quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tempos de criança - Alessandro Brito

Vivemos sempre cheio de recordações e nostalgias de tempos áureos, todo somos assim, mas não nos damos conta que a nostalgia é simplesmente o que fazemos hoje.
O presente nada será se não a nostalgia do amanhã. Por isso devemos intensificar todos os nossos esforços e desejos em prol do agora, sabendo-se que isso logo estará como uma doce recordação logo mais, na sequência... rs

Na década que nasci
Era tudo muito diferente
Dos tempos de hoje
Nem sombra da minha gente
Bebíamos água da chuva
De bica e de torneira
Jogos eram de cartas
Descer rolimã pela ladeira
Não havia água engarrafada
Tão pouco vídeo game
Nossos pais se preocupavam
Mas não era medo do perigo
Éramos todos inocentes
Até os rapazes mais crescidos
Tinha-se muito mais respeito
Naqueles tempos mais antigos
Já cheguei em casa roxo
Pelos cantos me escondendo
Pro papai qualquer desculpa
Pro banheiro ia correndo
Depois ia para cama
Vendo o dia escurecendo
Pão era com muita margarina
Doce só podia de sobremesa
Lolo, 7 belo, dip n lik
Push pop, pirocóptero, teta de nega
Cada um em seu cantinho
Pra não dividir com a sala inteira
A professora era tirana e cruel
Quando se dizia não! Era não!
Ficar de castigo era coisa normal
Não questionava sua autoridade
Queria fugir daquele quartel
Mas se hoje a encontrasse
Com orgulho lhe diria: que ela foi fenomenal
Presente duas vezes por ano
Quando aniversário ou natal
Não dávamos show em supermercado
Ficávamos de castigo se nos comportássemos mal
Nem por isso ficamos problemáticos
Diferente dos dias atuais
Em meio a tudo isso
Em torno de toda esta nostalgia
Agradeço aos meus mentores
Por me tratarem com energia
A eles devo muito
E por isso fiz esta poesia.

2 comentários:

  1. Era exatament isso q estava falando....

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  2. "Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem - TM"

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