quinta-feira, 30 de junho de 2011

Peito vazio - Cartola

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Orpheu - Alessandro Brito

Não sei dizer o que é pior, não sonhar ou não concluir um sonho... Existem muitas teorias a respeito desse assunto, mas, ainda não sei ao certo o que pensar...
Quando não sonho com algo material, normalmente me vejo dependente de outra pessoa para que meu sonho se realize... 

Já aprontei um monte de coisas nessa vida... Lícitas, ilícitas, boas, péssimas... tenho vivido intensamente esses 28 anos e só trago um arrependimento: 
"Ter magoado as moças que foram minhas companheiras e ofereceram seus mundos para me fazer feliz".
É um peso do qual não posso me livrar... o que está feito, está feito e não há como voltar atrás, esse é meu único lamento.
Já tentei me enganar, me vendendo a ideia que muitas vezes magoei por inexperiência, não tinha consciência do mau que estava causando...a bem da verdade é que no fundo eu sabia que magoaria mas mesmo assim, por ouvir só meu ego, eu fiz! Sinto vergonha dessas passagens, mas a vida ensina, e essa lição eu aprendi!

Hoje entendo que para eu realizar meu maior sonho, é necessário que eu seja antes de mais nada sincero comigo e seguir um tom coerente de princípios, os meus princípios.
Tenho duas listas, fatos relevantes e irrelevantes, estes definem o caminho que devo seguir. Entendo que assim posso fazer uma melhor triagem ao tentar reconhecer aquela que tenha os adjetivos que espero para que ela se torne a  mãe dos meus filhos, pois o meu sonho maior é sem dúvida, ser papai!  Penso que não possa haver maior felicidade na minha vida.

Não sei se por vir de um lar nada ortodoxo, sempre tive o desejo de constituir uma família e de fazê-la totalmente diferente de tudo que foi a minha... Nunca perderei meu romantismo, por mais que a vida tenha me negado algumas coisas, se apresente dura ou amarga, seja ao meu ver ingrata em tantos pontos, ainda acredito que o amor seja o contrapeso aos infortúnios que por vezes não estamos preparados para enfrentar... E nele faço todo as minhas apostas, sem medo.

Presentearei ela com flores, sim... direi todos os dias que a amo, tentarei cuidar dela em todos os momentos, em especial naqueles dias em que ela menos merecer, tentarei fazê-la se sentir amada sempre... Cuidarei de suas dores e tentarei afastar seus medos, serei exemplo e progredirei todos os dias para que ela não venha perder sua admiração por mim... Quando estiver gerando uma nova vida, uma vida minha e dela, cantarei todos os dias para nosso filho, para que ele venha ao mundo envolvido em poesia e sinta desde de sempre que o amor está vivo e ele terá a responsabilidade de carregá-lo mundo afora...

Dizem que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, e que se mudarmos para a casa do vizinho, certamente nossa antiga grama incrivelmente se tornará mais verdinha... Talvez seja isso mesmo, somos programados para pensar dessa forma, somos instigados a isso... Enquanto falo de grama não vejo muito problema, mas quando passo a falar da mãe dos meu filhos não posso simplesmente aceitar esse pensamento.
Algumas mulheres serão mais bonitas e menos inteligentes, outras serão mais inteligentes porém menos atraentes, outras serão extremamente atraentes mas pouco companheiras, outras se mostrarão companheirissimas mas serão extremamente ciumentas... Não trago a ilusão de uma mulher perfeita, já deu para aprender que o perfeito não existe. 
Mas minha lista de relevantes, me trouxe até aqui... Se tivesse gerado um filho provavelmente me arrependeria, não por que não tenha tido companheiras especias, seria um absurdo, uma estupidez se afirmasse isso, mas em algum momento caíram em minha lista de relevantes... não sou o cúmulo do exigente, pera aí, mas infelizmente foi assim... 
Embora eu ande inseguro... Este é um sonho do qual não desistirei... Quantos aos outros todos, posso reavaliar!
Ele se chamará Orpheu... 




Orpheu, o filho da musa Calíope, era o mais talentoso músico que já viveu. Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento. Ele ganhou a lira de Apolo; alguns dizem que Apolo era seu pai. Orpheu era casado com Eurídice. Mas Eurídice era tão bonita que atraiu um homem chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou. Orpheu ficou transtornado de tristeza.
Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro, Caronte, a levá-lo vivo pelo Rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões; seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Finalmente Orpheu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orpheu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua mulher Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orpheu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orpheu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.
Orpheu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice estava seguindo-o. Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em total desespero, Orpheu se tornou amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo se lembrar da perda de sua amada. Furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, e o despedaçaram. Jogaram sua cabeça cortada no Rio Hebrus, e ela flutuou, ainda cantando, - Eurídice! Eurídice!
Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no Monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente do que os outros. Pois Orpheu, na morte, se uniu a sua amada Eurídice. Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orpheu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orpheu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram ao chão.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Assim eu vejo a vida - Cora Coralina

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

Hoje E Amanhã - Geraldo Azevedo

Olhos da manhã
No azul do meu divã
De um desenho japonês
De um lugar feliz da nossa história
Vem a luz do teu corpo em meu olhar
E a cidade é um jardim, meu talismã
Sorte é ser teu fã
Hoje e amanhã
Meu bem
Hoje e amanhã
Me sonha minha irmã
Pássaros de arranha-céu
Somos tu e eu na lua nova
Nosso ninho é a cidade em seu clarão
E a cidade é um ninho de avião
Pousa em minha mão
Hoje e amanhã
Meu bem
Chuva que chove lá fora
Lavando a tristeza da multidão
Eu sei que a lua não me abandonou
E aquela esquina me arrasta em teu ímã
Sorte, amor e alegria
Foi o teu sorriso na rua sem sol
Eu só queria um pouco de amor
E achei a tua imensidão, meu talismã
Hoje e amanhã
Me arrasta em teu ímã

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dignidade de um otário - Benito di Paula

Bateu a porta do meu barracão
Quebrou o meu armário
Me tratou pior do que se trata um cão
Me chamou de otário

Fez o que quis com o meu coração
Fez o meu nome rolar pelo chão
Fez ponto de encontro lá na estação
Perto do meu trabalho
Ah! Ex

Jamais pensei que fosse ver você
Como estou vendo agora
Tocando o interfone do meu "ap"
Assim fora de hora

Eu acabei de assistir na TV
O vento levou, triste história
Quando o vento te levou, eu chorei
Hoje é você quem chora

E esse otário
De quem você zombou, ainda lhe respeita
Não quer nem mais saber com quem que você deita
E vai lhe receber, com a dignidade

De um otário
Pode subir pra um papo, ou pra uma gelada
Que eu vou lhe apresentar minha mulher amada
Que quer lhe agradecer
Por cometer o erro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sinfonia da mata - Orlando Dias

Tenho a viola, que retiro da parede,
Quando é noitinha, para pontear
Tenho a gaiola meu canário e uma rede,
Sempre esticadinha pra meu bem sonhar
Quando a lua vem surgindo cor de prata
E ilumina o meu pedaço de torrão
O meu ranchinho aqui no seio da mata
Não precisa nem que se acenda o lampião
Sinfonia do riacho e da cascata,
Minha viola completa a orquestração.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Amado - Vanessa Da Mata

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A natureza das coisas - Flávio José

Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo
Inclusive nada
Se avexe não
A lagarta rasteja até o dia
Em que cria asas
Se avexe não
Que a burrinha da felicidade
Nunca se atrasa
Se avexe não
Amanhã ela pára na porta
Da sua casa
Se avexe não
Toda caminhada começa
No primeiro passo
A natureza não tem pressa
Segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá
Se avexe não
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa ou seja lavadeira
Pra ir mais alto vai ter que suar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sertões - Em Cima da Hora

Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida é triste nesse lugar
Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Até o final
Defendendo Canudos
Naquela guerra fatal.

Texto Caldaico do VI século a.C.

O homem lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que nunca se entusiasma com ela, assim como não teme a morte. O homem lúcido sabe que viver e morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que a Vida contém tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um mal.

O homem lúcido sabe que é o equilibrista na corda bamba da existência. Sabe que, por opção ou acidente, é possível cair no abismo, a qualquer momento, interrompendo a sessão do circo.

Pode também o homem lúcido optar pela Vida. Aí então, ele esgotará todas as suas possibilidades. Passeará por seu campo aberto e por suas vielas floridas. Saberá ver a beleza em tudo. Terá amantes, amigos, ideais. Urdirá planos e os realizará. Resistirá aos infortúnios e até às doenças. E, se atingido por algum desses emissários, saberá suportá-los com coragem e mansidão.

Morrerá o homem lúcido de causas naturais e em idade avançada, cercado por filhos e netos que seguirão sua magnífica aventura. Pairará então, sobre sua memória uma aura de bondade. Dir-se-á: aquele amou muito e fez bem às pessoas.

A justa lei máxima da natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem iguale-se sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis. O homem lúcido que optou pela Vida, com o consentimento dos Deuses, tem o poder magno de alterar esta lei. Na sua vida, os acontecimentos favoráveis estarão sempre em maioria.

Esta é uma cortesia que a Natureza faz com os homens lúcidos.


*O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O paradoxo do nosso tempo - George Carlin

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do "fast-food" e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.

Quando eu for eu vou sem pena - Chico Buarque

Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar

Morena tão desalmada e tão precisada de amar
Açucena delicada sem a mão lhe cuidar
Curva de rio de sereno sem proa pra navegar
E tanta beira de estrada sem um moço pra pousar

O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito
Agasalhei neste peito muita cabeça chorando
Morena minha até quando você de mim vai lembrar

Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar.

domingo, 12 de junho de 2011

Nature Boy - Nat king cole

Havia um menino
Um menino muito estranho e encantado
Dizem que ele vagava muito longe, muito longe
Além da terra e do mar
Um pouco tímido e de olhar triste 
Mas muito sábio, ele era

E então um dia
Um dia mágico ele passou no meu caminho
E enquanto nós falamos de muitas coisas
Tolos e reis
Assim ele disse pra mim:
"A coisa mais importante que você vai aprender
É apenas amar e ser amado em retorno".

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia dos namorados - Alessandro Brito

Que se danem essas datas comemorativas... Entra ano sai ano, e continuo vendo os mesmos comportamentos... Quero ser surpreendido, que superem minhas expectativas...  Nietzsche já dizia: "A esperança é o derradeiro mal; é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento", mas essa verdade é muito dura pra mim, pois continuo esperançoso em minhas tolices... não sei até quando...
A verdade é que não verei uma mudança significativa...

Não verei o amor brotar dos corações isolados e presentear a pessoa amada com singelos gestos de gentileza, carinho e humildade... Uma visita inesperada no quarto de um hospital em um fim de tarde de domingo... presentear flores no meio de um dia de semana... Mas verei as pessoas comprarem elegantes e caríssimos presentes  em datas específicas como forma de "demonstrar amor"... Não verei a amada ser presenteada com uma carta de próprio punho exalando o perfume do ser amado... Mas verei mensagens apaixonadas de todos os tipos nas redes sociais para que todos vejam... Não verei olhos se encontrando e dizendo as verdades que a fala não consegue pronunciar... abraços se encaixando como os de uma criança que encontra colo... não verei sorrisos realmente sinceros porque sempre dividirão espaço com pensamentos sórdidos... Apenas continuarei vendo o tempo passar perante as vidas alheias, sem poder faze-los entender que não estão dando a importância que deveriam ao precioso e singular "agora".

As vezes que pode agraciar sua amada e não fez, se tornarão lembranças amargas no momento em que... Ela se cansar de esperar por seus sinceros carinhos... Já não se sentir amada... Sofrer mais ao seu lado do que distante de você... Então se perguntará o que houve de errado, e talvez nunca chegue a conclusão que por todo o tempo a felicidade esteve em suas mãos, o erro foi negligenciar como demonstrar seu amor e carinho...

Para aqueles que "não tem" um amor, e pensam estarem livres desse processo, eu diria: "Cuidado", seja honesto consigo e responda: Realmente não ama ninguém?

O medo de seguir o que o coração dita, e ser apenas racional, pode custar muito caro... Para as peças que o amor prega não existe racionalidade, existe apenas um turbilhão de sentimentos que mudam a cada milésimo e revira tudo por dentro da gente e revira tudo em nossa vida... O preço que se paga por descurar um amor sincero é muito alto...

Não sou rico o suficiente para arcar com estes tributos, por isso, amo todos os dias da minha vida.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A mi manera - Gipsy King

Yo se que no vendrás
Por eso ya
Tanto la olvido
Dejar un nuevo amor
Tanto mejor
Ay como el mio
Dejar y la vive
Ay este mundo de tristeza
Dejar y la vive
Ay mi manera

Yo quiero ser
Hay nada más
Prefieraré
Y recordar
Un nuevo amor
Tanto mejor
Quisiera olvidar
Tanto la dejar
Quisiera vivir
Hay nada mas
O sí my way


Lo li lo li
O sí my way

A impotualidade do amor - Martha Medeiros

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nós os foliões - Sidney Miller

Nosso amor passou eu sei
No principio eu não quis acreditar
Chorei
Mas, depois eu tive que me conformar
Me conformei
A realidade foi maior
Aprendi nessa dor
A mágoa não compensa
E o orgulho é mais cruel
Que toda a indiferença
Pode acreditar, mulher
Nosso amor foi lindo
Como um carnaval qualquer
Que se acaba
E faz um novo dia a dia acontecer
Tão difícil assim como viver
Até um dia em que vem
reacender alegrias e salões
Nós, os foliões
Nossas alegorias
Tão esperado e se foi
Tão colorido e lá vai
Perdendo a cor o carnaval do nosso amor.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Momentos de tristezas - Herivelto Martins

Também tenho
Meus momentos de tristeza
E quando choro
Tenho razão
Eu não, não sou
Melhor do que ninguém, eu não

Minha tristeza constante
Talvez um dia se apague
Ela não gosta de mim, não
Mas eu a quero ela sabe

Para esquecer a tristeza
Que trago em meu coração
Eu ando sempre sorrindo
Para viver na ilusão.

Doce canção de Nélida

Este é o som da minha alma!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Frase - Alessandro Brito

Não admiro o homem que consegue muitas posses, admiro aquele que consegue dominar seu ego.

Loucura - Lupicínio Rodrigues

E aí
Eu comecei a cometer a loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
O meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor
E aí
Eu comecei a cantar um verso triste
O mesmo verso que até hoje existe
Na boca triste de algum sofredor
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor
Ó, Deus! será que o Senhor não está vendo isto
Então, porque é que o Senhor mandou Cristo
Aqui na Terra para semear o Amor
E quando se tem alguém
Que ama de verdade
Serve de riso para a Humanidade
É um covarde, um fraco, um sonhador
Se é que hoje tudo está tão diferente
Por que é que não deixa eu mostrar a essa gente
Que ainda existe o verdadeiro Amor
Faça ela voltar de novo para o meu lado
Eu me sujeito a ser sacrificado
Salve o seu mundo com a minha dor.

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