"...A saudade é calculada por algarismos também
Distância multiplicada pelo fator querer bem
Saudade é tristeza é tédio que enche os olhos de ardor
Saudade dor que é remédio
Remédio que aumenta a dor
A palavra é bem pequena
Mas diz tanto de uma vez
Por ela valeu a pena
Inventar-se o português."
Minha lira tem um jeito de quem está perdido em um caminho sem volta, não há paredes, não há estradas, não há luz nem referentes, há apenas passos desvairados que me conduzem querendo voltar...
quinta-feira, 28 de maio de 2015
terça-feira, 19 de maio de 2015
Renee Fleming - Strauss' 4 Last Songs - Im abendrot
No Crepúsculo
Estivemos entre alegrias e sofrimento
Juntos, de mãos dadas.
Na Terra silenciosa descansamos no momento
cansados das jornadas
Ao nosso redor os vales se inclinam
o Ar já se escurece ameaçadoramente
ao voo duas cotovias se sublimam
sobre a névoa, sonhadoramente.
Venhas aqui e que elas cantem permitais
Pois de dormir já é hora
Não queremos nos perder nos umbrais
da imensa solidão que nos devora.
Oh vasta e silenciosa Paz
No rubro crepuscular tão forte
Tal cansaço que este caminhar nos traz...
Será isto por acaso a morte?
Estivemos entre alegrias e sofrimento
Juntos, de mãos dadas.
Na Terra silenciosa descansamos no momento
cansados das jornadas
Ao nosso redor os vales se inclinam
o Ar já se escurece ameaçadoramente
ao voo duas cotovias se sublimam
sobre a névoa, sonhadoramente.
Venhas aqui e que elas cantem permitais
Pois de dormir já é hora
Não queremos nos perder nos umbrais
da imensa solidão que nos devora.
Oh vasta e silenciosa Paz
No rubro crepuscular tão forte
Tal cansaço que este caminhar nos traz...
Será isto por acaso a morte?
Rolleiflex
Na vida a únicas coisas que lamento são as ausências... daqueles que já partiram... daqueles que por aqui ainda estão, mas não posso vê-los sempre que quero.
Amigos, tudo que sempre terei!!!
P.S.: Show da volta do Nação Zumbi.
Amigos, tudo que sempre terei!!!
P.S.: Show da volta do Nação Zumbi.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Quando eu morrer - Castro Alves
Quando eu morrer... não lancem meu cadáver
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto
Como o viajante desse hotel funéreo.
Corre nas veias negras desse mármore
Não sei que sangue vil de messalina,
A cova, num bocejo indiferente,
Abre ao primeiro o boca libertina.
Ei-la a nau do sepulcro — o cemitério...
Que povo estranho no porão profundo!
Emigrantes sombrios que se embarcam
Para as pragas sem fim do outro mundo.
Tem os fogos — errantes — por santelmo.
Tem por velame — os panos do sudário...
Por mastro — o vulto esguio do cipreste,
Por gaivotas — o mocho funerário ...
Ali ninguém se firma a um braço amigo
Do inverno pelas lúgubres noitadas...
No tombadilho indiferentes chocam-se
E nas trevas esbarram-se as ossadas ...
Como deve custar ao pobre morto
Ver as plagas da vida além perdidas,
Sem ver o branco fumo de seus lares
Levantar-se por entre as avenidas! ...
Oh! perguntai aos frios esqueletos
Por que não têm o coração no peito...
E um deles vos dirá "Deixei-o há pouco
De minha amante no lascivo leito."
Outro: "Dei-o a meu pai". Outro: "Esqueci-o
Nas inocentes mãos de meu filhinho"...
... Meus amigos! Notai... bem como um pássaro
O coração do morto volta ao ninho!...
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto
Como o viajante desse hotel funéreo.
Corre nas veias negras desse mármore
Não sei que sangue vil de messalina,
A cova, num bocejo indiferente,
Abre ao primeiro o boca libertina.
Ei-la a nau do sepulcro — o cemitério...
Que povo estranho no porão profundo!
Emigrantes sombrios que se embarcam
Para as pragas sem fim do outro mundo.
Tem os fogos — errantes — por santelmo.
Tem por velame — os panos do sudário...
Por mastro — o vulto esguio do cipreste,
Por gaivotas — o mocho funerário ...

Do inverno pelas lúgubres noitadas...
No tombadilho indiferentes chocam-se
E nas trevas esbarram-se as ossadas ...
Como deve custar ao pobre morto
Ver as plagas da vida além perdidas,
Sem ver o branco fumo de seus lares
Levantar-se por entre as avenidas! ...
Oh! perguntai aos frios esqueletos
Por que não têm o coração no peito...
E um deles vos dirá "Deixei-o há pouco
De minha amante no lascivo leito."
Outro: "Dei-o a meu pai". Outro: "Esqueci-o
Nas inocentes mãos de meu filhinho"...
... Meus amigos! Notai... bem como um pássaro
O coração do morto volta ao ninho!...
segunda-feira, 11 de maio de 2015
sábado, 9 de maio de 2015
Charge - Direitos humanos
"...Quem tem muito quer ter mais
Quem não tem resta sonhar
Quem não estudou é escravo
De quem pôde estudar
Os direitos humanos são iguais
Mas existem as classes sociais..."
Quem não tem resta sonhar
Quem não estudou é escravo
De quem pôde estudar
Os direitos humanos são iguais
Mas existem as classes sociais..."
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Trilha Sonora do Gueto - Calix-se
Filho de peixe não precisa ir pro arrebento.
MUITO PHODA, ESSA É A IDEIA!
MUITO PHODA, ESSA É A IDEIA!