza situou em baixo encontram-se em ótima situação; os poucos, entretanto, que ela colocou em cima, saem em desvantagem. Como consequência, estes costumam esquivar-se da sociedade, na qual, ao tornar-se numerosa, a vulgaridade domina.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
sábado, 1 de outubro de 2016
Niver - Sr. João
Seu aniversário é mera formalidade de convenção, ainda sim, parabéns! (Não acho que estou atrasado, senti necessidade só agora de externalizar meu carinho, apreço e gratidão, esse como você bem sabe, é meu tempo). Mas o importante mesmo é o que representa pra mim todos os dias desde que nos tornamos amigos, e não tem data específica, pelo contrário, é vivo dentro de mim sempre.
Estimado amigo e consiglieri, você é sem dúvida um grande presente que a vida me ofertou, o passar dos anos comprova de forma despretensiosa a sinceridade de nossa amizade. Atravessamos esse brasil lado a lado, tem pessoas de 60,70,80... anos que não andaram e não viram um nada do que pudemos juntos ver, escutar, sentir e conhecer, muito obrigado querido.
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e até um pedacinho do Paraguay, sem contar cada lugar específico dentre esses, como poderia não ser realizado e me sentir milionário por tê-lo como amigo e professor da vida!?
A vida resume-se em morrer e fazer escolhas, somos como comediantes, temos um alvo (do comediante, fazer rir, o nosso, viver) as vezes acertamos em cheio, outras passamos do ponto, é a vida.
Espero, em breve, revê-lo, para contemplarmos tudo quanto essa vida e essa Brasil maravilhoso nos oferece.
E por falar nesse Brasil maravilhoso, que você conhece como a palma da sua mão (ou até melhor que ela rs), segue um samba que Paulo Mathias me cantou ontem:
"Nessa terra abençoada
Que mesmo sem plantar nada
Nasce tudo que é bom
Quando é noite enluarada
Tem samba tem serenata
Com pandeiro e violão
E quando vem a madrugada
Nessa terra orvalhada
Parecem estrelas caídas pelo chão
Eu darei meu sangue
Para defender essa terra
Nesse lindo céu de anil
Meu brasil, meu brasil
És o todo poderoso do universo
Nosso lema é ordem e progresso
És o gigante adormecido
Meu brasil querido."