quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O ouro e a madeira - Ederaldo Gentil

São vários os compositores brasas da nossa cultura, alguns mais extremistas ficam apenas com os da velha guarda, outros dão chance para os contemporâneos, acho que estou ficando mais maliavel e menos saudosista, não teria como deixar de fora este contemporâneo que, pra mim, está entre os dez mais brasas na canetada!

O ouro afunda no mar
Madeira fica por cima
Ostra nasce do lodo
Gerando pérolas finas

Não queria ser o mar
me bastava a fonte
Muito menos ser a rosa
simplesmente o espinho
Não queria ser caminho
porém o atalho
Muito menos ser a chuva
apenas o orvalho

Não queria ser o dia
só a alvorada
Muito menos ser o campo
me bastava o grão
Não queria ser a vida
porém o momento
Muito menos ser concerto
apenas a canção

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